sábado, 1 de setembro de 2012


ALECSANDRO E TENORIO DEMOLEM MÁ FASE, E VASCO DERROTA A PORTUGUESA
Dupla de ataque funciona e ajuda time cruz-maltino a quebrar sequência de três derrotas com vitória por 2 a 0 sobre a Lusa neste sábado, no Rio

 CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Má fase demolida e sem sustos. Depois de três derrotas seguidas, cinco rodadas sem vitória, protesto da torcida e pressão – muita pressão – sobre Cristóvão Borges, o Vasco derrotou a Portuguesa por 2 a 0 na noite deste sábado, em São Januário. A dupla de ataque Alecsandro/Tenorio, ensaiada há algumas semanas, enfim saiu da teoria e funcionou na prática. Cada um marcou uma vez e ajudou na manutenção da quarta posição na tabela do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos.
A partida foi assistida por 2.464 pagantes, o pior público do Vasco como mandante neste Brasileiro. Eles perderam uma exibição segura, que fora os dez minutos iniciais controlou toda a partida e marcou uma vez em cada tempo para assegurar os três pontos e a manutenção no G-4 por mais um rodada.

-  Sentimos falta de uma vitória. Estávamos muito pressionados, mas não aliviou ainda. Temos que ganhar mais jogos, como hoje (sábado), e podemos melhorar. O grupo está precisando. Vitória vem numa hora excelente e nos dá moral para a próxima partida – disse o zagueiro Dedé.
A Portuguesa, por sua vez, estaciona nos 25 pontos e dorme a noite de sábado na 13ª posição. Entretanto, Ponte Preta (24) e Coritiba (22), que jogam neste domingo, podem ultrapassá-la.
O time nem de longe lembrou o que derrotou o Palmeiras por 3 a 0 na última quarta-feira. Sem a velocidade de Ananias, suspenso, a Lusa teve dificuldades para criar e falhou na marcação das jogadas aéreas. A expulsão do zagueiro Valdomiro, no fim do primeiro tempo, destruiu qualquer chance de reação na etapa final.

- Infelizmente ele foi expulso. Faz parte. Tentamos ir para cima, mas o Vasco soube ficar atrás e usar o contra-ataque para matar o jogo – declarou o atacante Rodriguinho.
Na 22ª rodada, o Vasco visitará o Náutico, na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no estádio dos Aflitos. No mesmo dia e horário, a Portuguesa receberá o Coritiba no Canindé.
 
Alecsandro desencanta
Sem Eder Luis, machucado, e insatisfeito com o rendimento de Willian Barbio, o técnico Cristóvão Borges escalou o equatoriano Tenório ao lado de Alecsandro. Desde a lesão no tendão de Aquiles, o Demolidor não iniciava uma partida como titular.
O treinador, aliás, sentiu a pressão da má fase desde o anúncio da escalação no telão de São Januário. Os (poucos) torcedores que encararam a missão de sair de casa no sábado à noite vaiaram quando o locutor anunciou o nome de Cristóvão.
carlos tenorio juninho pernambucano alecsandro vasco portuguesa (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Alecsandro, Tenorio e Juninho comemoram um dos gols do Vasco na vitória sobre a Portuguesa
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
A Portuguesa iniciou a partida aproveitando-se da dificuldade dos donos da casa em sair do campo defensivo e insistindo nas jogadas pelo lado esquerdo, com Rogério e Diego Viana. O primeiro bom chute aconteceu aos dez, quando Léo Silva girou em cima de Carlos Alberto arriscou. Fernando Prass pulou no canto direito para espalmar.
Com Alecsandro centralizado, Tenorio revezou nos lados do campo para puxar contra-ataques. Nos dois primeiros, um na esquerda e outro na direita, não obteve sucesso.
Os apoios constantes de Rogério deixaram um buraco às suas costas e Jonas tratou de aproveitá-lo aos 22. Ele avançou e cruzou da intermediária na segunda trave. Alecsandro subiu sozinho e cabeceou para fora. No minuto seguinte, o centroavante teve uma chance clara. Ele dominou com a perna direita, mas o chute foi bloqueado pelo zagueiro Gustavo e saiu por cima.
Àquela altura, o Vasco tomou conta da partida e recorreu às bolas aéreas para ameaçar. Tenório cabeceou rente à trave esquerda, mas estava impedido.
Em uma das poucas vezes que ameaçou na segunda metade do primeiro tempo, a Portuguesa aproveitou-se da partida insegura de William Matheus para atacar. Luis Ricardo recebeu na ponta direita e cruzou rasteiro. Bruno Mineiro não alcançou e a zaga tirou.
No lance seguinte, aos 36, o Vasco abriu o placar. Wendel cruzou da direita, a bola desviou na zaga e Alecsandro apareceu na segunda trave para abrir o placar de cabeça. O atacante pôs fim a um jejum de oito jogos sem marcar e chegou ao nono na competição. Na comemoração, ele e outros jogadores chamaram o time inteiro para celebrar.
carlos tenorio vasco portuguesa (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Tenorio disputa bola com zagueiro da Lusa
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
A Portuguesa ameaçou na saída de bola. Bruno Mineiro chutou no ângulo esquerdo e aceitou a trave. Na sequência, em cobrança de escanteio, Valdomiro disputou no alto com Dedé e recebeu cartão vermelho do árbitro Heber Roberto Lopes, aos 39 minutos. Nas imagens, não ficou claro se o zagueiro da Lusa atingiu o vascaíno propositalmente com um soco.
- Já tinha ganhado a bola e o Valdomiro me deu dois socos. Um eu sei que foi na maldade. Não desejo nada de mal para ele – disse Dedé, na volta do intervalo.
Tenorio garante tranquilidade
Com um a menos, a Portuguesa tornou-se presa fácil para a visão de jogo de Juninho. Aos três, ele lançou Tenorio entre os zagueiros. O equatoriano avançou, olhou para Dida e bateu rasteiro no canto direito: 2 a 0.
Com a missão cumprida, Tenorio pediu para sair aos 11 minutos e recebeu aplausos calorosos da torcida. Pipico o substituiu.
O Vasco administrou a vantagem e encontrou espaços para os contra-ataques. Wendel arriscou para fora aos 15. Dois minutos depois, Alecsandro bateu forte e Dida espalmou. O goleiro vascaíno também teve trabalho. Bruno Mineiro cabeceou e Prass saltou para colocar para escanteio.
Em ritmo de treino, o Vasco pressionou. Em busca da artilharia perdida para Fred e Luis Fabiano, Alecsandro tentou fazer o segundo dele, mas esbarrou em Dida em dois lances aos 33.
Pipico deu um carrinho perigoso aos 34 e recebeu o vermelho direto de Heber Roberto Lopess. Foi a primeira expulsão do Vasco no Brasileiro. A igualdade de dez jogadores no campo animou a Portuguesa. Bruno Mineiro girou na entrada da pequena área, chutou, a bola deviou no peito de Prass e bateu no pé da trave.

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