'Psicológico me complicou', diz Caldeirão, sobre derrotas no UFC

Meio-pesado da Team Nogueira fala com maturidade sobre a demissão e
diz que não quer lutar pensando no retorno: 'Não quero iludir minha cabeça'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro

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Wagner Caldeirão tinha um cartel perfeito de oito vitórias em oito lutas, sendo sete por nocaute ou nocaute técnico, até entrar no UFC. Na maior organização de MMA do mundo, foram três combates e nenhum triunfo: um "no contest" (luta sem resultado) e um revés por finalização para o americano Phil Davis, e outra derrota por finalização para o estreante Ildemar Marajó. Os maus resultados lhe custaram a demissão, em fevereiro. Após refletir durante alguns meses, ele fez uma análise das derrotas e acredita que o lado psicológico pesou de forma negativa:
- Sempre tem um lado positivo. É com os erros que a gente aprende, literalmente mesmo. Sei qual é o caminho agora. Estou treinando para fazer dar certo. O que mais me complicou foi o psicológico no meio dessas duas derrotas que tive. Primeiro foi contra o Phil Davis, que aplicou o jogo certinho. Depois, contra o Ildemar, eu me precipitei, fui com muita sede ao pote e acabei pagando por isso - disse ao Combate.com.

Wagner Caldeirão se prepara para treinar na Team Nogueira (Foto: Ivan Raupp)

Caldeirão teve tempo para curtir a filha Valentina, que nasceu no início do ano, e saiu um pouco de Campinas-SP para passar um tempo em Curitiba, treinando ao lado do amigo Thiago Bel. De volta à Team Nogueira, no Rio, ele não quer lutar com um possível retorno ao UFC na cabeça:
- Meu objetivo agora é vencer lutas. Não quero iludir minha cabeça falando que quero voltar para o UFC daqui a três lutas, ou ir para outro evento. Eu só quero saber de vencer. Está quase tudo acertado para eu lutar do meio para o final de agosto. Seja quem for o adversário, vamos lutar para ganhar - afirmou ele, que preferiu não revelar o evento por enquanto.

Estamos cansados de saber que é assim que funcionam as coisas.
Se não render bem, vai ser
cortado. E não fechei as portas
com eles (UFC). Posso voltar"

Wagner Caldeirão

O peso-meio-pesado de 25 anos contou que ainda não teve qualquer contato do Ultimate para a volta:
- Não teve contato deles. Meu empresário que chegou para mim e falou: "Continua fazendo seu trabalho, que seu lugar é lá. Fica tranquilo". Só isso.
Caldeirão também garantiu que não ficou surpreso quando soube que estava fora do UFC. Ele mostrou maturidade em relação a essa questão:
- Não tive surpresa nenhuma, porque o UFC é assim. É como uma multinacional, uma empresa muito bem conceituada. Se você não rende aquilo que eles esperam... Não vamos nos iludir. Estamos cansados de saber que é assim que funcionam as coisas. Se não render bem, vai ser cortado. E não fechei as portas com eles. Posso voltar.