domingo, 14 de julho de 2013

Reservas do Galo mostram força e batem Timão no Pacaembu
Com apenas três titulares em campo, finalista da Libertadores faz 1 a 0 e ganha moral antes de decisão. Timão volta a pensar no São Paulo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    35 do 1º tempo
    Bernard faz grande jogada pela esquerda e toca para Rosinei, que finaliza na pequena área, na saída de Cássio, e dá a vitória ao Atlético no Pacaembu.
  • deu errado
    Armadores
    Ibson, Alexandre Pato e Romarinho não renderam bem na criação de jogadas do Corinthians. Apenas Romarinho criou algumas chances, mas sem sucesso.
  • estrela
    Rosinei
    Criado nas categorias de base do Corinthians, o meio-campista teve uma chance entre os titulares e foi responsável por derrotar o ex-clube dentro do Pacaembu.
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
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Time que quer ser campeão da Taça Libertadores precisa de elenco, e isso o Atlético-MG tem de sobra. Mesmo com apenas três titulares em campo, o Galo mostrou sua força dentro do Pacaembu, venceu o Corinthians por 1 a 0 e ganhou ânimo extra para a decisão continental contra o Olimpia, a partir da próxima quarta-feira. O gol de Rosinei no primeiro tempo foi o resultado de uma tática perfeita do técnico Cuca, que só explorou contra-ataques e saiu vitorioso.
A vitória levou o Atlético à nona posição, com dez pontos, com uma tranquilidade maior na tabela do Campeonato Brasileiro. O Corinthians, com nove, é 12º, longe do pretendido pelo técnico Tite.
Os desfalques custaram caro, já que o Timão pecou na armação de jogadas e perdeu muitas oportunidades. Sem Danilo, Douglas, Emerson e Renato Augusto, os responsáveis pela criação foram Ibson, Alexandre Pato e Romarinho. Só o último mostrou alguma coisa, mas insuficiente para dar frutos no Pacaembu.
A derrota não abala a programação do Corinthians para a próxima quarta-feira, quando enfrenta o São Paulo no mesmo Pacaembu, pelo segundo jogo da final da Recopa Sul-Americana – o Timão venceu a primeira partida por 2 a 1. No mesmo dia, o Galo enfrenta o Olimpia, em Assunção.
Rever e Guerrero, Corinthians x Atlético-MG (Foto: Marcos Ribolli)Rever e Guerrero disputam a bola no Pacaembu. Atleticano leva a melhor (Foto: Marcos Ribolli)
Pressão corintiana, gol do Galo
Nem parecia que o Corinthians tinha quatro desfalques importantes no setor ofensivo. Romarinho começou bem, e a equipe de Tite soube explorar os espaços deixados pela desentrosada defesa do Galo e criou ótimas chances – o próprio Romarinho apareceu na área e quase fez um golaço após drible entre as pernas de Junior Cesar. Abertos pelos lados, Alexandre Pato e Ibson também mostraram dinamismo.
O gol parecia questão de tempo, já que o Timão comandou o ritmo por quase todo o primeiro tempo e avançou até com seus volantes. Ralf, por exemplo, arriscou um chute por cobertura e exigiu defesa difícil de Victor. O goleiro era um dos três titulares do Atlético em campo, ao lado de Bernard e Réver – o restante foi poupado para a final da Libertadores contra o Olimpia, quarta-feira.
Pelos pés de Bernard passaram os poucos lampejos do Galo. A diferença é que um desses raros ataques foi certeiro, bem diferente dos frequentes gols perdidos pelo Corinthians. Aos 35 minutos, o meia fez o que quis pela esquerda e deu passe para Rosinei marcar na saída de Cássio: 1 a 0, e com gol de ex-corintiano, que optou por não fazer festa.
A mudança de placar não alterou o ânimo da torcida do Corinthians nem o volume de jogo da equipe. No entanto, novas oportunidades foram se perdendo com Guerrero, Romarinho, Pato... Apesar de jogar bem melhor, o Timão foi castigado pela eficiência do mistão do Galo no primeiro tempo.
Desorganização custa caro
Satisfeito com a vantagem, o Atlético voltou bem tranquilo para o segundo tempo, apenas esperando a pressão corintiana para tentar aproveitar algum contra-ataque. A única boa chance foi com Rosinei, que errou um peixinho na pequena área e perdeu a oportunidade de ampliar o placar.
Do lado do Corinthians, o desespero aumentava a cada minuto. Menos organizado do que no primeiro tempo, o meio-campo abusou dos chutões. Ibson caiu de produção, Pato também (o atacante até foi vaiado quando deixou o gramado, substituído por Léo), e as jogadas começaram a ficar mais difíceis. A bola “queimou” até nos pés dos mais experientes. Os mais de 32 mil torcedores no Pacaembu perceberam o mau momento e se irritaram a cada passe errado.
Quando as coisas davam certo, Victor estava no gol para tirar qualquer esperança corintiana. Herói da classificação do Galo para a final da Libertadores, o goleiro parou uma cabeçada de Pato e foi seguro em todos os outros lances.
Os reservas da equipe mineira deram conta do recado e moral ainda maior para a decisão continental. Os titulares do Corinthians precisam abrir o olho antes de outra final: a da Recopa Sul-Americana, contra o São Paulo, também na quarta-feira.
 

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