Após quinta vitória seguida, Raphael Assunção se considera desafiante nº1

Peso-galo pernambucano volta a afirmar que via sua luta como uma semifinal para a disputa do cinturão e diz que mata-leão de Dillashaw quase o pegou

Por Combate.com Barueri, SP

14 comentários

O pernambucano Raphael Assunção alcançou sua quinta vitória seguida desde que baixou para os pesos-galos ao derrotar o americano TJ Dillashaw na quarta-feira, no UFC Fight Night no Combate: Maia x Shields, em Barueri. Seu adversário também tinha quatro triunfos consecutivos e estava na nona colocação do ranking da categoria no Ultimate, e o lutador brasileiro viu nisso um sinal de que está próximo de disputar o cinturão.
A situação da divisão está confusa no momento. O campeão linear (da cronologia oficial do UFC), Dominick Cruz, está fora de ação há mais de dois anos por causa de uma série de lesões, a mais grave delas no joelho esquerdo. Renan Barão conquistou o cinturão interino durante esse período e já o defendeu duas vezes. Dana White, presidente do Ultimate, declarou recentemente que Cruz perderá o cinturão se não voltar até o início de 2014. O plano da companhia, e da equipe de Barão, é que os dois se enfrentem pela unificação do título em fevereiro; caso Cruz não volte, o brasileiro seria promovido a campeão linear e defenderia seu cinturão no mesmo mês.

Raphael Assunção marcou bem o tempo dos ataques de TJ Dillashaw em Barueri (Foto: Rodrigo Malinverni)

Aí, entra Assunção. Outra luta-chave do quebra-cabeça é o duelo entre os americanos Urijah Faber, segundo do ranking, e Michael McDonald, terceiro, marcado para o UFC Fight Night: Pettis x Thomson, em dezembro. O pernambucano vê no vencedor deste duelo seu próximo oponente para determinar o primeiro desafiante após a unificação do cinturão. Se Cruz não voltar, porém, Assunção acha que seria o principal candidato a enfrentar Barão em fevereiro.
- Acho que sim (sou o desafiante número 1). Eu até tinha falado, achei que para mim era uma semifinal, e achei que completei a minha chave até a final. Agora tem o outro lado da chave, que seria essa próxima luta (entre Urijah Faber e Michael McDonald), pelo menos penso assim na minha mente. O restante é o que o UFC decidir, o que eles acharem que é melhor, em termos de tempo, de espera. Acho que minha chave foi completa, pensando nesse lado de essas duas lutas serem as semifinais, eu levei isso muito a sério. Espero o vencedor, quem quer que seja. Estou esperando (para ver) o que o UFC resolve - disse o lutador após o evento de sábado.
Raphael Assunção conseguiu sua quinta vitória consecutiva num duelo muito equilibrado. Dois dos três jurados deram o triunfo para ele, enquanto outro considerou TJ Dillashaw melhor em dois dos três rounds. O pernambucano confessou ter ficado um pouco preocupado com o que os cartões de pontuação dos juízes determinaria, mas se mostrou confiante que fez mais para vencer.
- Depois que ele pegou minhas costas, acho que prevaleci e consegui ser mais efetivo no segundo e terceiro rounds, apesar de estarmos trocando para um lado e para outro. Ele quase me finalizou com aquela posição no começo, foi bem próximo, o mata-leão estava bem apertado, mas acho que fui mais efetivo no segundo e terceiro rounds, em pé e na troca de posições na luta agarrada - analisou Assunção.