sábado, 11 de janeiro de 2014

Diretor da comissão atlética de Nevada deixa posição após sete anos

Figura polarizante no meio das lutas e opositor à isenção de TRT para Vitor Belfort, Keith Kizer anuncia que vai voltar à procuradoria geral do estado

Por Las Vegas
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Keith Kizer diretor executivo comissão atlética Nevada (Foto: Adriano Albuquerque)Keith Kizer durante o UFC 168, em dezembro
passado (Foto: Adriano Albuquerque)
Após mais de sete anos no comando da principal comissão atlética dos EUA, Keith Kizer anunciou na noite de sexta-feira que está deixando a posição de diretor executivo da Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC). A entidade terá duas semanas para escolher um substituto para o advogado, que voltará a trabalhar na procuradoria geral do estado, onde atuava antes de assumir o cargo de diretor executivo em 2006.
- É hora de seguir adiante. É hora de voltar a ser procurador - disse Keith Kizer ao jornal "Las Vegas Review-Journal", de acordo com o site "MMA Junkie".
Kizer foi o substituto de Marc Ratner, atualmente diretor de assuntos regulatórios do UFC, no posto de diretor executivo da Comissão Atlética do Estado de Nevada, que regulamenta os esportes de combate em Las Vegas, considerada a "capital mundial das lutas". O diretor rapidamente se tornou uma figura polarizante tanto no boxe como no MMA; sua presença era um dos maiores motivos para John McCarthy, um dos principais árbitros do MMA, não atuar no estado. Sob seu comando, a comissão foi alvo de duras críticas por pontuações controversas em lutas importantes. Em novembro passado, após a polêmica vitória de Georges St-Pierre sobre Johny Hendricks por pontos, o presidente do UFC, Dana White, afirmou que tinha "medo" de seguir promovendo eventos em Las Vegas por causa dos erros nas pontuações.
Kizer também ganhou notoriedade no último ano ao afirmar que a NSAC dificilmente daria uma isenção de uso do tratamento de reposição de testosterona (TRT) a Vitor Belfort, pego por doping numa luta em Las Vegas em 2006. A afirmação levou a inúmeras especulações de que o peso-médio brasileiro estava lutando repetidamente no Brasil porque não conseguiria liberação para usar o tratamento nos EUA. Em dezembro, Kizer disse ao Combate.com que acredita que Belfort conseguiria licença para lutar no estado, mas que a isenção para uso de TRT requere que o lutador prove que sua necessidade pelo tratamento não tem relação com abuso de esteróides no passado.
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Em 2013, apenas um lutador, Chael Sonnen, recebeu autorização para uso do TRT no estado. O presidente da comissão, Francisco Aguilar, aceitou o pedido de demissão de Kizer e o elogiou pelo trabalho nos últimos sete anos.
- A comissão é grata ao Keith por seus quase oito anos de serviço dedicado, que incluíram os anos mais fortes da comissão em relação à saúde, segurança e à segurança fiscal. Meus companheiros comissários e eu desejamos ao Keith o melhor em sua nova função - disse Aguilar ao "MMA Junkie".

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