sábado, 15 de março de 2014

Presidente do Tanabi vai ao Paraguai de carro e revela acerto com Cabañas

Time do interior paulista está perto de assinar com carrasco de Santos e Flamengo, quatro anos após jogador levar tiro na cabeça. Índio paraense também está na mira

Por Sorocaba, SP
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Salvador cabañas fazendo pão (Foto: Agência AFP)Cabañas tem trabalhado como padeiro no Paraguai (Foto: Agência AFP)
Fora do futebol profissional há quatro anos após ter levado um tiro na cabeça, o paraguaio Salvador Cabañas pode ter uma oportunidade para jogar no Brasil. A proposta existe e o acordo está fechado verbalmente, segundo Irineu Alves, presidente do Tanabi, clube da cidade que fica a 490 km de São Paulo, na região de São José do Rio Preto.
A mesma equipe, nos últimos dois anos, contou com os veteranos Túlio Maravilha, Viola e Marco Antonio Boiadeiro para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, o quarto e último nível do futebol estadual.
O interesse do clube paulista foi despertado por matéria publicada no GloboEsporte.com, no dia 9 de fevereiro deste ano, sobre a vida do carrasco de Santos e Flamengo na Libertadores de 2008 após a recuperação do tiro, do golpe financeiro levado por qual acusa a ex-esposa e o trabalho como padeiro no Paraguai.
Sinceramente, o que eu vi do Cabañas foi a entrevista no GloboEsporte.com
Irineu Alves, presidente do Tanabi
Aliás, a publicação no site e a reportagem exibida no Fantástico do dia 16 de fevereiro são, até agora, as únicas fontes de informação do Tanabi sobre Cabañas, que hoje tem 33 anos. O presidente do clube afirma ter ido de carro para Itaguá, no Paraguai, em busca de contato com ex-centroavante do América do México. O encontro com o pai do jogador iniciou as negociações para ter Cabañas por três meses.
– Eu vi uma matéria dele no GloboEsporte.com e no Fantástico. Fui pessoalmente para o Paraguai. Não o encontrei porque ele estava no Chile, mas fui à casa dele, conversei com o pai dele e passei as intenções. Sinceramente, o que eu vi do Cabanãs foi a entrevista. Tanto fisicamente, como mentalmente, parece que ele está apto a jogar futebol – disse Irineu Alves.
Dionísio Cabañas e Irineu Alves Tanabi (Foto: Arquivo pessoal / Irineu Alves)Dionísio, pai de Salvador Cabañas, e Irineu Alves, presidente do Tanabi (Foto: Arquivo pessoal / Irineu Alves)

O presidente do clube de Tanabi garante ter a melhor proposta, confia no interesse de Cabañas e promete assinar contrato até a próxima semana para contar com o atacante já na estreia da equipe na quarta divisão, que será no dia 6 de abril, em casa, contra o Olímpia.
– É um sonho dele jogar no Brasil. Apareceu essa oportunidade de recomeço. São poucos clubes que dão essa chance como estamos dando. Ele teve duas propostas do México, mas sei que para o México ele não volta. Aqui ele terá um bom salário e pagaremos viagens e hotel – afirma o presidente do Tanabi.
Aru no jogo Gavião Kyikate contra Paysandu (Foto: Reuters)Aru, no jogo Gavião Kyikatejê contra Paysandu (Foto: Reuters)
"Mascote" em campo
Outro plano ousado do clube paulista é aumentar a identificação do time com sua própria mascote. Isto é, um dos símbolos do Tanabi é o Índio da Noroeste. Também de acordo com Irineu Alves, a equipe deverá ter em campo o atacante Aru, da equipe indígena Gavião Kyikatejê, que disputa a primeira divisão do Campeonato Paraense.
Aru, um dos índios da equipe, chamou atenção não só por ter entrado de cocar e pintado, mas também pela pontaria.
– Fui visitar a aldeia em Marabá (PA), conheci o trabalho deles. Nossa mascote é um índio e queria valorizar isso dentro de campo. Além disso, o Aru tem cinco gols no campeonato. Ele está apalavrado. O Campeonato Paraense acaba em 13 de abril. Ele deve vir por empréstimo por três meses – diz Irineu.

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