Amigos, Vitor Miranda e Rick Monstro fazem as pazes logo após luta no TUF
"Escolhi o Rick porque pelo menos eu sabia o perigo que estava correndo", justifica o finalista do reality show. "Não existe rancor. Somos amigos", garante o semifinalista
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Criticado por algumas pessoas devido à sua atitude, Vitor Miranda conversou com o amigo após a pesagem, e os dois fizeram as pazes. "Vithai" venceu o duelo por nocaute técnico e, neste sábado, enfrenta Cara de Sapato na final. Ele explicou como foram os dias distantes de Rick e justificou a opção por ele dizendo que ao menos sabia o que poderia lhe oferecer como oponente:
Rick Monstro (E) cumprimenta Vitor Miranda após a luta (Foto: Reprodução / TV Globo)- Ninguém conhecia o Cara de Sapato. Até a semifinal, eu só o tinha visto lutar uma vez, e durou 30 segundos. Não vi do que ele era capaz. Prefiro, então, pegar o Sapato numa final como esta agora, porque tenho tempo para treinar, para analisar o jogo dele. Ele me mostrou mais coisas do jogo na luta contra o Pezão. Como é cada um por si, também poderia escolher o Pezão, que estava no meu time. Não escolhi porque eu o achava muito difícil. Treinei com ele a temporada toda, e seria mais arriscado para mim. Escolhi o Rick porque pelo menos eu sabia o perigo que estava correndo. Com o Cara de Sapato eu não sabia o que poderia ser. Poderia ser mais fácil, mais difícil. Não sabia e queria ter o controle pelo menos disso, de saber o perigo que eu estava correndo. Infelizmente ele ficou triste, e a nossa encarada, entre dois amigos, foi a mais tensa do programa. Foi f***. Mas os dois usaram aquilo: já que é para lutar, vamos fazer da melhor maneira possível. Vamos entrar nesse clima, que só vai ajudar. Quanto mais agressivo a gente entrar na luta, mais bonita ela vai ser e mais chance a gente vai ter de vencer. E logo depois da pesagem a gente se abraçou e já resolveu aquilo: "Vamos fazer nosso trabalho". O Rick falou comigo, e eu falei: "Pô, Rick. Você judiou de mim uma semana. Não falou comigo, não olhou para mim". Nos últimos dias, pensei: "Não posso amarelar agora. Tenho que entrar nesse clima também". Por isso a pesagem foi tensa. Mas 20 minutos depois da pesagem, o Rick me chamou e a gente conversou. Deu tudo certo - disse ao <b>GloboEsporte.com</b>.
Quem criticou Vitor Miranda usou como argumento o fato de ele ter lamentado muito a luta contra o também amigo e companheiro de Team Nogueira Antônio Montanha nas quartas de final, onde o nocauteou. Ele explicou que nunca chegou a reclamar da decisão de Wanderlei Silva de casar o duelo:
- O pessoal pode achar estranho num contexto geral, porque fiquei bem abalado quando me casaram contra o Montanha. Realmente foi difícil. Mas, se perceberem lá no programa, em nenhum momento eu julguei o Wanderlei por ter feito isso. Em nenhum momento eu disse que amigos não podem lutar. Eu simplesmente achei difícil lutar contra um amigo, mas nunca disse que era errado. Eu, Rick, Montanha e (Edgard) Castaldelli tínhamos um consenso não público, mas entre nós, de que não queríamos nos pegar na primeira fase. Quanto mais tarde, faria mais sentido, porque você está lutando mais vezes, vencendo. Aí os caras vão se enfrentar lá na frente, e infelizmente um tem que passar e o outro não. O problema de eu ter sentido mais de lutar contra o Montanha é que foi a primeira fase. Eu não queria. Na semifinal, a gente já sabia que tinha 50% de chances de se enfrentar, e fui com essa mentalidade de que precisava fazer a escolha que achava mais certa para mim no momento. Eu não podia estar há 10, 15 anos na luta, e por um momento deixar de fazer a escolha que achei que seria melhor para mim.
Rick Monstro perdeu a luta para Vitor Miranda, mas também ganhou uma vaga no card do TUF Brasil 3 Finale, que ocorre em São Paulo. Ele vai enfrentar Pezão, que perdeu na outra semifinal para Cara de Sapato. Rick admitiu que a princípio não gostou da escolha do amigo, mas depois entendeu e voltou a se dar bem com ele:
- Lá dentro os nervos estão à flor da pele. Realmente, quando eu soube, a gente ficou meio assim... Fiquei um pouco chateado. Mas no decorrer do jogo percebi que ali é um momento nosso. Ali o Vitor não representava a Team Nogueira, representava o time do Sonnen, assim como eu representava o time do Wanderlei. Depois da pesagem, a gente conversou e deu um abraço de irmão. Apesar de qualquer coisa que acontecesse lá dentro, eu e o Vitor seríamos as mesmas pessoas, os mesmos amigos. Ele está buscando o sonho dele. Tenho certeza que, quando ele falou que eu seria o mais fácil, não foi isso que ele quis dizer. Quis dizer que o caminho mais fácil era essa talvez por já me conhecer, por já saber do meu jogo, e meu jogo casar com o dele. Ele tinha o suporte dos treinadores e não podia ir contra a vontade do Sonnen, porque respeitava uma hierarquia ali dentro. A encarada foi um momento emocionante, pois a gente viu que a nossa amizade e nosso espírito de equipe sempre foram maiores do que o TUF. Meu sonho nunca foi ganhar o TUF, era um objetivo, pois ganhando o TUF eu ficaria mais perto do meu sonho. Não existe rancor nenhum entre mim e o Vitor. Somos amigos. Ele me ajudou no meu camp todo, e acredito que pude ajudá-lo no camp dele. Vou defender o Vitor sempre que puder, e tenho certeza que vai ser recíproco isso aí.
Em primeiro plano, Rick e Vitor se encaram antes da luta semifinal (Foto: Reprodução / TV Globo)Quando os dois retornaram aos treinamentos na Team Nogueira, após o fim do TUF Brasil 3, o clima seguiu bom entre eles. Segundo Vitor, ninguém se meteu no assunto da dupla:
- Ninguém veio falar nada. A única pessoa que falou alguma coisa, e foi para todo mundo da equipe, foi o próprio Rick. Ele falou: "Galera, o que aconteceu lá dentro morreu, ficou lá dentro. Ele precisava fazer isso, eu precisava fazer isso. A gente precisou lutar. A escolha dele foi a escolha dele. Eu sempre o admirei. Tenho muita consideração pelo Vitor. Tenho certeza que é recíproco. A gente está se ajudando aqui, e o que aconteceu lá foi entre nós nois. Não quero que ninguém interprete de outra maneira. Ele já esclareceu isso, foi muito legal da parte dele". Pode ser que alguém tenha se ferido ou achado estranho, mas ninguém se manifestou.
Neste sábado, logo após Zorra Total, a Globo transmite ao vivo para todo o país as finais do "The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões", a partir das 23h40 (horário de Brasília), diretamente do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A narração é de Cleber Machado, com comentários do lutador peso-pesado Junior Cigano. O Combate transmite o card na íntegra a partir de 18h30 (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real. Na sexta-feira, canal e site exibem a pesagem ao vivo a partir de 15h40.
<b>TUF Brasil 3 Final</b>
31 de maio, em São Paulo
<b>CARD PRINCIPAL</b>
Peso-pesado: Fábio Maldonado x Stipe Miocic
Peso-médio: Warlley Alves x Márcio Lyoto
Peso-pesado: Antônio Carlos "Cara de Sapato" x Vitor Miranda
Peso-meio-médio: Demian Maia x Alexander Yakovlev
Peso-pena: Rony Jason x Robbie Peralta
<b>CARD PRELIMINAR</b>
Peso-leve: Elias Silvério x Ernest Chavez
Peso-leve: Rodrigo Damm x Rashid Magomedov
Peso-meio-médio: Paulo Thiago x Gasan Umalatov
Peso-pena: Kevin Souza x Mark Eddiva
Peso-médio: Wagnão Gomes x Ricardo Demente
Peso-pesado: Marcos Rogério Pezão x Rick Monstro
Peso-galo: Pedro Munhoz x Matt Hobar
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