quinta-feira, 29 de maio de 2014

Provocação do Atlético-PR irrita, mas São Paulo não dará resposta

Após série de polêmicas com presidente Carlos Miguel Aidar, clube tricolor quer evitar novo atrito; Nos bastidores, porém, há revolta com nota divulgada pelo Furacão

Por São Paulo
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A relação entre São Paulo e Atlético-PR, que não era boa, vai piorar ainda mais depois desta quinta-feira. A nota divulgada pelo site do Furacão, chamando os são-paulinos de “bambis” após o empate por 2 a 2, em Uberlândia, pelo Brasileirão, irritou a diretoria do Tricolor. Nenhuma resposta oficial será dada, mas a provocação só serviu para aumentar a rivalidade, principalmente com o atual presidente do Furacão, Mário Celso Petraglia.

Um dirigente são-paulino ouvido pela reportagem não quis conceder entrevistas, mas classificou a publicação como “ridícula”. No texto, além das insinuações sobre sexualidade, o Atlético-PR diz que vai protestar na CBF contra a arbitragem de Anderson Daronco. O clube reclama do pênalti marcado em Luis Fabiano e do gol sofrido aos 46 minutos do segundo tempo, depois que a bola desviou no braço esquerdo do centroavante (assista ao vídeo).

A postura do São Paulo, porém, é de evitar um novo atrito público. Desde que assumiu o cargo, há pouco mais de um mês, o presidente Carlos Miguel Aidar se envolveu em várias polêmicas em virtude de fortes declarações. A última delas foi de que nem todo o dinheiro da Camorra, a máfia italiana, seria capaz de fazer o Napoli contratar Paulo Henrique Ganso. Os europeus prometem levar o caso à Justiça.
 Disputa por Manoel promete agravar ainda mais a relação entre São Paulo e Atlético-PR
 É unanimidade entre a cúpula do São Paulo que a provocação partiu de uma ordem de Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR e inimigo declarado do Tricolor. Eles argumentam que, no momento dos lances, jogadores e comissão técnica do Furacão sequer reclamaram. A irritação surgiu apenas depois do jogo.

O São Paulo, aliás, também questiona o trio de arbitragem por causa de um pênalti em Osvaldo quando a partida estava empatada por 1 a 1, no segundo tempo. O atacante foi derrubado na área, mas o árbitro mandou a partida seguir.
Tricolor e Furacão estão prestes a iniciar uma nova batalha. O zagueiro Manoel entrou na justiça para deixar o clube paranaense e poder jogar no São Paulo. Os representantes do jogador já conversaram com o departamento de futebol da equipe paulista, que se mantém à espera, aguardando o desenrolar do processo.
Rivalidade antiga
 Em 2005,  Mário Celso Petraglia chamou ex-são-paulino Alex de "bambi assassino"
 A rivalidade entre os clubes começou em 2005, quando o Tricolor conseguiu tirar da Arena da Baixada a primeira partida da decisão da Taça Libertadores. O estádio não tinha os 40 mil lugares previstos no regulamento da Conmebol para abrigar o duelo, e o clube acabou levando o jogo para o Beira-Rio. Um empate por 1 a 1, no Rio Grande do Sul, e uma goleada por 4 a 0, no Morumbi, deram o título ao São Paulo.

Ainda em 2005, Petraglia chamou o ex-zagueiro são-paulino Alex de “bambi assassino” e desencadeou uma guerra entre as partes. Os clubes também trocaram farpas nas negociações que levaram os atacantes Dagoberto e Aloísio do Furacão para o Tricolor.

Sem o dirigente no poder, o clima amenizou. Juvenal Juvêncio tinha boa relação com o antigo presidente atleticano, Marcos Malucelli. Tanto que os paulistas chegaram a comprar o zagueiro Rhodolfo, hoje no Grêmio. No entanto, o retorno de Petraglia ressuscitou a crise entre as partes.
Nota Atlético-PR (Foto: Reprodução/atleticoparanaense.com)Nota oficial do Atlético-PR ofende o São Paulo: "Rogério Ceni e demais bambis" (Foto: Reprodução/atleticoparanaense.com)

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