quarta-feira, 7 de maio de 2014

Para Belfort, Wand deu "tiro no pé" ao casar luta entre amigos no TUF Brasil

Carioca, por outro lado, aprova que "Cachorro Louco" esteja se "adequando ao esporte". Ele ressalta importância da mente aberta e se define como visionário

Por Rio de Janeiro
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Na primeira edição do "The Ultimate Fighter Brasil: Em busca de campeões", Wanderlei Silva condenou o treinador da equipe rival, Vitor Belfort, por casar a luta entre os amigos e companheiros de treino Rony Jason e Anistávio Gasparzinho nas quartas de final do programa, alegando que havia outras opções e que os dois não precisavam se enfrentar logo naquela fase. Na ocasião, Vitor defendeu o profissionalismo no MMA e disse que, se os nordestinos entraram na casa na mesma categoria, deveriam estar preparados para isso.
Dois anos depois, o mesmo Wanderlei Silva, desta vez comandando o time rival ao do americano Chael Sonnen no TUF Brasil 3, casou o duelo entre os também amigos e companheiros de treino Vitor Miranda e Antônio Montanha nas quartas. Em sua defesa, afirmou que eles não eram tão próximos como Jason e Gasparzinho. Belfort contou que não tem assistido ao programa, mas soube da atitude do compatriota. Para o carioca, que se definiu como visionário, o "Cachorro Louco" deu um "tiro no pé", já que foi crítico no passado em relação a isso, mas mostrou que está se adaptando ao esporte.
Vitor Belfort Wanderlei Silva TUF Brasil (Foto: Divulgação - TUF Brasil)Wanderlei discute com Vitor após Jason vencer Gasparzinho no TUF 1 (Foto: Divulgação - TUF Brasil)
- Sou um visionário. Diria que cada um tem um dom, e Deus me deu esse dom de visão. Quando eu falava que meu esporte estaria na TV aberta, ninguém acreditou. Disseram que eu era maluco. Em relação ao Wanderlei, o ato dele mostra que ele está se adequando ao esporte. Ele me condenou, e a imprensa alimentou isso. Espero que agora ele possa reconhecer o erro dele. O que é o bullying? Quando o menino é diferente, as outras crianças começam a sacaneá-lo. É legal o diferente. Mesmo que eu não concorde com muitas coisas, eu respeito. Não vou ficar aqui criticando. Você gosta de amarelo? Eu gosto de vermelho e te respeito. Foi o que eu falei para ele naquela vez: "Wanderlei, te respeito, mas você tem que me respeitar. Não estou aqui infringindo regra nenhuma. Estou aqui colocando dois caras para lutar, porque eles entraram na competição para isso". E acho que o Wanderlei, nesse ato de agora, deu um tiro no pé, porque mostra que ele está concordando com o que eu pensava. O grande problema é esse, é você ter uma visão além e ser condenado pelas pessoas. O grande lance é o seguinte: lutadores, tirem a grade da mente. Lutem dentro da grade, mas a mente não pode ser uma grade - disse, em entrevista ao Combate.com.
Apesar de eu lutar numa grade, de a minha vida profissional ser decidida na grade, a minha mente não é e nunca foi uma grade. Ela é aberta. Por ser uma mente aberta, surgem críticas. Na realidade, enquanto as pessoas estão vivendo 2014, eu já estou em 2030"
Vitor Belfort
Belfort relembrou os velhos tempos, quando já se considerava um lutador de visão. Por isso, não se incomodou quando foi criticado por ter casado a luta entre amigos no TUF 1. Ele acredita que está anos à frente da grande maioria em relação à mente aberta:
- Fiquei pensando nisso outro dia, conversando com a Joana (Prado, sua esposa). Apesar de eu lutar numa grade, de a minha vida profissional ser decidida na grade, a minha mente não é e nunca foi uma grade. Minha mente nunca foi dominada pelas grades. Ela é aberta. Por ser uma mente aberta, surgem críticas. Na realidade, enquanto as pessoas estão vivendo 2014, eu já estou em 2030. Sempre tive essa visão. Quando eu tinha 13 anos, já pensava em ser campeão mundial de MMA. E não via aquilo como vale-tudo, e sim como artes marciais mistas. Eu falava que não fazia vale-tudo, porque não valia tudo. Não vale isso, não vale aquilo. Os caras falavam que era vale-tudo sim, que era guerra. Não é guerra, é esporte, uma mistura das artes. Eu e o Carlson (Gracie, falecido treinador) fomos para os EUA quando eu tinha 16 anos, e muitos disseram que eu voltaria com o rabo entre as pernas, mas nós acreditamos e conquistamos. Então, para mim, ser criticado não é novidade.
A rivalidade entre Wanderlei e Sonnen também foi assunto. Belfort já havia se manifestado pelas redes sociais, onde se disse envergonhado pela briga entre os dois no programa. Desta vez, preferiu ficar em silêncio. Um silêncio em tom de alfinetada:
- Tem um homem que me ensinou uma coisa muito interessante. Quando você não tem nada de bom para falar de alguém, o silêncio fala por si só.

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