Dunga aposta na força da camisa e admite concorrência interna
Treinador diz que prestígio da Seleção é independente do resultado e que jogadores precisam mostrar desempenho para seguirem sendo chamados para o grupo
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Desde que reassumiu o comando da seleção brasileira, o técnico Dunga
tinha dois objetivos bem claros em seus primeiros jogos: resgatar o
prestígio da equipe canarinho e reformular parte do grupo que disputou a
Copa do Mundo e acabou sofrendo com a goleada por 7 a 1 para a
Alemanha, nas semifinais do torneio.E o trabalho tem surtido efeito. Em quatro jogos, a equipe venceu quatro vezes e não sofreu nenhum gol. Além disso, dos atletas chamados para os dois últimos amistosos de 2014, apenas sete estavam no Mundial do Brasil: Thiago Silva, David Luiz, Luiz Gustavo, Fernandinho, Oscar, Willian e Neymar.
Justamente tal concorrência que o treinador admitiu estar criando no grupo.
- Escutamos muito falar da Seleção, da qualidade dos jogadores. Falamos para os jogadores que estão aqui para olharem para o lado e perceberem quantos bons atletas estão ao seu lado e quantos não estão. Temos que criar essa competitividade sadia dentro da Seleção.
Dunga comanda treino na Turquia antes dos dois últimos desafios do ano (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
O treinador afirmou ainda que a comissão técnica vai avaliar todos os aspectos antes de fechar o grupo para a primeira competição oficial após a Copa do Mundo: a Copa América de 2015.
- Nós vamos analisar ponto a ponto de cada jogador. Conversamos com eles e falamos que não são apenas as questões dentro da Seleção. Temos observado a postura dos jogadores dentro dos seus clubes e vamos tomar uma decisão. O jogador precisa chegar aqui e mostrar a personalidade dele.
Questionado sobre o interesse que a seleção brasileira está despertando nos turcos, Dunga afirmou que a questão é bem simples.
- A seleção brasileira tem uma coisa forte que é a cor de sua camisa. São cinco títulos mundiais e uma história muito grande. Foram grandes jogadores que vestiram essa camisa. Isso faz com que o Brasil tenha esse prestígio e tudo isso independentemente do resultado.
Confira abaixo os principais trechos da coletiva do treinador
COPA 2014
Não podemos reescrever o passado porque ele ficou para trás. O importante é o início do trabalho, readquirir a forma de jogar, conseguir recuperar a autoestima do torcedor. Na partida contra a Argentina, a vice-campeã do mundo, com a rivalidade, nós conseguimos o resultado. Como era o primeiro jogo com uma taça em jogo, nós tínhamos que começar ganhando.
BRASIL X TURQUIA – COPA DE 2002
Foram jogos difíceis contra a Turquia. O time turco tem um trabalho mais longo do que a nossa seleção. Vai ser difícil porque as duas equipes têm jogadores de ótima qualidade.
Dos jogadores convocados para os amistosos de novembro, apenas sete estiveram na última Copa do Mundo
(Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
(Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
FELIPE MELO
Queria pedir desculpas porque não falamos de jogadores que não estão presentes. O leque de jogadores que poderiam estar aqui é imenso. E não poderíamos falar de todos. Podemos falar do Fred, do Casemiro, do Fernandinho. Podemos falar de quem está presente aqui atualmente.
TORCIDA CONTRA
São jogadores acostumados com isso, com o clima, com uma série de fatores. Mesmo não jogando na Colômbia, jogamos em Miami com 80% de um estádio com colombianos. Os torcedores aqui são apaixonados por sua equipe, os jogadores estarão motivados, mas temos que ter o objetivo fixo de ganhar.
ESTILO DUNGA
É difícil de se dizer (se os jogadores já assimilaram a filosofia). Estamos num bom caminho apesar do pouco tempo de trabalho. Facilita pela inteligência dos jogadores e capacidade técnica. Se tivéssemos mais tempo, eles poderiam assimilar ainda mais. Estou contente com a forma como os jogadores estão se empenhando em campo. Eles sabem trabalhar com a pressão e com o prazer de jogar pela Seleção. Eles entenderam que se tivermos um coletivo forte a individualidade vai se sobressair.
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