quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

À caça de reforços, Corinthians inicia temporada com salários atrasados

Direito de imagem dos jogadores não está em dia. Funcionários do futebol e de outros setores têm um mês de atraso e ainda não receberam férias e 13º

Por São Paulo
Renato Augusto Corinthians Coletiva (Foto: Fernando Vidotto)Renato Augusto, em entrevista coletiva no CT do Corinthians (Foto: Fernando Vidotto)
Enquanto se prepara para gastar R$ 13 milhões parceladamente para contratar o atacante Dudu, o Corinthians começa a temporada 2015 em débito com o elenco. Jogadores estão há um mês sem receber parte dos salários. Outros funcionaram ainda não viram também férias e 13º.
O atraso com os atletas é no pagamento do direito de imagem, mecanismo usado pelos clubes para fugir de encargos trabalhistas - vale lembrar que a maior parte dos vencimentos de vários jogadores importantes vem justamente dos direitos de imagem. O montante vinculado à carteira está em dia, diferente do que acontece com funcionários de outros setores.
Integrantes da comissão técnica e demais funcionários possuem um mês a receber. A dívida aumentou no fim do ano. O Timão até agora não depositou as férias e o 13º salário.

Algumas premiações de partidas importantes e campeonatos conquistados, como o Paulistão e a Recopa Sul-Americana, ambos em 2013, também não foram quitados. Com os cofres vazios, o clube não tem prazo para efetuar o pagamento.
– Não está em dia, mas nós conversamos. Precisamos ter um pouco de paciência. Esperamos que as coisas possam voltar ao normal. Mas isso fica em segundo plano. Se pensarmos nisso, vamos acabar não jogando, e a Libertadores fica para trás. Em alguns momentos, temos de deixar o lado financeiro de lado – afirmou o meia Renato Augusto.

No fim do ano, o Corinthians chegou a emprestar R$ 2 milhões do empresário Carlos Leite para pagar a segunda parcela do 13º salário de jogadores e comissão técnica.

O volante Ralf, um dos jogadores mais importantes do elenco, tem a receber R$ 1,9 milhão referente a luvas. O valor supera os R$ 3 milhões se levados em conta o atraso no pagamento de comissões dos empresários do marcador.

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