domingo, 14 de junho de 2015

Gadelha vibra com luta contra Aguilar: "Agora vamos ver quem é a melhor"

Brasileira diz que ainda se ressente da derrota para Joanna Jedrzejczyk e revela estar totalmente recuperada da lesão nas costas que a tirou do UFC Polônia, em 11 de abril

Por Direto de Las Vegas, EUA
Cláudia Gadelha UFC (Foto: Ivan Raupp)Cláudia Gadelha vibra com sua primeira luta pelo UFC no Brasil, em 1 de agosto (Foto: Ivan Raupp)
Com sua primeira luta pelo UFC no Brasil marcada para dia 1 de agosto, no Rio de Janeiro, contra a estreante Jessica Aguilar no UFC Rio 7, a peso-palha Cláudia Gadelha garante que se recuperou da lesão nas costas que a retirou do duelo contra a irlandesa Aisling Daly no UFC Polônia. Na opinião da brasileira, sua adversária é dura e decidirá, contra ela, quem será a próxima desafiante ao cinturão da categoria, hoje em poder da polonesaJoanna Jedrzejczyk

- Agora estou recuperada. Já voltei a treinar há cinco semanas para a luta. Ela é uma atleta que está no meio da luta há muito tempo. Tem 33 anos, mas luta há mais de 15. É considerada por todos a melhor peso-palha do mundo, mas estava lutando no WSOF. Já lutei com ela no jiu-jítsu, com e sem kimono, e ganhei dela duas vezes. É uma luta bem dura. Me deram essa luta para decidir que enfrenta a Joanna. Agora é bater o pé para decidir quem é a melhor peso-palha do mundo.

Lutar pelo UFC no Brasil, para Gadelha, é uma novidade. A lutadora espera tirar da vibração da torcida uma força extra, que será muito bem-vinda diante de Aguilar.

- Estou muito feliz de lutar no Rio. Não esperava. Nunca lutei pelo UFC no Brasil. Achava que ia lutar nos EUA, mas apareceu a oportunidade de lutar aqui e eu aceitei amarradona. Conversei com o Barão e ele falou que é outra energia, outro feeling. Disse que quando entrou lá a galera gritou "O Campeão Voltou" e isso deu mais força na hora da luta. Então acho que vai ser ótimo ouvir a torcida gritando meu nome. A Nova União pode terminar o ano com três cinturões, com certeza.

A derrota para Joanna Jedrzejczyk, tida por Gadelha como injusta, ainda não foi digerida por ela. A potiguar classifica o ocorrido como uma "questão administrativa", e se diz chateada por ainda não ter tido uma nova chance de fazer a revanche contra a polonesa.
claudia gadelha ufc instagram (Foto: Reprodução)Cláudia Gadelha se espanta com o anúncio de sua derrota para Joanna Jedrzejczyk no UFC Cigano x Miocic (Foto: Reprodução)
- Aquela derrota ainda está engasgada, mas eu aprendi que a gente tem que deixar as coisas passarem. Aconteceu, a luta foi do jeito que foi. Para mim, continuo invicta. Para mim, eu nunca perdi. O que aconteceu foi uma questão administrativa. Ainda sou a Cláudia Gadelha, invicta, que foi para o UFC levar o cinturão para o Brasil. Fiquei muito chateada com a luta da Joanna contra a Jessica Penne, porque eu acho que a oportunidade era minha. Estava conversando com o Sean Shelby (matchmaker do UFC) e ele falou que me colocaria para lutar, só que eu não teria tempo de me recuperar para a luta, já que estava machucada. Mas eles falaram que sabem que a oportunidade era minha. Acho que a Joanna vence a Jessica. Ela é muito dura em pé, tem o melhor "striking" no UFC feminino. Acho que pouquíssimas peso-palhas conseguem colocá-la para baixo. Ela defende queda muito bem, tem a mão pesada, é maior que a maioria das meninas da categoria. O jogo com ela é derrubar e manter a luta no chão, apesar de eu ter trocado porrada com ela nos três rounds.

Perguntada sobre o "UFC Summit", um encontro com diversas palestras que o UFC fez com alguns de seus lutadores, Gadelha mostrou-se empolgada com a parte de instrução financeira para os atletas, mas foi crítica sobre os reais benefícios das novas formas de treinamento para os brasileiros.

- O Summit foi muito legal. Foi um curso para a gente aprender a ser mais atleta, a cuidar mais do nosso business. Teve a parte de finanças, para aprender a pagar os impostos. Tem muito atleta que nem paga imposto, que acredita que o UFC está pagando nosso imposto por segurar 30%. Eles falaram também sobre novas formas de treinamento dentro do UFC. Eu acho que fica muito difícil para o atleta brasileiro buscar esses métodos, porque não temos a mesma tecnologia aqui. Para os americanos vai ser vantajoso, enquanto para nós, nem tanto. Mas foi muito proveitoso. Gostei muito de ouvir o Rashad, o Forrest Griffin e outros atletas que conversaram com a gente. Aprendi muito pela experiência dos caras. Espero que tenha outras vezes. A parte de finanças foi bem legal. Realmente precisava dessa aula. A parte de tecnologia de treinamento não foi muito legal porque eu acho que vai ser difícil treinar dessa maneira no Brasil. Gostei de escutar os atletas, ouvir um pouco esses caras que já estão aí há muito tempo.

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