sábado, 8 de agosto de 2015

De Roger a Gerson: vendas de jovens de Xerém geraram cerca de R$ 235 mi

Tricolor movimentou apenas em 2015 R$ 91 milhões com saídas de Gerson e Kenedy

Por Rio de Janeiro
Na última quarta-feira, o Fluminense confirmou a venda de mais um dos talentos lapidados nas divisões de base do clube, o meia Gerson, de 18 anos. O valor bruto da transação é de cerca de R$ 60 milhões, o que representa a maior transação já feita pelo Fluminense, que detém 70% dos direitos e deve embolsar por volta de R$ 42 milhões. A negociação trouxe novamente os holofotes para a badalada base tricolor, que, nos últimos 15 anos, movimentou aproximadamente R$ 235 milhões em vendas. (Veja no fim da matéria tabela com todas as negociações)
Mosaico Fluminense Prata da Casa (Foto: infoesporte)Nem, Marcelo, Alan, Digão, Antônio Carlos, Lenny e Fabinho: promessas negociadas (Foto: infoesporte)
O terreno para o Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras, localizado em Xerém, distrito de Duque de Caxias-RJ, foi passado ao Fluminense em 1981. Nos anos 1990, o local já era usado pela base, mas longe das condições ideais. Em 1999 foi quando começou a funcionar efetivamente. Um ano depois, veio a primeira grande transação de um prata da casa: o meia Roger foi negociado ao Benfica por R$ 10,4 milhões.
Houve, na década passada, algumas outras transações de destaque, mas que estiveram longe de render ao Tricolor o montante adquirido na venda de Gerson. Carlos Alberto foi para o Porto, Marcelo para o Real Madrid e os gêmeos Rafael e Fábio para o Manchester United.
Foi a partir de 2010, com as saídas dos atacantes Wellington Silva, Alan e Maicon que o Flu impulsionou suas vendas, ainda que os valores estivessem longe de chamar a atenção. Porém, aumentou bastante o número de negociações. O lateral-direito Wallace, em 2012, custou R$ 15 milhões ao Chelsea.

Não é possível dizer, contudo, quanto o Flu lucrou desses R$ 230 milhões. Nem todas as negociações, especialmente as mais antigas, especificam qual o valor da porcentagem a que o Tricolor tinha direito. Só é possível consultar os balancetes de 2006 em diante. Em alguns casos, como na venda de Alan ao RB Salzburg, o time carioca ficou com somente 25% do montante. É possível também ter ocorrido transferências menores de 2000 para cá que não foram contabilizadas, assim como empréstimos. 
gerson, fluminense (Foto: nelson perez/fluminense)Gerson foi a maior negociação da história do Fluminense: cerca de R$ 60 milhões (Foto: Nelson Perez/Fluminense)

Há casos, como a ida de Thiago Silva para o Milan, no fim de 2008, em que o Flu recebeu a irrisória quantia de R$ 203 mil. Na época, o contrato do jogador com o Tricolor se encerrou no fim daquela temporada, quando houve a negociação.

Com tantos jogadores revelados, o Fluminense constantemente recebe dinheiro de transações como clube formador. Em 2007, por exemplo, embolsou R$ 622 mil na venda de Carlos Alberto do Corinthians para o Werder Bremem e de Roger do Corinthians para o Flamengo. Esses números não aparecem na tabela abaixo. 

Também é muito recorrente a prática de vender parte de direitos econômicos dos atletas. No balanço de 2009, há o registro de recebimento de R$ 5,73 milhões por 50% de Maicon, Dalton e Raphael Augusto; 30% de Sandro e Fernando Bob; 25% de João Paulo, Brayan e Matheus Carvalho; e 20% de Tartá.
Tabela Xerém Fluminense (Foto: GloboEsporte.com)

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