quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Weidman sobre superluta contra Jon Jones: "Ele quer uma luta dura assim?"

Campeão peso-médio do UFC fala sobre escolha dos parceiros certos para treinar, dos perigos dos camps e prevê 1,4 milhão de vendas de pay-per-view para o UFC 194

Por Nova York, EUA
Chris Weidman (Foto: Evelyn Rodrigues)Chris Weidman fala sobre seleção de parceiros de treinos para o UFC 194 (Foto: Evelyn Rodrigues)
A autoconfiança de Chris Weidman parece definitivamente ter subido às alturas. Preparando-se para defender o cinturão peso-médio do UFC contra o compatriota Luke Rockhold no co-evento principal do UFC 194, dia 12 de dezembro, o campeão da categoria foi direto ao dar a sua opinião sobre uma eventual superluta contra Jon Jones quando o ex-campeão do peso-meio-pesado da organização estiver pronto para voltar ao octógono, especificamente dia 23 de abril de 2016, na data reservada pelo UFC para um eventual torneio em Nova York.

- Será que Jon Jones quer uma luta tão dura assim logo no seu retorno? Essa é a questão... - respondeu Weidman durante sua participação no programa "The MMA Hour".

Falando sobre o UFC 194, Chris Weidman acredita que, se o card se mantiver intacto, livre de desistências por lesão dos principais atletas, as chances de atingir uma marca histórica de vendas de pay-per-view são muito grandes. O campeão chegou a arriscar um número.

- Só quer que não haja mudanças no card do UFC 194. Se isso acontecer, acredito que a venda chegue a 1,4 milhão de pacotes de pay-per-view. Em primeiro lugar, a luta entre José Aldo e Conor McGregor vem sendo promovida há um ano. O UFC colocou mais dinheiro nela do que em qualquer outro evento na história, e a luta ainda nem aconteceu. Em segundo lugar, minha luta contra Luke Rockhold, para quem entende e acompanha o MMA, definitivamente é uma luta para se ver com muita atenção. O card é muito bom e todos vão querer ver o que vai acontecer.

Weidman também falou sobre a decisão de diminuir em duas semanas o seu camp de preparação, e de ter limitado o número de parceiros de treinos, para evitar correr o risco de se lesionar por conta da "empolgação" de alguns lutadores que querem "tirar uma casquinha" de um campeão do UFC.

- Meu camp durou apenas seis semanas nas minhas duas últimas lutas. Eu encurtei minha preparação em duas semanas para evitar o risco de me lesionar. Quando começo um camp, eu levo tudo muito a sério. Eu só faço treinar e trabalhar muito duro durante todo o tempo, e isso custa muito à minha família. Pesando bem as coisas, acho que seis semanas é o suficiente, porque em outros camps eu acabei chegando ao ápice em seis semanas e estava pronto para lutar muito antes do tempo. Nas duas últimas lutas, com seis semanas de preparação, me senti muito melhor e atingi o ápice no momento certo. Além disso, passei a escolher melhor meus parceiros de treinos. Ter de deixar uma luta é muito duro, e você tem que diminuir ao máximo as chances de isso acontecer. O fato é que todo mundo quer treinar e estar perto do campeão, e alguns querem "tirar uma onda" com você para depois terem do que se gabar em casa e com os amigos. Passei a selecionar parceiros de treinos que não me exponham a lesões por terem egos inflados. Não posso treinar com qualquer um que aparece. Hoje treino com grandes parceiros e sei que me preparo com segurança e qualidade. Isso é o que importa.
UFC 194
12 de dezembro, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
Peso-pena: José Aldo x Conor McGregor
Peso-médio: Chris Weidman x Luke Rockhold
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Yoel Romero
Peso-meio-médio: Demian Maia x Gunnar Nelson
Peso-galo: Urijah Faber x Frankie Saenz
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Colby Covington
Peso-meio-médio: Court McGee x Márcio Lyoto
Peso-leve: Léo Santos x Kevin Lee
Peso-leve: John Makdessi x Yancy Medeiros
Peso-leve: Joe Proctor x Magomed Mustafaev
Peso-palha: Tecia Torres x Michelle Waterson
Peso-pena: Max Holloway x Jeremy Stephens

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