Tudo menos luta: Diaz fala de amizade com Van Damme e vida fora do cage
Pupilo de César Gracie conta como foi experiência de virar celebridade instantânea após vencer Conor McGregor e revela qual foi o pior emprego que já teve
Nate Diaz: "Trabalhei 12 horas por dia por um mês e meio em um armazém de garrafas e foi a pior coisa que eu já tive que fazer na vida" (Foto: Evelyn Rodrigues)
Desde que venceu Conor McGregorna luta principal do UFC 196, em março passado, Nate Diaz ganhou fama instantânea fora do mundo do MMA. Celebridades, atletas de outros esportes e até pessoas comuns, todo mundo queria saber quem era o cara que conseguiu finalizar o falastrão irlandês, mesmo tendo aceitado a luta com duas semanas de antecedência.
Atualmente, nas redes sociais, Nate tem mais de meio milhão de seguidores. A badalação em torno do americano cresceu tanto que, durante a semana do UFC 200, em julho, ele mal conseguia andar pelos corredores dos cassinos de Las Vegas, tamanha era a quantidade de fãs solicitando fotos e autógrafos.
Avesso a entrevistas, o lutador passou a ter a presença solicitada em programas de TV, revistas, talk-shows e acabou responsável por boa parte da promoção da revanche entre ele e McGregor, marcada para este sábado, 20 de agosto, na T-Mobile Arena, em Las Vegas.
Na semana do UFC 202, o Combate.com propôs ao pupilo de César Gracie um tipo de entrevista diferente: falar sobre diversos assuntos, menos luta. De cara, ele pediu para não falar sobre questões muito pessoais, mas acabou falando sobre pessoas que admira, o pior emprego que já teve e até do orgulho de hoje ser reconhecido por alguns de seus ídolos de infância, como o ator Jean-Claude Van Damme, astro de filmes como O Grande Dragão Branco, Kickboxer e Risco Máximo.
Confira a entrevista na íntegra:
Se você não fosse lutador, o que você seria?
Não sei o que faria se não fosse lutador… Provavelmente estaria ensinando algum tipo de arte marcial.
Você já trabalhou com alguma coisa que não fosse luta?
Quando eu tinha 15, 16 anos, um dos meus amigos me conseguiu um emprego, trabalhei 12 horas por dia por um mês e meio em um armazém de garrafas e foi a pior coisa que eu já tive que fazer na vida. Eu tinha que treinar oito horas por dia, saía direto para treinar jiu-jítsu, dormia três horas por dia e voltava pro trabalho. Era algo muito maluco, mas eu fiz aquilo por um tempo. Também já trabalhei em um restaurante de hambúrguer, perto da academia em que meu irmão treinava, quando eu tinha 16 anos. Fiz isso e aí comecei no meio da luta. Comecei treinando quando tinha 15, e passei a lutar quando tinha 18. Acho que comecei a competir quando tinha uns 17 anos, então essa tem sido a minha vida desde o começo.
Não sei o que faria se não fosse lutador… Provavelmente estaria ensinando algum tipo de arte marcial.
Você já trabalhou com alguma coisa que não fosse luta?
Quando eu tinha 15, 16 anos, um dos meus amigos me conseguiu um emprego, trabalhei 12 horas por dia por um mês e meio em um armazém de garrafas e foi a pior coisa que eu já tive que fazer na vida. Eu tinha que treinar oito horas por dia, saía direto para treinar jiu-jítsu, dormia três horas por dia e voltava pro trabalho. Era algo muito maluco, mas eu fiz aquilo por um tempo. Também já trabalhei em um restaurante de hambúrguer, perto da academia em que meu irmão treinava, quando eu tinha 16 anos. Fiz isso e aí comecei no meio da luta. Comecei treinando quando tinha 15, e passei a lutar quando tinha 18. Acho que comecei a competir quando tinha uns 17 anos, então essa tem sido a minha vida desde o começo.
Nate Diaz enfrenta Conor McGregor na luta principal do UFC 202 (Foto: Getty Images)Você poderia nos dizer algo que ninguém sabe sobre você?
Algo que ninguém sabe? Não sei…tenho uma irmã mais nova e muita gente não sabe disso. Ela tem 28 anos, provavelmente estou errado e ela tem 29. Eu e meu irmão temos uma irmã, mas não, ela não luta. Eu também faço triatlo (modalidade esportiva que combina natação, ciclismo e corrida). Acabei de fazer algumas provas nos últimos dois meses. Fiz uma em Laguna Beach, o X-Terra, e uma em Taho City, Lake Taho. É bom porque tem algumas referências, bons nadadores, bons ciclistas, e eu também corro. Faço isso desde os 18 anos. Já fiz umas seis a 15 corridas por ano, desde que eu tinha 18 anos. Isso é uma coisa que as pessoas talvez não saibam, mas tenho praticado triatlo há muito tempo. Tudo começou ao mesmo tempo na minha vida, as pessoas falam que sou um cara do jiu-jítsu, mas assim como não comecei no jiu-jítsu do nada, também não comecei no boxe do nada. Tenho feito boxe, jiu-jítsu, wrestling, corrida, natação, ciclismo quase a minha vida toda. Meu avô era técnico de atletismo, então eu já estava correndo quando tinha quatro, cinco anos de idade, e já fazia parte de times. Competição é uma coisa que sempre fez parte da minha vida, foi onde tudo começou, e não tem como ficar fora de esporte. Quer dizer, mesmo que eu quisesse, acabaria caindo em algum esporte. Hoje em dia, se eu não estivesse lutando eu morreria. Pode ate parecer um pouco dramático, mas é que…O que você faria se não pudesse mais trabalhar? Teria que arranjar algum tipo de atividade e a minha é competir.
Você tem algum herói?
Quando eu estava começando...alguém que eu sempre me inspirei e que eu queria ser igual quando era criança, era que eu queria aprender o jiu-jítsu da família Gracie. Me inspirava no Rickson e no Renzo Gracie. Eles eram pessoas que eu idealizava.
Se você fosse um super-herói, qual você seria?
O Super Nate Diaz (risos). Meu superpoder seria ser inquebrável.
Nate Diaz e Van Damme - ator e lutador hoje são amigos (Foto: Reprodução/ Instagram)
Quando você venceu o Conor McGregor na primeira luta entre vocês, muitas celebridades passaram a falar sobre você, principalmente nas redes sociais. Tem alguma história curiosa ou alguma mensagem que você tenha recebido que teve algum significado especial ?
Sabe, o Jean-Claude Van Damme me enviou uma mensagem. Ele já tinha tentado entrar em contato antes, meu irmão e eu já tínhamos nos encontrado e treinado com ele por algumas semanas, e ainda mantemos contato. Então, agora é algo muito legal pensar que eu cresci assistindo os filmes do Van Damme, como o Kickboxer, Leão Branco e hoje… O George Lopez é outro que acabou de nos contactar também, fomos para o show dele em Seattle e acabamos os encontrando, foi bem legal. Além disso, vários rappers que eu cresci ouvindo e algumas bandas passaram a me mandar mensagem, mas de uma forma geral foi algo bem legal para mim. Alguns desses caras já tinham falado comigo antes mesmo da luta, mas depois que venci eles me mandaram mensagens me parabenizando. É um sentimento muito legal ver pessoas que eu assisti e segui a minha vida toda agora me reconhecem, pessoas que eu cresci ouvindo e admirando.
Do dia pra noite o mundo todo passou a falar de você. Isso te assustou?
Depois da luta? Não…eu sei que esse é o maior esporte do mundo. Muita gente se nega a ver isso, mas havia muita atenção e eles trouxeram o McGregor e ele levou o esporte para outro nível porque expandiu sua base de fãs e aí tudo ficou gigante ao redor dele. Esse é o melhor esporte para se ver, e se você está entretendo aqueles que fazem parte da indústria do entretenimento...eu imaginei que recebendo uma grande luta, como em todas as grandes lutas que eu tive, a minha base de fãs também iria crescer. Mas depois daquela última luta, tudo ficou muito maluco. Não me assustou, foi algo muito mais legal. As pessoas estão me reconhecendo hoje em dia e isso é muito bom.
O que te faz sorrir?
Não sei…tudo. Estou sempre rindo. Próxima pergunta.
Tem algo na sua carreira ou na sua vida pessoal do qual você se arrepende?
Me arrependo de não ter começado a falar antes (no UFC).
Sabe, o Jean-Claude Van Damme me enviou uma mensagem. Ele já tinha tentado entrar em contato antes, meu irmão e eu já tínhamos nos encontrado e treinado com ele por algumas semanas, e ainda mantemos contato. Então, agora é algo muito legal pensar que eu cresci assistindo os filmes do Van Damme, como o Kickboxer, Leão Branco e hoje… O George Lopez é outro que acabou de nos contactar também, fomos para o show dele em Seattle e acabamos os encontrando, foi bem legal. Além disso, vários rappers que eu cresci ouvindo e algumas bandas passaram a me mandar mensagem, mas de uma forma geral foi algo bem legal para mim. Alguns desses caras já tinham falado comigo antes mesmo da luta, mas depois que venci eles me mandaram mensagens me parabenizando. É um sentimento muito legal ver pessoas que eu assisti e segui a minha vida toda agora me reconhecem, pessoas que eu cresci ouvindo e admirando.
Do dia pra noite o mundo todo passou a falar de você. Isso te assustou?
Depois da luta? Não…eu sei que esse é o maior esporte do mundo. Muita gente se nega a ver isso, mas havia muita atenção e eles trouxeram o McGregor e ele levou o esporte para outro nível porque expandiu sua base de fãs e aí tudo ficou gigante ao redor dele. Esse é o melhor esporte para se ver, e se você está entretendo aqueles que fazem parte da indústria do entretenimento...eu imaginei que recebendo uma grande luta, como em todas as grandes lutas que eu tive, a minha base de fãs também iria crescer. Mas depois daquela última luta, tudo ficou muito maluco. Não me assustou, foi algo muito mais legal. As pessoas estão me reconhecendo hoje em dia e isso é muito bom.
O que te faz sorrir?
Não sei…tudo. Estou sempre rindo. Próxima pergunta.
Tem algo na sua carreira ou na sua vida pessoal do qual você se arrepende?
Me arrependo de não ter começado a falar antes (no UFC).
Nate Diaz e Justin Bieber - lutador passou a ser assediado por celebridades após vitória sobre McGregor (Foto: Reprodução/Instagram)
Tem algum sonho?
Não, apenas levar esse momento adiante e melhorar a vida da minha família. Melhorar mais e mais até que isso tudo acabe.
O que te faz lutar?
Eu luto porque eu fui colocado nisso e agora não consigo parar. É a melhor resposta que eu posso te dar (risos).
Não, apenas levar esse momento adiante e melhorar a vida da minha família. Melhorar mais e mais até que isso tudo acabe.
O que te faz lutar?
Eu luto porque eu fui colocado nisso e agora não consigo parar. É a melhor resposta que eu posso te dar (risos).
O Combate transmite o UFC 202 no sábado, dia 20 de agosto, a partir das 19h15 (horário de Brasília), com Tempo Real e transmissão das duas primeiras lutas pelo Combate.com. Na sexta-feira, 19 de agosto, canal e site transmitem a pesagem do evento a partir das 19h50.
UFC 202
20 de agosto, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (A partir de 23h horário de Brasília)
Peso-meio-médio: Conor McGregor x Nate Diaz
Peso-meio-pesado: Anthony Johnson x Glover Teixeira
Peso-meio-médio: Rick Story x Donald Cerrone
Peso-meio-médio: Hyun Gyu Lim x Mike Perry
Peso-meio-médio: Tim Means x Sabah Homasi
CARD PRELIMINAR (A partir de 19h30 horário de Brasília)
Peso-galo: Cody Garbrandt x Takeya Mizugaki
Peso-galo: Raquel Pennington x Elizabeth Phillips
Peso-pena: Artem Lobov x Chris Avila
Peso-palha: Cortney Casey x Randa Markos
Peso-meio-médio: Neil Magny x Lorenz Larkin
Peso-meio-médio: Colby Covington x Max Griffin
Peso-médio: Alberto Uda x Marvin Vettori
20 de agosto, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (A partir de 23h horário de Brasília)
Peso-meio-médio: Conor McGregor x Nate Diaz
Peso-meio-pesado: Anthony Johnson x Glover Teixeira
Peso-meio-médio: Rick Story x Donald Cerrone
Peso-meio-médio: Hyun Gyu Lim x Mike Perry
Peso-meio-médio: Tim Means x Sabah Homasi
CARD PRELIMINAR (A partir de 19h30 horário de Brasília)
Peso-galo: Cody Garbrandt x Takeya Mizugaki
Peso-galo: Raquel Pennington x Elizabeth Phillips
Peso-pena: Artem Lobov x Chris Avila
Peso-palha: Cortney Casey x Randa Markos
Peso-meio-médio: Neil Magny x Lorenz Larkin
Peso-meio-médio: Colby Covington x Max Griffin
Peso-médio: Alberto Uda x Marvin Vettori
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