sábado, 6 de novembro de 2010

Das largadas às pancadas: seleção 'troca o chip' para enfrentar Cuba

Jogadoras contam como fazem para mudar estilo de jogo em tão pouco tempo

Por Mariana Kneipp Direto de Nagoya, Japão
Agenda de sábado, em Nagoya: vitória sobre a Tailândia, um time baixo, mas veloz no ataque. Tática: defesa eficiente e largadas sobre as líberos. Programação de domingo, às 4h30m (de Brasília), jogo contra Cuba, uma equipe alta e forte, que gosta de catimba. Duelos com escolas tão diferentes em apenas 24 horas são comuns no Mundial de Vôlei feminino. Para se mudar tão rapidamente de um estilo a outro, o jeito é "trocar o chip".
Fabiana comemoração vôlei Brasil Brasileiras comemoram no jogo contra a Tailândia. Agora o estilo de jogo tem que mudar (Foto: EFE)
- Cuba é um time completamente diferente. Com certeza, o estilo de jogo muda muito. Se aqui era na base da velocidade, lá é na pancada. As tailandesas são mais baixinhas, já as cubanas, mais altas e fortes. Mas quem disputa o Mundial há tanto tempo já está acostumado com isso. É assim mesmo. Saímos de quadra e trocamos o chip para o próximo jogo - conta Fabi.

A seleção tem feito o dever de casa. Desde quando estava treinando em Saquarema, o time assiste a vídeos dos adversários no Mundial e aprende como jogar contra cada um.
Sheilla Brasil vôleiLargadinha de Sheilla (Foto: FIVB)
- É por isso que o Campeonato Mundial é tão difícil. Treinamos sempre conscientes de que teremos essa alternância de perfis das seleções. As asiáticas jogam de um jeito, as europeias de outro. E por aí vai. O importante é que estejamos preparados para isso, sem perder o ritmo – disse o técnico José Roberto Guimarães.

Melhor defensora no jogo contra a Tailândia, Jaqueline concorda que é preciso saber lidar com qualquer escola de vôlei. Mas a ponteira admite que prefere enfrentar um time que seja mais parecido com o Brasil, como Cuba.

- Já estamos adaptadas a essa mudança de um dia para o outro. Acho até melhor quando mandam bolas altas, porque é mais igual ao nosso estilo. De qualquer forma, do jeito que vier, estamos preparadas para fazer o nosso trabalho bem feito.

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