segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uruguai vence o Brasil nos pênaltis e conquista sua primeira Copa Latina

Goleiro uruguaio Diego teve atuação espetacular durante toda a partida, e foi premiado com a defesa que garantiu o título, em pênalti de Benjamin

Por GLOBOESPORTE.COM Rio Quente, GO
No jogo em que completava 300 atuações pela seleção brasileira de futebol de areia, o astro Benjamin sofreu um castigo inesperado: após fazer dois gols no tempo normal, em que houve empate por 3 a 3, o astro perdeu o pênalti que deu ao Uruguai o título da Copa Latina. O outro gol brasileiro foi de André. Gonzalo, Nico e Fabián descontaram para o Uruguai. Nos pênaltis, Fabián converteu a cobrança uruguaia e o goleiro Diego defendeu a cobrança do maior craque brasileiro.
México termina em terceiro
Na disputa pelo terceiro lugar da Copa Latina, o México levou a melhor sobre a Argentina e venceu por 7 a 6. Plata (três), Barbosa (dois), Rodrigues e Maturin fizeram para os mexicanos, enquanto Franceschini (dois), Leguizamon, Vivas e Joel (dois) marcaram para os argentinos.
Futebol de areia Uruguai campeãoJogadores uruguaios festejam o título da Copa Latina de Futebol de Areia em Rio Quente (Foto: Divulgação)
O jogo
O jogo começou com pressão do Brasil, e o primeiro gol não demorou a sair. Após chute cruzado de André, Fabián desviou para o fundo da rede uruguaia, mas a arbitragem anotou o gol para o atacante brasileiro. O gol logo no começo da partida deu moral aos brasileiros, que se mantiveram no ataque, buscando aumentar o placar. Já os uruguaios, nervosos, erravam passes e chutavam longe da meta do goleiro Mão, que teve muito trabalho, tendo que defender uma falta cobrada por Matías e três chutes de Marcelo, o melhor jogador uruguaio.
Jogando com a camisa 300, em alusão ao seu número de jogos pela seleção brasileira, Benjamin armava as jogadas de ataque e colocava os companheiros, principalmente André e Daniel, em condição de finalizar. No fim do primeiro tempo, os uruguaios mostravam ter se recuperado do gol sofrido, e dominavam a partida. O goleiro celeste Diego praticamente não trabalhou, ao contrário de Mão, que era o melhor do Brasil.
No fim do primeiro período, Dunga perdeu uma chance clara de gol cara a cara com Diego, que fez uma bela defesa, nos pés do brasileiro. No contra-ataque uruguaio, os celestes tiveram boa chance com Marcelo, mas o atacante chutou por cima da meta de Mão. Antes do fim do período, Pampero bateu uma falta do meio do campo, mas a bola subiu demais, sem problemas para o Brasil.
Uruguai vira o placar no segundo tempo
O segundo tempo começou com o uruguaio Fabián perdendo, de cabeça, a poucos metros da meta brasileira, um gol incrível, mandando a bola por cima do travessão. O mesmo Fabián cometeu uma falta violenta sobre Dunga, recebendo cartão amarelo. O próprio Dunga bateu, e o goleiro Gustavo, que substituiu Diego, defendeu. O jogo neste momento ficou mais disputado, com ambas as equipes lutando pela posse de bola. A marcação uruguaia teve função determinante no gol de empate. A quatro minutos do fim do segundo tempo, Gonzalo fez o gol após roubar a bola de Bruno Xavier e ficar cara a cara com Mão.
Melhor no jogo, o Uruguai dominava o período. Após uma bola na trave de Pampero, Nico virou o placar só escorando um cruzamento vindo da direita, fazendo Uruguai 2 a 1. Em desvantagem no placar, a torcida pedia a presença do defensor Buru, que estava contundido e só jogaria em caso de extrema necessidade. Pouco depois dos apelos dos torcedores, Benjamin teve três boas chances de marcar o segundo gol brasileiro. O goleiro Gustavo defendeu bem as duas primeiras. Na terceira, de longe, após boa troca de passes entre Souza e Sidney, o craque empatou a partida com um golaço: 2 a 2 .
Com a igualdade no placar, Buru foi avisado pelo técnico Alexandre Soares que que não iria para o jogo, para não agravar a sua contratura muscular. O terceiro período começava com o jogo equilibrado e sem que fosse possível fazer qualquer previsão de resultado. Logo na saída de bola, Daniel chutou a bola no travessão do Uruguai, que voltava com o goleiro Diego.
A virada brasileira veio novamente com Benjamin, de apenas 1,66m de altura, que completou de cabeça o escanteio perfeitamente cobrado por Sidney. Brasil 3 a 2 e festa na arquibancada. Mesmo à frente no placar, o Brasil não conseguia estabelecer o domínio na partida. Nem mesmo um pênalti marcado sobre Betinho fez o Brasil abrir uma vantagem maior na partida, já que o mesmo Betinho cobrou no travessão.
Contrariando o que havia dito no fim do segundo período, o técnico Alexandre Soares mandou Buru a campo. O defensor, no entanto, não impediu que Fabián, com a mão, fizesse o gol de empate do Uruguai. Erro da arbitragem, e 3 a 3 no placar. Na saída de bola, Sidney chutou forte e Diego fez grande defesa. Na cobrança, Daniel cabeceou a bola no travessão. O Brasil pressionava os uruguaios em busca da vitória e do título, mas o tempo normal terminou empatado.
Prorrogação e pênaltis decidem o título
No início do tempo suplementar, Buru acertou um chute fortíssimo no ângulo direito, mas o goleiro Diego fez uma defesa incrível. No contra-ataque, Fabrício chutou forte e Mão defendeu bem. A disputa seguia nervosa, com lances duros para ambas as equipes. Em cobrança de falta de Benjamin, Diego fez nova grande defesa. Sem gols na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis.
Nas cobranças de pênaltis, Fabián marcou para o Uruguai e Benjamin perdeu a sua cobrança, defendida pelo excelente goleiro Diego.
- Gostaria de agradecer o apoio da torcida e a homenagem pelos meus 300 jogos pelo Brasil. O que aconteceu não mancha em nada a festa que foi feita aqui. Parabéns ao Uruguai pelo título. O esporte é assim, todos nós sabemos - disse Benjamin após a partida.

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