domingo, 7 de agosto de 2011

Ferrolho de Roth funciona, e Grêmio segura o Palmeiras no Canindé
Pela primeira vez no Brasileiro, Verdão não consegue vencer no estádio da Portuguesa. Já Tricolor inicia uma nova era Celso Roth empatando
 
A CRÔNICA
por Adilson Barros e Renato Cury
O ferrolho de Celso Roth funcionou no Canindé. O Palmeiras foi superior, martelou, buscou, criou, mas não conseguiu furar o bloqueio do Grêmio neste sábado à noite, no Canindé, pela 15ª rodada do Brasileirão: 0 a 0. Foi o oitavo jogo do Verdão como mandante no estádio nesta temporada, o quinto pelo nacional. E, pela primeira vez, não conseguiu vencer no local. Ponto para Roth, que fez sua estreia na equipe gremista. Com o resultado, o Palmeiras vai a 27 pontos e dormirá na quinta posição. Já o Grêmio está em 15º, com 15, apenas dois acima da zona de rebaixamento.
O Palmeiras agora enfrenta o Vasco duas vezes em sequência, ambas em São Januário: primeiro pela Copa Sul-Americana, na quinta-feira, e depois pelo Brasileiro, no domingo. Já o Grêmio, que disputa apenas o campeonato nacional, pois participou da Taça Libertadores, recebe o Fluminense no domingo.
Jogo animado, mas sem gols
Muita transpiração, briga pela bola (e com a bola em vários lances), marcação dura dos dois lados e quase nenhuma inspiração. Palmeiras e Grêmio fizeram um primeiro tempo bastante disputado e corrido, mas praticamente sem jogadas perigosas. Faltou acerto nos passes, lances criativos. Os pensadores das duas equipes, Valdivia e Douglas, estiveram bem marcados. Chances de gol apenas em chutes esporádicos. Os donos da casa só ameaçaram pela primeira vez aos 28 minutos, num arremate de Maikon. Os visitantes assustaram apenas uma vez, numa falta cobrada por Rochemback já nos acréscimos. Marcos, que jogou com um uniforme especial em homenagem aos 15 anos de sua estreia como profissional do Palmeiras, espalmou.
As torcidas fizeram a sua parte. Foram 15.762 pagantes. A do Verdão lotou o Canindé. A do Grêmio, mesmo em número bem menor, também esteve animada. A empolgação passou para dentro de campo, os jogadores sentiram o clima, mas não conseguiram criar. Pelo lado palmeirense, Maikon Leite começou aberto no lado direito, dando trabalho para seu marcador, Bruno Collaço, que tinha dificuldades para parar o rápido atacante alviverde. Só que Felipão inverteu Maikon de lado. Na esquerda, o jogador correu muito, como sempre, mas não criou nada demais. Collaço, sem ter quem marcar, se lançou ao ataque e até conseguiu combinar algumas jogadas com Lúcio, mas que não deram em nada.
Kleber Palmeiras x Grêmio (Foto: Ag. Estado)Kleber parte com a bola na tentativa de superar a dupla marcação gremista (Foto: Ag. Estado)
Verdão cresce; Grêmio se segura
O Palmeiras cresceu no segundo tempo. Primeiro porque esteve mais adiantado, marcando no seu campo de ataque. Segundo porque Valdivia resolveu jogar. Mais solto, ele foi o organizador de lances que os palmeirenses estão acostumados a ver. Abriu o jogo, acertou passes e arriscou chutes. Sob a batuta do Mago, o Verdão cresceu. Como não funcionava, Maikon Leite foi substituído por Dinei, que passou a ser a referência palmeirense na área. Faltava, porém, balançar a rede. Patrik tentou de voleio; Valdivia buscou acertar o cantinho de Victor, que salvou; Dinei pegou a sobra após jogada de escanteio e foi travado na hora H.
O Grêmio, acuado, tentava um contra-ataque que não vinha. Douglas virou presa fácil da marcação do Palmeiras e sumiu. Com seu principal articulador anulado, o Tricolor passou a dar chutões. A maior preocupação era tirar a bola da defesa, sem nenhum pudor. O técnico gremista, Celso Roth, tentou consertar sacando Douglas e colocando Marquinhos.
O Palmeiras seguia melhor, mas levou um enorme susto, quando, finalmente, o Grêmio conseguiu acertar dois passes consecutivos. Leandro apareceu livre pela direita, mas abusou. Tentou encobrir Marcos, mas errou. Foi o último lance de perigo da equipe gaúcha, que voltou para trás, bloqueando o Verdão, esperando o apito final.

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