domingo, 12 de fevereiro de 2012

No primeiro confronto após saída, Rodrigo Caetano admite emoção

Diretor de futebol relembra com carinho os três anos vividos em São Januário, não espera vaias da torcida, mas ressalta que hoje é 110% Fluminense

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Quando chegou ao Vasco em 2009, Rodrigo Caetano estava ciente e preparado para o desafio de ajudar no resgate da tradição e da autoestima de um clube recém-rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. O que ele não imaginava era que três anos após sua apresentação deixaria São Januário com o status de ídolo da torcida. O passado recente, como não poderia deixar de ser, ainda mexe com o dirigente. Mas a realidade hoje é outra. Atual diretor de futebol do rival Fluminense, Rodrigo vai enfrentar pela primeira vez os ex-companheiros de trabalho na noite deste domingo, no Engenhão, às 19h30m (de Brasília).
Rodrigo Caetano no Fluminense (Foto: Divulgação / Site Oficial do Fluminense)Rodrigo Caetano hoje está dedicado ao  Fluminense (Foto: Divulgação / Site Oficial do Fluminense)
A rotina dos dias de jogo não será diferente. Antes de a bola rolar, Rodrigo Caetano tem como praxe presentear as diretorias rivais com um kit de produtos oficiais do clube. Ao encontrar Daniel Freitas, o novo diretor do Vasco, e o restante da diretoria pretende fazer o mesmo. Assim como sabe que dará um abraço fraterno no técnico Cristóvão Borges e no restante de sua comissão técnica. E , claro, nos jogadores.
- Não tenho qualquer motivo para não fazer isso. Deixei grandes amigos em São Januário - afirmou Rodrigo Caetano, reconhecendo que será um jogo extremamente diferente para ele.
Para um técnico e um jogador, enfrentar um ex-clube sempre gera uma sensação diferente. Comigo vai acontecer a mesma coisa"
Rodrigo Caetano
- É claro que será. Para um técnico e um jogador, enfrentar um ex-clube sempre gera uma sensação diferente. Comigo vai acontecer a mesma coisa. Volto a dizer que tenho grandes amigos lá, mas esta é minha profissão e hoje defendo as cores do Fluminense com a mesma paixão que fazia lá no Vasco - explicou.
As palavras de carinho e agradecimento ao falar do trabalho realizado no Vasco vão permanecer para sempre. Rodrigo Caetano chegou ao clube com certo status, mas o reconhecimento nacional veio após o pontapé inicial em 2009 e chegou ao auge após a conquista do inédito título da Copa do Brasil em 2011, levando o Vasco de volta à Libertadores.
- Foram três anos nos quais o clube passou por uma reestruturação da qual eu fiz parte. E a identificação veio não só por isso, mas também pelo meu estilo de trabalho. Sou um profissional que se compromete e se entrega de cabeça no dia a dia do clube. Fiz isso no Vasco e hoje faço no Fluminense. Estou 110% dedicado aqui. E vamos lutar muito por essa vitória. É um jogo importante para nós, que estamos firmes na briga por uma vaga na semifinal - afirmou.
Por parte dos jogadores, comissão e diretoria do Vasco, Rodrigo Caetano sabe que não vai encontrar nenhum tipo de hostilidade. Mas e a torcida? Em São Januário, era comum ver o diretor de futebol tirar fotos e autografar camisas tanto quanto ídolos como Felipe e Juninho Pernambucano. Em 2010, quando estava renovando seu contrato, viu um grupo de vascaínos organizar um abaixo-assinado pedindo a sua permanência. Ele espera que este carinho continue no Engenhão.
- Não tem por que não ser. Eles sabem que sou profissional e que sempre me dediquei. Pelo que vejo nas ruas, acredito que o carinho continue. Muitos vascaínos me param agradecendo por tudo que fizemos lá nestes três anos - finalizou.

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