Coritiba vence Toledo por 1 a 0 com gol salvador nos últimos minutos

Time da capital não consegue boa atuação e encara visitante bem montado, que quase surpreende no Couto Pereira

Por GLOBOESPORTE.COM Curitiba

Quem foi ao Estádio Couto Pereira demorou quase 90 minutos para comemorar um gol. O Coritiba suou e conseguiu uma vitória somente aos 43 da etapa final, quando todos já estavam conformados com o empate sem gols. Após cruzamento do meia Gil, o atacante Marcel cabeceou e garantiu a vitória alviverde sobre o Toledo.
Antes de balançar as redes, o que se viu foi uma partida sonolenta e sem grande emoções. Coritiba e Toledo realizaram um jogo concentrado no meio-campo e quase ficaram no zero a zero. O Alviverde sentiu a cobrança de precisar faturar o título do returno e, consequentemente, ter de evitar tropeços. Entrou em campo tímido e sem um poder de criação. O Porco teve méritos e jogou empolgado, mantendo uma atuação equilibrada até o final da partida.
Com a vitória, o Coxa fica na vice-liderança do returno, empatado com Operário-PR e Arapongas. O Toledo perde uma invencibilidade de cinco jogos no regional e continua zerado na segunda fase. Na classificação geral - válido para as vagas na Copa do Brasil e Série D - o Coxa fica em primeiro lugar, com 28 pontos. O Toledo continua na quinta posição, com os mesmos 17 pontos.
Os dois times disputam a segunda rodada do Paranaense no próximo domingo. O Coritiba vai até ao Ecoestádio e enfrenta o Corinthians-PR, às 15h50m (de Brasília). Dez minutos mais tarde, o Porco recebe o Paranavaí, no Estádio XIV de Dezembro.
Toledo joga solto e dificulta para o Coxa
Ao lado da torcida, o Coritiba poderia começar mais empolgado com a derrota do rival Atlético-PR, mas, pelo contrário, sentiu a pressão de precisar vencer o segundo turno a qualquer custo.

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O Toledo entrou com uma proposta tática equilibrada. Não se limitou ao recuo natural dos visitantes e foi para o ataque, com o intuito de defender as cinco partidas invictas. Bem postado na defesa, o Porco tocou bem a bola e a dupla de ataque tinha uma boa visão de jogo, conseguindo sair nas costas da zaga alviverde. Logo aos seis minutos, o atacante Diego Dedoné recebeu um bom lançamento e, de frente para Vanderlei, chutou cruzado, exigindo boa defesa.
O Coritiba demorou a dar sinais de entrosamento. Pela direita estava Everton Ribeiro, com boa movimentação. Na esquerda, Rafinha fez jus ao título de maestro do time. O problema estava no meio. Lincoln não conseguia dar continuidade para as jogadas e começou a ser vaiado pela torcida coxa-branca.
Os lances mais perigosos foram por iniciativas individuais, como chutes de longa distância de Tcheco, Everton Ribeiro e Lucas Mendes.

Tcheco domina: Coritiba só garantiu a vitória no final da partida contra o Toledo (Foto: Divulgação / Coritiba)

Sem emoção
O técnico Marcelo Oliveira não demonstrou contentamento com o primeiro tempo. No retorno do intervalo, projetou duas mudanças no Coxa. No meio, Renan Oliveira por Lincoln; no ataque, Marcel por Caio Vinicius.
Em campo, a etapa final começou sonolenta. Em dez minutos, nenhuma chance clara de gol. O destaque foi a boa defesa do Toledo, que conseguiu neutralizar a meia-cancha alviverde e provocou um abafa eficiente.
Quando o técnico Rogério Perrô pensava na primeira substituição, Oliveira já queimava a última cartada. Saiu o meia Everton Ribeiro para a entrada do volante Gil. No Toledo, mudança no ataque: Guilherme por Anderson.
A sensação que os 9.076 pagantes tiveram era de que, com 30 minutos de jogo, o segundo tempo nem tinha começado ainda, de tão monótono que estava. Com o final se aproximando, os jogadores alviverdes começaram a ficar impacientes e irritados. Em menos de dois minutos, Tcheco e Rafinha foram amarelados.
A torcida coxa-branca se dividia entre os que vaiaram, os que permaneceram em silêncio e a parte em que tentava esboçar um coro de ânimo.
O gol salvador saiu aos 43 minutos. Gil acreditou e cruzou pela direita. No meio da área estava o atacante Marcel, apagado em campo, mas que selou o gol da vitória. Três pontos garantidos no sufoco.