Ansioso por reestreia, Carlos Alberto conta com ajuda e paciência do Vasco

Meia lembra longo período de inatividade antes de jogo contra o Nova Iguaçu e destaca o carinho recebido em São Januário

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Carlos Alberto prepara volta ao Vasco
(Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)

Quando chegou a São Januário na manhã deste sábado para treinar, Carlos Alberto já trazia a mala que levaria para a concentração. Mas somente depois de chegar ao clube soube que a apresentação da equipe no hotel seria à noite. A ansiedade por voltar ao Vasco e entrar em campo contra o Nova Iguaçu é grande. Mas, ao mesmo tempo, o meia de 27 anos sabe que precisa ir com calma. Depois dos problemas e polêmicas que protagonizou, ele enxerga o momento como a oportunidade de recomeçar admitindo os erros e tendo a possibilidade de fazer novas escolhas para voltar a sorrir fazendo o que mais gosta.
- Não deixa de ser um recomeço. Na vida, para recomeçar é preciso ter uma força especial, um dom. Não é fácil, porque depois de tomar umas porradas é preciso olhar para trás e criar novas estratégias para seguir em frente. Estou sujeito a chuvas e trovoadas. Como todo mundo, não sou perfeito. Mas nunca fui de má índole ou de caráter duvidoso. Todos têm falhas, mas nunca premeditei coisas ruins. Por isso, tenho recebido carinho desde o momento em que voltei. Todo julgamento é válido, mas o que me deixa em paz é que as pessoas aqui sabem como meu coração reage a coisas boas e ruins.
Em entrevista coletiva concedida após o treino deste sábado, em São Januário, e acompanhada integralmente por Maria Helena Rodriguez, psicóloga do Vasco, Carlos Alberto não escondeu que guarda muitas expectativas para a partida contra o Nova Iguaçu. Confirmado por Cristóvão Borges no banco de reservas, o jogador garante que buscará deixar uma boa primeira impressão. No entanto, admite que ainda precisará de tempo para retomar o melhor futebol após quatro meses sem disputar uma partida.
- Não vou esperar que dê tudo certo, que eu faça as melhores jogadas. Os próximos jogos serão de sofrimento para mim, porque ainda busco o ritmo. Além disso, neste domingo há dificuldades pelo horário da partida e pelo gramado. Preciso usar a cabeça e manter o planejamento, fazendo tudo com calma. Mas ainda nem sei se vou entrar - disse Carlos Alberto, sorrindo.