domingo, 26 de maio de 2013

Mané Garrincha encanta técnicos, mas água fria em vestiário incomoda

Técnicos sofrem depois da partida no novo estádio de Brasília, que impressionou pela beleza. DF admite que arena não está pronta

Por Fabricio Marques e Thiago Dias Brasília
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Antes do empate de 0 a 0 entre Santos e Flamengo, neste domingo, a torcida sofreu com longas filas para entrar no Estádio Mané Garrincha. Depois do apito final, foi a vez de os jogadores e técnicos das equipes passarem sufoco no palco da abertura da Copa das Confederações, em Brasília: os vestiários da moderna arena estavam com água fria nos chuveiros, o que gerou reclamação de Muricy Ramalho e Jorginho nas coletivas após a partida da primeira rodada do Brasileirão.
O novo estádio da capital federal deixou boa impressão nos treinadores. Muricy e Jorginho elogiaram bastante o Mané Garrincha, que está orçado em cerca de R$ 1,2 bilhão, mas o santista criticou as obras na arena. Apesar de já ter recebido duas partidas (no último final de semana sediou a final do Campeonato Brasiliense), o governo do Distrito Federal reconheceu neste domingo que o estádio está ainda com 97% de conclusão da obra.
- A gente percebe que ainda faltam umas coisinhas. Esse jogo é para isso, testar.  O chuveiro estava gelado! Lá fora, a gente percebe que não está acabado, que tem muito entulho. Mas o estádio é maravilhoso. Fazia tempo que a gente não jogava em um lugar tão bonito, com tanta gente. Parecia que estávamos na Copa do Mundo. Quem fez esse estádio está de parabéns - disse o técnico do Peixe.
mané garrincha flamengo x santos (Foto: Thiago Dias)Mané Garrincha antes do jogo entre Santos e Flamengo: mais um evento-teste para a Copa das Confederações (Foto: Thiago Dias)
Depois de Muricy, Jorginho entrou na sala de coletivas, inaugurada neste domingo, e mostrou-se surpreso com o amplo espaço do local. Em seguida, também reclamou da água fria, mas garantiu que o gramado recém-plantado não atrapalhou os jogadores do Flamengo na estreia do Brasileirão.
- Ninguém reclamou.  O campo não está excepcional, mas está em nom estado, bem melhor do que vários campos que jogamos.  O estádio é maravilhoso, meio alçapão. Só faltou água quente, tomei banho de água fria - contou.
Ao ser informado das reclamações dos treinadores, o secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, afirmou que irá verificar o que aconteceu e garantiu que os vestiários do Mané Garrincha são do nível dos melhores estádios do mundo.
- Entregamos os vestiários com a melhor qualidade possível. Perguntem ao Jorginho  se, quando era jogador, usou um vestiário como esse no Brasil. Só no exterior, no Brasil, nunca. Se teve água fria, vamos averiguar.
Depois da partida, membros do governo do Distrito Federal e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo concederam uma coletiva para analisar o evento-teste. Segundo o CEO do COL, Ricardo Trade, o jogo foi importante para melhorar a qualidade dos serviços que serão prestados na Copa das Confederações.
- Pode ter um detalhe dali, outro daqui. É exatamente para isso que serve o evento-teste, para corrigir os problemas. Quando fazemos obra na nossa casa, podemos ter isso também. Faz parte.  O que podemos dizer de início é que foi um excelente teste. O estádio é maravilhoso, o público foi fantástico, tivemos ambiente de paz. É isso que queremos deixar como legado - disse Trade.
A maior reclamação do público presente foi com o acesso ao Mané Garrincha, já que filas quilométricas foram formadas na entrada por causa da revista de bolsas e checagem de ingressos antes dos portões. Na manhã de segunda-feira, o GLOBOESPORTE.COM publicará um balanço com tudo que aconteceu no estádio e as explicações do COL e do governo do Distrito Federal sobre os problemas.

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