domingo, 16 de junho de 2013

Perguntas sobre greve e possível boicote irritam goleiro da Nigéria

Vincent Enyeama, de 32 anos, afirma que questão do ‘bônus ficou para trás’; técnico Stephen Keshi diz não ter ficado ‘chateado’ com os atletas

Por Juliano Costa Belo Horizonte
Jogador mais experiente do elenco nigeriano, o goleiro Vincent Enyeama, 32 anos, teve a difícil missão de, como porta-voz do grupo, explicar o protesto feito pelos atletas na semana passada, contra a redução da premiação por jogos das Eliminatórias da África para a Copa do Mundo. Em entrevista coletiva após o único treino da Nigéria em solo brasileiro – neste domingo, no Mineirão -, Enyeama se mostrou altamente desconfortável com a insistência dos jornalistas em querer saber: afinal, por que a Nigéria só embarcou para o Brasil dois dias depois do previsto, e em meio a boatos de que poderia até desistir da Copa das Confederações?
Eneyama coletiva Nigéria (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Enyama tenta afastar crise da seleção nigeriana (Fotos: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- Não quero falar muito disso. Não era para ir para a imprensa. Apenas queremos jogar futebol contra o Taiti - disse Enyeama, sobre a partida desta segunda-feira, às 16h, no estádio do Mineirão.
- O bônus ficou para trás. Tudo está perfeito, tudo voltou ao normal. Somos responsáveis pelas nossas ações, mas elas ficaram no passado. Não queremos mais gastar energia para falar disso agora. Depois do campeonato, podemos falar sobre isso, por agora já acabou – emendou o goleiro, que atua no futebol israelense.
Enyeama treino Nigéria (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Treino da Nigéria no gramado do Mineirão
(Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Enyeama estava ao lado do técnico da equipe, Stephen Keshi, que também se mostrou desconfortável com o assunto. Diante da insistência das perguntas, chegou a repreender um jornalista brasileiro, dizendo que ele estava mal informado sobre o caso, e que não havia nenhuma insatisfação com a Federação Nigeriana. Assim como Enyeama, Keshi não explicou como o caso foi contornado. O fato é que, por conta da ameaça de greve, a delegação chegou a Belo Horizonte já na madrugada de domingo, a 39 horas da estreia contra o Taiti.
- Não posso dizer que estou chateado com meus jogadores. As decisões deles dependem do que estão passando. Estamos aqui para fazer o nosso trabalho e fazer com que a África se sinta orgulhosa. Temos apenas que nos concentrar e jogar nosso jogo amanhã – disse Keshi.
Além de Nigéria e Taiti, a Espanha e o Uruguai compõem o Grupo B da Copa das Confederações.
Obi Mikel treino Nigéria (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)O nigeriano Obi Mikel, do Chelsea, testa o campo do jogo contra o Taiti (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

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