sábado, 27 de julho de 2013

Chapecoense não dá mole ao Avaí, vence e retoma a liderança da Série B
No confronto entre times de Santa Catarina, time verde aplica 3 a 1 sem ter muito trabalho e aproveita escorregada do Palmeiras para voltar à ponta
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Na mesma pegada desde a arrancada no início da Série B, a Chapecoense derrubou mais um rival que cruzou seu caminho. Na tarde deste sábado, o time verde derrubou um conterrâneo para retomar a primeira colocação – mesmo com um jogo a menos e beneficiado pelo empate do Palmeiras. No jogo entre catarinenses, bateu o Avaí por 3 a 1, para a felicidade da maioria dos 4.345 presentes na Arena Condá, pela décima rodada da competição. O time azurra segue o martírio e não sai da zona de rebaixamento da competição.

A ‘Chapequente’ esquentou depois dos 20 minutos iniciais em que o jogo se concentrou no meio de campo. Dona do mando, viraria também dona da partida com o avanço que colocou o Avaí atrás. Assim abriu o placar, com Dão. Como se contenta em jogar no contragolpe, fez uso dele para marcar o segundo, com Athos. O Avaí da primeira etapa era o Leão de até agora na Série B: não se encontrava. Nos 45 minutos finais, mesmo com as alterações azurras e até gol de desconto, o jogo estava resolvido. A Chape manteve a partida sob seu controle. Tanto que o goleador da Série B Bruno Rangel assinou seu 11º gol na competição.
O empate do Palmeiras diante do Guaratinguetá permitiu à Chapecoense, com um jogo a menos, retomar a liderança. A equipe de Gilmar Dal Pozzo pode tentar ampliar a distância para os paulistas na próxima terça, quando encara o Ceará, no Castelão, às 19h30m. Na mesma data e horário, o Avaí tentará ter mais que os nove pontos que o faz estar na zona de rebaixamento. De volta à Ressacada, os azurras encaram o Atlético-GO.
Jogador gol Chapecoense (Foto: Junior Matiello / Ag. Estado)Meia Athos comemora seu gol, o segundo da Chapecoense no jogo (Foto: Junior Matiello / Ag. Estado)
Fatal e letal

Com ares de clássico estadual, havia enorme expectativa para que a bola rolasse. Afinal, há 45 dias a Chapecoense havia feito a última partida diante de seu torcedor. Mesmo período em que ficou fora o meia avaiano Marquinhos. Mas foi Braulio da Silva Machado apitar o início para que o confronto ficasse amarrado no meio de campo e recheado de faltas. De volta ao esquadrão azurra, Marquinhos arriscou colocar o esperado fogo na partida. Bateu escanteio fechado, aos 20, e o goleiro Nivaldo foi bem. Botou a mão na bola porque ia entrar. Não foi gol, mas parece ter sido diante do recuo dos visitantes. Os donos da casa começaram a empurrar o Avaí para seu campo de defesa.

Aos 26, a atitude azurra não foi tão ruim porque o zagueiro Leandro Silva estava em cima da linha para botar a cabeça na bola e evitar que o arremate de Paulinho Dias fosse transformado em abertura de placar. Dois minutos depois o recuo azurra seria punido com uma testada fatal. Enquanto a cobrança de escanteio Paulinho Dias ia ao miolo da área, o zagueiro Dão voava na direção da bola. O encontro ocorreu no sexto andar, tão alto o salto. Da bola com as redes aconteceu depois de quicar no chão e passar por Diego: 1 a 0 Chape. A pressão funcionou e os donos da casa estavam na frente.

A Chapecoense queria mais. Como Athos quis que o tiro cruzado, aos 33, não tivesse a palma da mão direita de Diego pelo caminho ou a zaga para mandar pra longe o rebote. Márcio Diogo e Tauã faziam figuração no ataque do Avaí. Quem produzia algo mais substancial aos azuis era Marquinhos com a sua bola parada. Como a batida de falta no canto que fez Nivaldo mandar para escanteio, aos 42. A melhor tentativa também seria um duro golpe nos azurras no minuto seguinte. É que a afastada da defesa foi transformada em contragolpe letal. Anderson Pico recebeu no campo de ataque e tocou para Athos do outro lado. Se era preciso habilidade para colocar dentro do gol, o meia mostrou que a tem. Com a parte de dentro do pé direito, botou a bola no chão. Com a de fora chutou e fez a pelota ir no cantinho de Diego, que ficou parado onde estava, vendo a bola entrar: 2 a 0.
Chapecoense x Avaí (Foto: Sirli Freitas/Agência RBS)Rangel não passa em branco e marca o terceiro
da Chape (Foto: Sirli Freitas/Agência RBS)
Assinatura do goleador

Na expectativa de ver o Avaí produzindo melhor, o técnico Hemerson Maria fez duas alterações no recomeço da partida. Entraram o meia Luciano e o atacante Reis nas vagas do volante Alê e do inoperante Tauã, respectivamente. De imediato, o treinador azurra viu da área técnica seu time trocando mais passes, mas finalizando pouco. Muito mais fruto da necessidade de reverter o placar e a condição na tabela do que das alterações. Tanto que o terceiro gol verde estava prestes a acontecer.

Poderia ter sido de Fabinho Alves, aos 18, quando deu uma meia lua em Leandro Silva e soltou o chute forte e cruzado que o goleiro Diego evitou que entrasse. Mas o terceiro da tarde teve a marca do goleador da Série B. Depois do escanteio gerado, Wanderson foi no fundo e mandou rasteirinho no segundo pau. Bruno Rangel estava onde precisava estar. Só cutucou para o gol escancarado. O treinador azurra tentou a última cartada: saiu Marquinhos e entrou Diego Jardel. Mas foi a substituição processada anteriormente que minimizou o estrago. Luciano recebeu no lado esquerdo do ataque e mandou o míssel cruzado que estourou no fundo da rede Nivaldo. O Avaí diminuiu, mas não seria suficiente.

O gol de desconto virou puxão de orelha. A Chapecoense retomou a marcação rente ao rival e o Avaí não conseguiu fazer mais do que um gol. Embora Luciano tenha passado perto já nos acréscimos. Ainda que entrasse, não minimizaria o estrago ou dava fim aos sete jogos sem vencer. A Chape retomou também a liderança com o 3 a 1 sem muitos apupos.

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