17/07/2013 08h40
- Atualizado em
17/07/2013 09h49
Francês junta parapente ao circo, voa com trapezista e faz malabares no ar
Filho de dono de escola circense, Gill Schneider, produz vídeos para a internet com acrobacias aéreas que incluem até 'saltos mortais'
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Gill Schneider voa com parapente azul da cor de lago (Foto: Arquivo Pessoal)
Filho do dono de um escola circense, Gill reuniu alguns artistas e
resolveu juntar acrobacias nos ares com o malabarismo e o trapézio na
Dune du Pyla, no sudoeste da França, e em Annecy, nos Alpes franceses. O
resultado é impressionante (assista ao vídeo ao acima). A
trapezista Roxane Giliand topou participar da experiência. Ligada ao
parapentista, ela aparece suspensa no ar, fazendo belos movimentos presa
apenas pela cintura.- Meu pai tem uma escola de circo desde que eu era criança. Era um hobby para mim. Mas eu não queria ser um profissional, ter isso para minha vida. Quando comecei o parapente, sempre pensei num espetáculo que misturasse os dois. Era a quarta vez que a trapezista fazia parapente. E, mesmo assim, ela se sentia tão tranquila, mesmo no alto, que não tinha problema. Ela ficou confortável e relaxada. Acho que o câmera, Adrian, e eu, ficamos mais nervosos pelo que ela estava fazendo do que ela mesma - brincou o simpático francês.
O parapente entrou na vida de Gill em 2005, quando ele tinha 21 anos. Mas a vontade de praticar o esporte radical já vinha de tempos atrás. O parapentista conta que tudo começou quando sua mãe o levou para subir uma montanha perto de Briançon, onde moram. Ao chegar a um ponto alto, viu cerca de dez coloridos parapentes voando juntos e se impressionou com a imagem, que ficará registrada em sua memória para sempre. Desde a primeira vez que subiu aos ares, garante, nunca ficou um dia sem voar, exceto aqueles em que as condições climáticas não permitiram.
- Para praticar parapente, preciso ser alpinista. Aprendi a subir montanhas. Às vezes o vento não está bom para o parapente, então faço outras atividades, como subir pequenas montanhas e até mesmo andar de skate - contou Gill que, em um dos vídeos, aparece andando de skate e até fazendo graffiti (veja no vídeo acima).
'Abastecido' pela adrenalina, francês sonha voar no Brasil
Gill Schneider se prepara para completar um mortal (Foto: Arquivo Pessoal)
Entre os melhores para a prática do parapente, segundo ele, está a
cidade de Iquique, no norte do Chile. De acordo com Gill, o lugar não é
tão belo, mas reúne condições climáticas favoráveis para voar em
novembro e dezembro, quando é ruim praticar na França, além de ter
montanhas altas. O mais bonito para o francês é a parte indiana do
Himalaia, mais alta cadeia montanhosa do mundo. Mas um de seus sonhos é
voar no Brasil.- Nunca fui ao Brasil, mas gostaria muito de ir. Tenho muitos amigos que vão para o Brasil para fazer parapente. Não sei quando vou poder porque estou tocando vários projetos e com várias ideias, preciso organizar meu tempo, mas é um sonho meu - disse.
Apesar de praticar um esporte de alto risco, Gill se considera seguro com seu paraquedas de resgate. Sempre preparado para corrigir erros rapidamente, o francês se diverte com o fato de que nunca precisou usar do recurso. A adrenalina, segundo ele, é como um combustível.
- Eu invento as acrobacias a cada dia. Gasto grande parte do meu tempo nisso. Treino, treino e treino. Tento ficar perto do chão, tocar a mão no chão. É uma sensação muito, muito boa. Quando você voa colado no chão, tem a sensação certa da sua velocidade, de quão rápido você está. É um pouco assustador também porque você pode bater, né? - concluiu Gill que, em um dos vídeos, tira onda com um bandeira que tremula com o vento e parece caminhar sobre ela (assista ao vídeo acima).
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