quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Em noite de estreias, Minas e Galo mostram pouco e ficam no empate
Sem ritmo de jogo e desfalcado de R10, alvinegro cria pouco diante de rival que faz sua primeira partida na elite do futebol mineiro. Resultado: 0 a 0
 
DESTAQUES DO JOGO
  • no caminho
    os postes
    Os gols não saíram também por causa deles. Primeiro, Dalmo cabeceou para baixo, mas acertou o travessão. Depois, Tardelli fez linda jogada, mas carimbou o poste.
  • personagens
    os goleiros
    Tanto Cristiano, do Minas, quanto Victor, do Galo, tiveram influência direta no resultado. Cada um fez pelo menos duas defesas difíceis para deixar o placar em branco.
  • público ruim
    Só 2.400
    Um time com menos de três anos de existência, uma partida há 70 kms de Belo Horizonte, e ingressos caros afastaram os torcedores da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Não foi a noite de estreias dos sonhos desejada. Nem do Atlético-MG, em seu primeiro jogo na temporada, tampouco de Paulo Autuori, à frente do time pela primeira vez. Já a do Minas Futebol não pode ser tão desprezada, já que o estreante no Módulo I conseguiu o empate diante de um grande. O público de 2.400 pagantes, que proporcionou uma renda de R$ 109.154,00, é que não ficou satisfeito e vaiou após o apito final.
A igualdade sem gols foi justa, mas teve a colaboração decisiva das traves e de algumas defesas de Cristiano e Victor. Cada time carimbou o poste uma vez, o Minas com Dalmo, no primeiro tempo, contra outra de Tardelli na segunda etapa. Além disso, cada goleiro ainda livrou o time do gol em pelo menos duas oportunidades, mostrando que os reflexos seguem em dia, apesar de ser o primeiro jogo do ano. Ronaldinho Gaúcho, suspenso por ter sido expulso na disputa de terceiro diante do Guangzhou Evergrande, mostrou fazer falta, já que o time teve pouca criatividade no ataque.
Com o resultado, os dois times se embolam na quinta posição com Guarani-MG e Caldense, que também empataram sem gol na estreia. Na segunda rodada, o Minas Futebol vai até Juiz de Fora, onde enfrenta o Tupi, às 17h (de Brasília), de sábado. O Galo, por sua vez, vai a campo no dia seguinte, no Independência. O time recebe o Nacional-MG, às 17h.
Podia ser melhor...
A falta de ritmo do Atlético-MG ficou nítida nos primeiros 45 minutos da partida contra o Minas Futebol. Com pouco tempo de preparação, o técnico Paulo Autuori não mexeu em nada na equipe por opção, com relação ao plantel que permaneceu da temporada passada. As únicas novidades, por necessidade, foram Michel, improvisado na lateral esquerda, e Guilherme, na vaga do suspenso Ronaldinho Gaúcho. Até o esquema tático, com dois volantes de contenção, um meia centralizado, com Fernandinho e Tardelli abertos nas pontas, com Jô fixo, foi mantido.
O caçula da elite do futebol mineiro, o Minas de Sete Lagoas, teve a postura tradicional dos times de menor expressão que enfrentam os grandes da capital. Fechado, apostou na marcação em seu campo e nas saídas rápidas para o ataque.
Fernandinho jogo Atlético-MG e Minas (Foto: Douglas Magno / Agência Estado)Fernandinho em ação diante do Minas Futebol (Foto: Douglas Magno / Agência Estado)
De emoção mesmo, na etapa inicial, só um belo lançamento de Guilherme que encontrou Tardelli em velocidade. O camisa 9 tentou um toque por cobertura, mas exagerou na força e mandou por cima, aos 30 minutos. Dois minutos depois, o Galo até chegou ao gol com Leonardo Silva, de cabeça, mas o zagueiro estava impedido após cobrança de falta.
Mas foi de uma trama do Minas Futebol que apareceu a melhor chance do jogo. Aos 38, em rápida descida pela direita, Jabá fez o cruzamento para a área e encontrou Dalmo livre. Sem precisar subir, o atacante cabeceou para baixo, longe do alcance de Victor, mas a bola explodiu caprichosamente no travessão.
Nos minutos finais, Fernandinho ainda tentou uma jogada individual pela esquerda, conseguiu o espaço para a finalização, mas parou no goleiro Cristiano. Fim de um primeiro tempo fraco tecnicamente na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Cansaço fica nítido
O Atlético-MG voltou mais interessado para a etapa final, mais compacto no campo de ataque e contando com um pedido feito por Autuori durante os dias de treinamento: a chegada dos volantes em condições de finalizar. Josué até que tentou a aproximação, mas faltou qualidade para arrematar.
O Minas, na mesma postura da etapa inicial, apostou nos contragolpes e quase marcou, novamente com Dalmo em jogada aérea. Victor mostrou que os reflexos estão em dia e salvou o Galo da surpresa.
O marasmo depois disso durou até os 21, quando Tardelli parece ter despertado para o jogo. Numa linda arrancada, ele rompeu quase toda a defesa do Minas, e na entrada da área mandou uma pancada que explodiu no travessão.
Sem força ofensiva, Autuori resolveu mexer em duas posições. Primeiro, sacou o lateral improvisado Michel para a entrada de Dátolo. Em seguida tirou Guilherme, muito lento, que deu lugar ao garoto Marion. Por sua vez, o ex-zagueiro de Cruzeiro e Corinthians, João Carlos, à frente do Minas, sacou Jonnathans e colocou Ely Thadeu.
E foi a alteração da equipe de Sete Lagoas que quase rendeu frutos, já que Victor teve que fazer mais uma defesa digna de sua beatificação em chute cruzado.
Daí em diante, o cansaço ficou visível pelo lado alvinegro, que ainda quase marcou com Josué, parado por Cristiano. Sem forças, literalmente, o Galo não conseguiu mais chegar, enquanto o estreante na elite do futebol mineiro se mostrou feliz com o resultado. Quem não gostou nada do que viu foi o torcedor do Atlético, que vaiou muito após o apito final.
 

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