quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

por Rodrigo França*

O Voando Baixo tem um representante nos testes de Jerez de la Frontera, no sul da Espanha. Rodrigo França, jornalista especializado em automobilismo e já habitual colaborador do blog em coberturas na Fórmula 1, teve um papo exclusivo com Felipe Massa logo após seu primeiro teste com o novo carro da Williams, o FW36. Confira as principais declarações do piloto brasileiro nesta quinta-feira:

Felipe Massa Jerez de la Frontera


A WILLIAMS
- Quando eu soube que não teria o contrato renovado com a Ferrari, nem sabia se ia correr ou não na Fórmula 1, vi na Williams não apenas a oportunidade de ficar na categoria, mas de assinar com um time que quer voltar a vencer corridas.

PRIMEIRO DIA DE TESTES COM O NOVO CARRO
- O primeiro dia sempre é um dia especial: teve dias em que eu andei na Ferrari, sentei no carro e pensei: "uau, vamos nos dar bem neste ano!". E já tiveram anos em que já no primeiro dia pensei: vamos sofrer nesta temporada...

IMPRESSÕES APÓS O PRIMEIRO DIA DE TESTES
- Hoje a primeira impressão foi ótima, tive a certeza de ter feito a escolha certa. O tempo de volta, ter ficado em segundo logo no primeiro teste, é um parâmetro importante sim. Claro que há equipes que estão fazendo cada cronograma. Mas eu tive uma ótima impressão de cara. Um ótimo feeling. Assinei com uma equipe que tem capacidade de vencer corridas, de ser competitiva.

Felipe Massa Jerez de la Frontera

DIFERENÇAS ENTRE FERRARI E WILLIAMS
- Aqui, senti uma liberdade que é muito importante, e eu estava precisando disso. Eu e a Williams vivemos um momento igual: tanto eles quanto eu estamos sentindo falta de vitórias.

EXPECTATIVA PARA A TEMPORADA 2014
- É muito difícil falar hoje: vou brigar pela vitória. Tem muita mudança pela frente. Hoje será diferente do Bahrein, da Austrália. Mas a gente pode, sim, chegar lá e ter um carro que pode vencer a corrida. Estamos trabalhando para isso. Se fosse no ano passado, com certeza seria impossível sonhar com isso. Fosse um ano em que o regulamento não mudaria muito, como de 2012 para 2013 e sair da Ferrari para ir para qualquer outro time, já teria um cenário traçado. Agora não. Tudo pode acontecer.

Felipe Massa Jerez de la Frontera

ESCOLHA PELA WILLIAMS
- Queria saber como seria o pacote técnico da Williams, se eles teriam o motor Mercedes... Queria correr com o motor Mercedes! Sabia que a Lotus teria dificuldades financeiras e também não teriam este motor. Olhando hoje, parece uma decisão fácil, mas há seis meses era um cenário menos óbvio, estudamos bastante para chegar a esta decisão. E a Williams também me queria de qualquer jeito.

GP DA AUSTRÁLIA
- Apostar em azarão pode ser uma boa na Austrália (risos). Quando tivemos uma mudança grande, como em 2009, vimos a Brawn GP mudando a história. Terminar a primeira corrida já será um grande desafio para muitos times.

* Rodrigo França é jornalista especializado em automobilismo e habitual colaborador do blog

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