Shogun diz que buscará o nocaute o mais rápido possível contra Manuwa

Peso-meio-pesado brasileiro fará diante do inglês a luta principal do UFC em Uberlândia, que acontece dia 8 de novembro na Arena Sabiazinho

Por Marcelo Russio Rio de Janeiro

A experiência de mais de 12 anos e 31 lutas como profissional de MMA parece dar a Maurício Shogun, ex-campeão dos meio-pesados do UFC e do Pride, a tranquilidade para enfrentar um dos nomes mais fortes do esporte. O inglês Jimi Manuwa, de 34 anos de idade, possui 15 lutas na carreira, com 14 vitórias, sendo 13 por nocaute e dez no primeiro round, e apenas uma derrota. Conhecido como um dos trocadores mais fortes do mundo, o "Poster Boy" não parece assustar o veterano brasileiro, que aposta na mesma preparação básica da derrota para Dan Henderson, mudando apenas a estratégia de luta.

Shogun e Manuwa fazem a luta principal do UFC em Uberlândia, dia 8 de novembro (Foto: Editoria de Arte)

- Basicamente a preparação para esta luta foi igual, o que muda mesmo é a estratégia de luta. Demos ênfase à parte em pé por saber que ele é um trocador nato, que praticamente não usa o chão. Acho que será uma luta boa para quem gosta de trocação - disse Shogun, em entrevista por telefone ao Combate.com.
A luta em pé parece ser um consenso entre os dois lutadores, que são conhecidos por não gostar de ir para o chão. E o fim da luta ser com um nocaute, para Shogun, é praticamente certo.
- Nós dois buscamos o nocaute sempre. O meu forte é buscar o nocaute sempre. Quanto mais rápido, melhor.
Confira a entrevista completa:
Combate.com: Como está sua preparação para encarar o Manuwa?
Shogun: Tudo certo. Suando bastante, e estarei bem preparado para a luta em Uberlândia.
Jimi Manuwa é um cara forte, com apenas uma derrota em 15 lutas, mas ainda em ascenção no UFC. Não está na fila para disputar o título imediatamente. Essa luta é boa pra você? O que ela te acrescenta?
Acho que é uma luta boa porque ele é da trocação e eu também. Acho que toda vitória é um passo acima, e estou totalmente focado nessa luta agora.
Lutar no Brasil, pra você, é mais uma pressão ou uma motivação?
É uma motivação, não só pela torcida a favor, mas também por não ter que me preocupar com mudança de fuso horário e de alimentação. Isso ajuda muito e motiva a lutar melhor.
O que você mudou da sua preparação para a luta contra o Dan Henderson pra essa? No que você trabalhou mais?
Basicamente a preparação para esta luta foi igual, o que muda mesmo é a estratégia de luta. Demos ênfase à parte em pé por saber que ele é um trocador nato, que praticamente não usa o chão. Acho que será uma luta boa para quem gosta de trocação.
Todos esperam uma luta de trocação franca, entre dois caras que têm um jogo em pé fortíssimo. Acredita que essa luta vá para os pontos ou prevê uma interrupção?
É difícil saber. Nós dois buscamos o nocaute sempre. Mas, qualquer que seja a forma, se vencer está bom. O meu forte é buscar o nocaute sempre. Quanto mais rápido, melhor.
Você se vê, como o seu empresário Eduardo Alonso disse em entrevista para o Combate.com, a duas lutas de uma nova disputa de título?
Acho que sim, mas não penso nisso agora. Só penso na próxima luta. Minha atenção está voltada exclusivamente para o Jimi Manuwa. O que vier depois da luta é consequência do que acontecer lá.
Das suas lutas mais recentes, qual a vitória que mais te empolgou e qual a derrota que mais te doeu?
As duas vitórias que mais me alegraram foram contra o Ricardo Arona e contra o Lyoto Machida, que me deram os meus cinturões do Pride e do UFC. A derrota mais doída foi para o Jon Jones, porque ali eu perdi o cinturão.
UFC: Shogun x Manuwa
8 de novembro de 2014, em Uberlândia (MG)
CARD DO EVENTO
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Jimi Manuwa
Peso-mosca: John Lineker x Ian McCall
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x Ovince St. Preux
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Alan Jouban
Peso-galo: Thomas Almeida x Tim Gorman
Peso-meio-médio: Dhiego Lima x Pawel Pawlak
Peso-médio: Caio Magalhães x Trevor Smith
Peso-meio-médio: Wagnão Silva x Colby Covington
Peso-palha: Juliana Lima x Nina Ansaroff