sábado, 10 de janeiro de 2015

No Paraense, Caça-Rato será parceiro de Ratinho e adversário de Catita

Atacante contratado pelo Clube do Remo brinca ao chamar estadual de "Campeonato de Ratos", comenta sobre as novas companhias no Pará e novo apelido

Por Belém
A começar pelo nome, Flávio Caça-Rato é um jogador irreverente que chega ao futebol paraense. Sempre bem humorado e brincalhão, o novo atacante do Remo espera ajudar a equipe a conquistar o estadual e consequentemente uma vaga na Série D, além do acesso à Terceirona, sendo importante ao clube e não apenas um jogador folclórico. Mas além da bola que terá que jogar, Caça-Rato poderá voltar a colocar em prática uma brincadeira de criança que deu a ele o apelido incomum.
– Caça-Rato vem de infância. Eu ficava matando rato na beira do campo. Com 13 anos, eu tinha medo de jogar com os meninos maiores. Nisso, o treinador ficava chamando direto ‘bora jogar’ e ele falava ‘prefere ficar caçando rato?’. Isso ficou até hoje. Onde eu vou é Flávio Caça-Rato – explica.
Caça Rato, Douglas Catita e Ratinho (Foto: GloboEsporte.com)Flávio Caça-Rato, Douglas Catita e Ratinho (pela ordem) estarão juntos no Paraense 2015 (Foto: GloboEsporte.com)
Pelo menos durante o Parazão, o atacante terá dois ratos para caçar. No próprio Remo, deverá atuar ao lado do meia-atacante Ratinho, onde promete uma convivência pacífica. Mas tem terá que tomar cuidado é o meia Douglas Catita, do Independente, adversário do Leão na segunda rodada do estadual.
– Os menores são o piores (referindo-se a catita), vão para lá e para cá (risos). Mas estou feliz. (Ratinho) É um jogador que já tem seu histórico aqui no Remo. É bom estar atuando ao lado de um cara que sabe jogar, ainda mais com o nome parecido com o meu. Um rato já é difícil, imagine dois! Isso é bom, quem só tem a ganhar com isso e a nossa equipe. Tanto Caça-Rato como Ratinho fazendo gol, deixando a torcida feliz e o Remo saindo vitorioso é o que importa. Agora, se para gente é difícil um rato pra cá, catita para lá, imagine pro cara que vai estar narrando o jogo. Acho que vai ser legal, quem ganha com isso é o futebol paraense, com tantos nomes assim. Tá mais para Campeonato de Rato do que Paraense. Vai ser divertido – garante o atacante.
A fama já pegou e, aos 28 anos de idade, Flávio Augusto do Nascimento perdeu o sobrenome para ser conhecido por Caça-Rato. Mas nem sempre foi assim. Apesar do apelido ser da infância, ao longo da carreira foi chamado de outras formas. Em Belém, o mesmo pode acontecer. Xodó instantâneo da torcida remista, Flávio vem sendo aos poucos rebatizado pelos azulinos de Caça-Mucura – espécie de raposa –, uma alusão pejorativa ao mascote do grande rival paraense, o Paysandu.
– Rapaz, mudam meu nome direto, onde eu chego é um novo apelido. Já estou acostumado com essa mudança de nome. Mas é o que vale é o carinho da torcida. Caça-Mucura, Caça-Rato, Flávio Recife, o que tive de nome bom... estamos aí. Fico feliz pelo carinho da torcida. Pretendo fazer história aqui nesse clube e não ser apenas um jogador de passagem. Estarei sempre procurando dar títulos ao Remo – afirma.
A junção do nome com o número preferido da camisa, o 7, Flávio Caça-Rato passou a ser conhecido no Santa Cruz como CR7, mesma sigla de Cristiano Ronaldo, atual melhor jogador do mundo. Apesar das “comparações” com o craque do Real Madrid, Caça-Rato conta que sua verdadeira inspiração é outra.
– Apesar de me chamarem de CR7, meu ídolo no futebol é o Ronaldinho Gaúcho, é um cara que eu gosto. Também gosto do Cristiano Ronaldo, mas o meu ídolo mesmo é o Gaúcho. Estava até conversando com meu empresário que Messi e Cristiano Ronaldo, esses caras não são daqui, eles são de outro mundo. (O apelido) CR7 pegou, mas é mais por causa da camisa. Queria só um pouquinho do que o Cristiano Ronaldo tem, quem sabe trabalhando consigo – brincou.
*Colaborou Samara Miranda, estagiária

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