sexta-feira, 18 de março de 2011

Felipão critica ala 'xiita' do Palmeiras e reforça boa relação com presidente

Técnico rebate conselheiros que consideram seu salário alto e reafirma ter ótima relação com Arnaldo Tirone, que não interfere dentro das quatro linhas

Por Diego Ribeiro São Paulo
Felipão Scolari (Foto: Ag. Estado)Felipão se entende com diretoria, mas ainda ouve
críticas de conselheiros (Foto: Ag. Estado)
Alguns conselheiros do Palmeiras estão insatisfeitos com o alto salário de Luiz Felipe Scolari, mas o técnico não se abala. Respaldado pelo presidente Arnaldo Tirone e pelo vice Roberto Frizzo, Felipão sabe que tem autonomia para dirigir o futebol palmeirense e já não liga mais para insinuações de opositores.Nesta sexta-feira, depois de confirmar que fica no Palmeiras, o treinador criticou as atitudes de alguns conselheiros "xiitas" (alusão a uma ala do Islamismo) que, segundo ele, querem prejudicar a atual administração.
O termo “xiita” não é o primeiro apelido criado por Luiz Felipe Scolari para rebater seus críticos no Palmeiras. Em sua primeira passagem pelo clube, ele criou a expressão “Turma do Amendoim”, em referência a torcedores que sentavam nas numeradas cobertas do Palestra Itália, atrás do banco de reservas, e costumavam 'cornetar' a equipe. Nesta sexta, ao responder uma questão sobre a torcida do Palmeiras, Felipão afirmou que a Turma do Amendoim “está morta”.
Pode ter um ou outro conselheiro que se manifesta dessa forma, esses de uma ala mais xiita"
Felipão
- Nunca ouvi isso de ninguém da direção do Palmeiras (reclamação sobre o salário). Pode ter um ou outro conselheiro que se manifesta dessa forma, esses de uma ala mais xiita. Muitas vezes eles só querem uma confusãozinha e colocar nosso presidente em problemas. As pessoas com as quais trabalho diariamente têm um profundo carinho por mim - ressaltou.
Apesar das críticas, ele prefere não se intrometer nos bastidores políticos do clube. Com  a autonomia dada por Tirone, Felipão só quer saber de fazer seu trabalho dentro de campo. Com seu elenco blindado, o técnico garante que na sua área ninguém interfere. Por isso, ele faz elogios ao atual presidente.
- O presidente do meu time, o Tirone, já deve ter falado muitas vezes que hoje sou o técnico do Palmeiras. Ele tem profunda admiração e gosta do trabalho, valoriza muito esse trabalho. Independentemente de qualquer proposta, ele não gostaria que eu saísse - afirmou.
O entendimento entre Felipão e a diretoria aumentou depois do episódio em que a nutricionista Alessandra Favano foi dispensada da concentração para a economia de uma diária de hotel. De lá para cá, o técnico selou a paz com a cúpula palmeirense e vem ajudando a política de contenção de gastos do clube. Dentre os grandes salários do elenco, ele já liberou Edinho, Vitor e Tadeu para outros clubes e colocou Lincoln e Maurício Ramos à disposição para negociações.
A situação de Lincoln pode ser resolvida já na segunda-feira, quando jogador e diretoria se reúnem para discutir o caso.

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