Morde e assopra: a polêmica relação dos jogadores com o Twitter
Declarações recentes de atletas como Carlos Alberto, do Grêmio, e Kleber, do Palmeiras, provocam discussão sobre o limite no uso da ferramenta
A liberdade no Twitter não termina em 140 caracteres. Usuários assíduos da ferramenta, alguns jogadores de futebol, no entanto, parecem ainda não entender o poder da liberdade conquistada e a repercussão que as suas declarações podem alcançar. Basta um lance polêmico em um jogo ou um desentendimento com o treinador para que o "consultório emocional" seja utilizado.
No último fim de semana, Carlos Alberto, do Grêmio, foi expulso durante a derrota para o Cruzeiro-POA por 2 a 0, pelo Campeonato Gaúcho. E lá foi ele desabafar. O meia discutiu com torcedores, além de responder à comemoração do colorado Leandro Damião, que ironizou o rival tricolor.
O desabafo de Carlos Alberto (Foto: Reprodução)Após um episódio como este, o passo seguinte é sempre o esclarecimento. Segundo o assessor de imprensa do Grêmio, Vitor Rodriguez, depois de uma conversa do clube com o atleta, a explicação deve vir do mesmo canal de comunicação pelo qual surgiu a polêmica. Ele, no entanto, acredita que assuntos assim, envolvendo o que os profissionais falam, acabam superdimensionados.
– Há uma grande repercussão em tudo. Demasiada. A dimensão que se dá a esse tipo de comentário torna-se exagerada. São opiniões de meninos que vivem um momento de exposição midiática. Tornam-se conhecidos e reconhecidos pelo seu trabalho. As cifras acompanharam a velocidade da internet. Tudo é grandioso. A notoriedade, inclusive – disse.
O atacante Kleber, do Palmeiras, usou o Twitter para se manisfestar contra o técnico Luiz Felipe Scolari. O Gladiador desabafou e não perdoou a declaração do comandante alviverde depois da partida contra o Noroeste, na quarta-feira, quando Felipão, mandando um claro recado a Kleber, disse que jogadores machucados precisavam ter mais cuidado antes de pensar em curtir o carnaval.
Declarações polêmicas de Kleber no Twitter (Foto: Reprodução)Para Diogo Kotscho, assessor de imprensa de celebridades do futebol como Kaká e Ganso, Kleber tinha exata noção da repercussão que as declarações teriam. O jogador acabou usando sua popularidade para "ser ouvido". Apesar da possibilidade de polêmicas, Kotscho incentiva seus atletas a criarem perfis tanto no Twitter como Facebook. De acordo com ele, é algo inevitável.
– Eu até aconselho o jogador a criar. Não tem como não entrar, mas sempre mostro o alcance que uma declaração pode ter.
Mas nem só de "bad boys" vive o futebol no Twitter. Há os considerados bons moços da ferramenta. Kaká é um exemplo. Sem frases polêmicas, usa seu microblog como uma forma de relacionamento mais próximo com os fãs. E é sucesso garantido. Atualmente, figura como o perfil mais seguido no Brasil, com mais de 3 milhões de followers.
Sandro, do Tottenham, aderiu à rede social como uma forma de garantir uma relação com os ingleses. O retorno foi tão bom que atualmente 75% dos recados que ele recebe vêm de torcedores dos Spurs. Mas segundo o assessor de imprensa do jogador, Rafael Antoniutti, o cuidado dos europeus com o microblog ainda é bem maior que os clubes brasileiros.
– O clube nos consultou, através do empresário do jogador (Luiz Paulo Chignall) para saber como era o gerenciamento da conta, se havia acompanhamento profissional. Essa preocupação já existe na Europa, e acho que no Brasil está aumentando. Sabendo utilizar bem a ferramenta, o atleta e seus fãs só têm a ganhar – afirmou.
Mas há uma fórmula correta de uso do Twitter? Sérgio Lüdtke, editor de Internet da Editora Globo e professor do Master em Jornalismo Digital, dá algumas dicas para não enfrentar problemas futuros:
. Evite compartilhar nas redes sociais aquilo que não puder dizer a qualquer pessoa. Não se exponha por pouca coisa;
. Entenda que uma opinião se eterniza na internet e que, se não houver convicção dessa opinião, ela talvez não deva ser emitida (falar mal de alguém, de uma torcida rival ou de um colega de profissão, por exemplo);
. Use o Twitter preferencialmente para esclarecer e procure orientação quando não souber como fazê-lo;
. Use o Twitter para descobrir o que pensam sobre você;
. Defenda boas causas. Se você tem muitos seguidores, pode ser um bom exemplo para a sociedade.
No último fim de semana, Carlos Alberto, do Grêmio, foi expulso durante a derrota para o Cruzeiro-POA por 2 a 0, pelo Campeonato Gaúcho. E lá foi ele desabafar. O meia discutiu com torcedores, além de responder à comemoração do colorado Leandro Damião, que ironizou o rival tricolor.
O desabafo de Carlos Alberto (Foto: Reprodução)– Há uma grande repercussão em tudo. Demasiada. A dimensão que se dá a esse tipo de comentário torna-se exagerada. São opiniões de meninos que vivem um momento de exposição midiática. Tornam-se conhecidos e reconhecidos pelo seu trabalho. As cifras acompanharam a velocidade da internet. Tudo é grandioso. A notoriedade, inclusive – disse.
O atacante Kleber, do Palmeiras, usou o Twitter para se manisfestar contra o técnico Luiz Felipe Scolari. O Gladiador desabafou e não perdoou a declaração do comandante alviverde depois da partida contra o Noroeste, na quarta-feira, quando Felipão, mandando um claro recado a Kleber, disse que jogadores machucados precisavam ter mais cuidado antes de pensar em curtir o carnaval.
Declarações polêmicas de Kleber no Twitter (Foto: Reprodução)– Eu até aconselho o jogador a criar. Não tem como não entrar, mas sempre mostro o alcance que uma declaração pode ter.
Mas nem só de "bad boys" vive o futebol no Twitter. Há os considerados bons moços da ferramenta. Kaká é um exemplo. Sem frases polêmicas, usa seu microblog como uma forma de relacionamento mais próximo com os fãs. E é sucesso garantido. Atualmente, figura como o perfil mais seguido no Brasil, com mais de 3 milhões de followers.
Sandro, do Tottenham, aderiu à rede social como uma forma de garantir uma relação com os ingleses. O retorno foi tão bom que atualmente 75% dos recados que ele recebe vêm de torcedores dos Spurs. Mas segundo o assessor de imprensa do jogador, Rafael Antoniutti, o cuidado dos europeus com o microblog ainda é bem maior que os clubes brasileiros.
– O clube nos consultou, através do empresário do jogador (Luiz Paulo Chignall) para saber como era o gerenciamento da conta, se havia acompanhamento profissional. Essa preocupação já existe na Europa, e acho que no Brasil está aumentando. Sabendo utilizar bem a ferramenta, o atleta e seus fãs só têm a ganhar – afirmou.
Mas há uma fórmula correta de uso do Twitter? Sérgio Lüdtke, editor de Internet da Editora Globo e professor do Master em Jornalismo Digital, dá algumas dicas para não enfrentar problemas futuros:
. Evite compartilhar nas redes sociais aquilo que não puder dizer a qualquer pessoa. Não se exponha por pouca coisa;
. Entenda que uma opinião se eterniza na internet e que, se não houver convicção dessa opinião, ela talvez não deva ser emitida (falar mal de alguém, de uma torcida rival ou de um colega de profissão, por exemplo);
. Use o Twitter preferencialmente para esclarecer e procure orientação quando não souber como fazê-lo;
. Use o Twitter para descobrir o que pensam sobre você;
. Defenda boas causas. Se você tem muitos seguidores, pode ser um bom exemplo para a sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário