quinta-feira, 10 de março de 2011

Renato Gaúcho reitera pedido de paciência aos gremistas

Técnico defende jogadores vaiados, como Gilson e Carlos Alberto

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre
renato gaúcho gabriel grêmio x caxias do sul (Foto: Divulgação/Site Oficial)Renato Gaúcho comemora título do primeiro
turno com Gabriel (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Durante a partida contra o Caxias - vitória nos pênaltis após empate em 2 a 2, na noite desta quarta-feira - Renato Gaúcho pediu paciência aos torcedores do Grêmio. Com gestos, solicitou aos tricolores que não vaiassem o lateral-esquerdo Gilson.
Com a autoridade da maior personalidade da história do Grêmio, Renato Gaúcho explicou o pedido ao final da partida. As vaias lembraram o incidente com Jonas, que em seu último jogo com o Grêmio discutiu com os torcedores que criticavam o time.
- O torcedor sabe que eu faço tudo pelo Grêmio. Naquele momento vaiar o Gilson me veio à memória o caso do Jonas. Sei que o torcedor paga ingresso, tenho um grande respeito por ele, mas os jogadores não vão acertar todas as horas. Por isso pedi calma. Não posso a cada dez minutos tirar um jogador. Por isso guardei o Lúcio para o segundo tempo. Entendo a cabeça do torcedor, ele quer ganhar, mas é assim, em altos e baixos, aos trancos e barrancos, 99% do estádio aplaudiu e apoiou. Até entendo essa meia dúzia que vaiou, mas somos imortais, e de virada é sempre melhor - justificou.
Sobre Carlos Alberto, que foi substituído ainda no primeiro tempo e ouviu algumas vaias, Renato atribuiu a readaptação do jogador ao passado recente em outros clubes:
- O Carlos Alberto vinha jogando da seguinte forma: toma a camisa e joga. Não vinha sendo educado quanto ao posicionamento. Ele saía do departamento médico sem condições físicas para jogar. Temos de reeducá-lo. O jogo estava duro, dávamos muito espaço, eu tinha que mexer, por isso tirei o Carlos Alberto. Daqui a pouco ele estará reeducado, vamos acertar o posicionamento dele. Peço ao torcedor mais paciência com o Carlos Alberto. O problema nos últimos 24 meses era isso de pegar a camisa e jogar, isso que está faltando. Ninguém desaprende a jogar.
Renato lembrou ainda que não tem reservas para realizar substituições, mesmo durante o primeiro tempo.
- Eu não espero intervalo de jogo, porque senão daqui a pouco estou tomando dois ou três. Teve méritos do Caxias, e muitos erros nossos. Eu avisei que o Caxias entraria a 150 por hora, mas nós entramos a 50 por horas. Estávamos um pouco perdidos, sem conseguir criar, e tomando sufoco. Por isso resolvi mexer na equipe, mas melhoramos mesmo no segundo tempo. Tivemos uma conversa muito boa no intervalo, tivemos uma mudança de pensamento - explicou.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário