sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Após interferência de Juvenal, CBF libera Lucas, mas vai processar Leão

Dirigente são-paulino ficou indignado depois que vascaíno Dedé foi autorizado a atuar no domingo e fez pressão sobre Federação Paulista

Por Marcelo Prado São Paulo
Lucas no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Lucas vai comandar o ataque no clássico contra
o Palmeiras (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
A torcida do São Paulo ganhou uma boa notícia na tarde desta sexta-feira. O meia Lucas, que foi convocado pelo técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, para o amistoso de terça-feira contra a Bósnia, foi liberado pela CBF para disputar o clássico contra o Palmeiras, que será realizado no domingo, às 16h, em Presidente Prudente.
Segundo a entidade, que divulgou um comunicado em seu site, "a liberação do jogador foi dada sob o compromisso assumido pela Federação Paulista de que Lucas se apresente para o treino da Seleção na segunda-feira, marcado para as 20h (16h de Brasília), em St. Gallen, na Suiça, cidade onde será disputado o amistoso".
CBF entrará com ação contra Leão
Na manhã desta sexta-feira, o caso já havia se transformado em uma grande polêmica após a entrevista coletiva do técnico Emerson Leão, que afirmou que a entidade que comanda o futebol havia pedido a Lucas para que ele levasse o terceiro cartão amarelo na partida contra o Bragantino, realizada na última quarta. Dessa maneira, ele estaria suspenso do clássico. As afirmações do treinador foram respondidas pelo diretor de seleções da CBF, Andrés Sanches, em entrevista ao programa "Arena Sportv".
- (Leão) é irresponsável por falar uma coisa destas. Ele vinha tão bem como treinador, mas acho que voltou ao passado. Ele que me dê o nome de quem foi (que teria feito o pedido a Lucas), que será demitido na hora da CBF.
Apesar de ter liberado Lucas, a CBF deixou claro que não aceitará as acusações de Leão e que entrará na segunda-feira com uma representação contra o treinador no STJD: "Mesmo com a liberação, a representação da CBF contra o técnico Leão no STJD, devido a declarações infundadas sobre Lucas, está mantida", diz o texto.
Pressão de Juvenal resolve questão
Até quinta-feira, o clube do Morumbi estava conformado por não poder contar com um dos seus principais jogadores. No dia em que Lucas foi convocado, a diretoria fez uma consulta informal à CBF, que havia avisado que não seria aberta a exceção. No entanto, a revolta tomou conta de Juvenal Juvêncio e seus representantes a partir do momento em que Dedé foi liberado para jogar no fim de semana, sob alegação de que o zagueiro do Vasco estaria disputando uma decisão (da Taça Guanabara), diferentemente do são-paulino, cujo clássico é válido pela fase de classificação do Campeonato Paulista.
A partir daí, Juvenal Juvêncio resolveu agir. De quinta-feira até a tarde desta sexta-feira, foram pelo menos 20 ligações para o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, com quem ele fala apenas o necessário. A conversa foi dura, e o presidente tricolor exigiu que o dirigente entrasse em ação para defender um clube que é seu afiliado. Nesta sexta, Marco Polo enviou um ofício ao diretor de seleções, Andrés Sanches, que havia declarado à tarde que o atleta não seria liberado. Lucas, então, teve sua participação no clássico autorizada, o que foi celebrado como vitória pelos lados do Morumbi sobre o desafeto e ex-presidente do Corinthians.

Ao saber da liberação de Lucas, Leão comemorou:
- Usaram o bom senso e a inteligência. Para um treinador que tinha grandes problemas, ganhar a presença do Lucas é um reforço e tanto.

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