quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Felipe e Juninho Pernambucano: o dia em que, juntos, ídolos não decidiram

Escalados para dar experiência e qualidade ao Vasco, líderes não foram capazes de ajudar o time na derrota para o Nacional, pela Libertadores

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Desde que se reencontraram em São Januário, no segundo semestre de 2011, Juninho Pernambucano e Felipe haviam iniciado nove partidas juntos como titulares. Em todas o objetivo era dar ao Vasco maior qualidade nos passes e aumentar as chances de gol. Em apenas uma a equipe havia perdido. Nessa quarta-feira, um novo revés. O Nacional do Uruguai fez 2 a 1 em São Januário e jogou um balde de água fria na expectativa em relação à expectativa criada pelo retorno do time à Libertadores após 11 anos.
Em 1998, quando o Vasco ganhou a competição, Juninho e Felipe eram peças de uma engrenagem encaixada. Em 2011/2012, são sinônimo de experiência e passes precisos, o que compensaria a perda de força na marcação. Mas nessa quarta-feira o que se viu foi um time nervoso em alguns momentos. E Juninho errou oito dos 36 passes - um índice de acerto de 78%, bem abaixo dos apenas razoáveis 84% do time.
Números de Juninho:
Finalizações: 2
Passes: 36 (28 certos, 8 errados)
Bolas levantadas: 10
Faltas cometidas: 1
Faltas sofridas: 2
Roubadas de bola: 1
 
Números de Felipe:
Finalizações: 0
Passes: 21 (21 certos, 0 errado)
Bolas levantadas: 2
Faltas cometidas: 0
Faltas sofridas: 2
Roubadas de bola: 0
Após uma atuação apagada, Felipe deixou o campo aos 15 minutos do segundo tempo para a entrada do atacante Carlos Tenorio. Juninho atuou durante todo o jogo e deu o passe para Alecsandro marcar - além de colocar a bola na cabeça de Tenorio, que fez um gol anulado acertadamente por impedimento.
O técnico Cristóvão Borges não se mostrou arrependido por optar mais uma vez pela dupla começando como titular. No entanto, admitiu que o objetivo planejado com isso não saiu como o esperado.
- Com as peças que eu tinha para esse jogo, não dava para marcarmos em cima, como é nosso hábito, mas tentamos fazer o que nossa equipe tem de melhor, que é o toque de bola. Erramos muitos passes, e isso fez com que a equipe se desorganizasse um pouco - observou.
Ainda não se sabe se o treinador repetirá a opção no segundo jogo pela Libertadores, contra o Alianza Lima, em São Januário, dia 6 de março. No entanto, até lá, Juninho e Felipe continuarão a ser peças importantes. Titulares ou não, serão deles a voz que buscará recolocar o grupo emocionalmente nos eixos para se superar no campo e ajudar a lidar com questões administrativas, como o atraso no pagamento dos salários.

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