quinta-feira, 8 de março de 2012

As mulheres do futebol


qui, 08/03/12
por Cíntia Barlem |
categoria Sem categoria
Por Cíntia Barlem, Débora Vives, Jessica Mello e Tati Lopes
Dia 8 de março, dia da MULHER. Mas como fazer uma homenagem em pleno blog de futebol? A maneira encontrada pelo Donas do Campinho foi citar alguns exemplos de superação de obstáculos em um mundo por vezes com regras ditadas pelo padrão masculino.
Marta, sempre entre as melhores

Ela é mulher, jogadora de futebol, e está sempre entre as melhores do mundo. É mais um belo exemplo de força e superação de quem lutou por uma paixão e conseguiu alcançar seu objetivo. Isso tudo em um meio super masculino, que agora já se acostumou com a presença feminina, mas que durante muito tempo lutava em aceitar que elas – nós – também podemos amar o esporte.
E a Marta está aí para provar que é possível. Em Alagoas, onde morava e era criada pela mãe e a avó, ela aproveitava para se divertir jogando bola na rua com os amigos. A carreira começou no CSA-AL. Depois, ela passou pelo Santa Cruz-PE. Decidida a buscar algo maior, foi para o Rio de Janeiro. E foi jogando pelo Vasco que a vida dela começou a mudar.
Veio a Seleção Brasileira, a ida para clubes do Exterior, títulos e mais títulos, e muitos troféus de melhor jogadora do mundo. Em 2012 ela não levantou esta taça. Mas é ela a dona de cinco conquistas seguidas. Em 2010, ainda recebeu o convite para ser embaixadora da ONU. Marta, a dona dos dribles desconcertantes, a dona de belos gols, a dona do campinho, é e seguirá sendo exemplo de meninas que um dia sonham em chegar lá.
Maurine, superação pelo Brasil

Maurine Dornelles Gonçalves conquistou o Brasil nos últimos Jogos Pan-Americanos. Enquanto a seleção masculina decepcionava (sendo eliminada ainda na primeira fase, sem nenhuma vitória), a feminina chegava à final contra o Canadá e emocionava o país com uma bela história de superação da sua lateral-direita.
Dois dias antes da semifinal contra o México, Maurine havia recebido a notícia da morte do seu pai. Optou pela permanência na seleção e fez uma excepcional partida, marcando, inclusive, o gol da vitória. A dor virou motivação. Na grande final, fez a parte que lhe cabia: converteu a cobrança na disputa de pênaltis. Mas, infelizmente, viu a goleira Karina LeBlanc defender o chute de Débora.
A garra da gaúcha de Rio Grande atraiu os olhares para o futebol feminino, ainda sem grandes incentivos no Brasil.
E falando em falta de incentivos, com a decisão do Santos de fechar o ‘Sereias da Vila’, a gaúcha de Rio Grande teve que procurar um novo clue. A jogadora, que tem no currículo conquistas de Libertadores, Copa do Brasil, Mundial, Sul-Americano (pela Seleção) e Liga Norte-Americana (pelo New York Flash), fechou com o ADECO. O clube é mantido pela prefeitura de São Paulo e está disputando a Copa do Brasil.
Mulheres + futebol
As mulheres não ocupam o cenário do futebol somente dentro de campo. Muitas jornalistas também rompem padrões e barreiras para que possam ter suas opiniões respeitadas. Exemplos são os mais variados. Sara Carbonero ficou marcada pelo beijo que levou do namorado Casillas na final da Copa do Mundo. Sua beleza e o tal episódio serviram de empurrão e ao mesmo tempo desconfiança quando ao seu potencial. Nada que análises qualificadas sobre o esporte e reportagem na beira do gramado vivenciando o `clima’ não tenham dado um carimbo de qualidade para a repórter. O blog lembra ainda das tantas fisioterapeutas, médicas, árbitras…que dão um novo colorido ao futebol.

O Donas do Campinho tem em suas quatro componentes o objetivo não só de escrever sobre curiosidades fora das quatro linhas. A análise também é parte importante do nosso ideal. Hoje, dia 8 de março, dia da mulher, começa mais uma etapa do blog. Um ano depois, com nova equipe. Para celebrar o aniversário do espaço teremos um bate-papo online com vocês. Esperamos todos às 18h30 aqui mesmo no blog. Um debate sadio sobre futebol. Esse é o objetivo.

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