Belfort desanima sobre revanche contra Wanderlei e cogita Bisping
'Só quero que a minha próxima luta me credencie para o cinturão', afirma
o peso-médio, que revela a possibilidade de subir de categoria no futuro
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Vitor Belfort: Wanderlei Silva não está mais na mira do carioca (Foto: Reprodução/Twitter)
- Na realidade essa é uma luta (contra Wanderlei) que não vai me levar
para o título. Eu até lutaria. Faço a luta que os fãs querem ver. O que o
UFC achar que tem de fazer, tem de ser feito. Não sei quanto tempo ele
vai receber de suspensão médica, porque tomou muitos golpes. Os dois
(Wand e Rich Franklin), na verdade. Acho que ele (Wanderlei) consegue
lutar em outubro. Mas eu só quero que a minha próxima luta me credencie
para o cinturão. Não sei, de repente o Michael Bisping... Só perdi uma
vez recentemente, para o Anderson Silva, e fui bem convincente nas que
eu ganhei. Acho que mereço essa chance pela minha história. Alguns
lutadores ficam: "Ah, o cara que tem o cinturão é meu amigo. Não quero".
Eu quero! - disse, por telefone.
'De repente o Bisping...' (Foto: Divulgação/UFC)
Ao falar sobre os lutadores que costumam escolher adversário, Belfort
enviou uma crítica indireta a Mauricio Shogun, que teria dito ao UFC que
preferia ser demitido a enfrentar o compatriota Glover Teixeira, que
tem apenas uma luta na organização (após a grande repercussão, Shogun negou ter feito essa afirmação).
Durante o comentário, o carioca, que pretende lutar por mais cinco
anos, quando estará com 40 anos, deixou escapar que pensa em subir para
os meio-pesados futuramente:- Não escolho luta. Tem gente que diz que, se botar fulano, prefere ser demitido. Estava até conversando isso com o Dana (White) ontem. Como alguém pode escolher luta? Óbvio que alguns empresários forçam coisas para seus atletas subirem na carreira. Eu quero fazer uma luta que interesse ao público. Já estou no fim da minha carreira, então quero fazer mais uma luta e ir para o cinturão. O Joe Rogan (comentarista do UFC) falou comigo que faz todo o sentido, a não ser que o (Hector) Lombard vença muito bem o (Tim) Boetsch. E o Lorenzo (Fertitta, um dos donos do UFC) me disse que eu iria disputar o título se tivesse ganhado do Wanderlei. Não sei quanto mais tempo vou continuar nessa categoria. Queria fazer mais duas ou três lutas. Se meu corpo não permitir mais essa grande perda de peso, eu subo (para os meio-pesados). Não tenho medo de Jon Jones, de fulano... Não é do meu feitio escolher adversário.
- Adorei a luta. O Wanderlei iria lutar comigo do jeito que lutou contra o Rich. Ele é bem agressivo, tem essa característica. Achei que lutou muito bem, apesar de não ter ganhado, e teve um momento muito bom. A luta entrou para a história. Eu o respeito como atleta, largou seu melhor ali, tanto ele quanto o Rich. A dificuldade do Rich era bem maior, teve três semanas para se preparar para uma luta de cinco rounds. São duas lendas do esporte, fiquei feliz de ver essa luta.
O lutador aproveitou ainda para exaltar o pupilo Cezar Mutante, que se sagrou campeão peso-médio do TUF ao derrotar Serginho Moraes, também elogiado, por decisão unânime dos jurados. De acordo com Vitor, os golpes que acerta no amigo nos treinos têm surtido efeito:
- Fiquei muito orgulhoso do Cezar. Uma coisa que favoreceu o Serginho foi entrar como o cara que não tinha nada a perder. Tiro meu chapéu para o Serginho, foi guerreiro e aguentou os golpes. É logico que o Cezar ficou ameaçado em algum momento, mas eu bato naquele cara direito (risos). Falo para ele: "Se você consegue segurar meus golpes, consegue segurar os golpes de qualquer um". Mas tem sempre o risco. O Serginho golpeou forte, mostrou grande evolução, apesar de não ser um boxeador. Mas é lutador de MMA.
Vitor Belfort e Cezar Mutante após o UFC 147, em Belo Horizonte (Foto: Reprodução/Twitter)
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