domingo, 24 de junho de 2012

Flu embala, Atlético-GO patina: 4 a 1 para os cariocas no Serra Dourada
Tricolor, ainda invicto, alcança a segunda goleada consecutiva e mantém o Dragão na lanterna do Campeonato Brasileiro
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Deco
    O meia do Flu fechou a goleada, batendo pênalti, e cobrou dois escanteios com veneno: um para Gum marcar e outro que resultou em gol contra de Gilson.
  • estatística
    só derrotas
    Hélio dos Anjos assumiu o cargo antes da terceira rodada, quando o Atlético-GO tinha os mesmos dois pontos de agora. Foram quatro derrotas seguidas.
  • homenagem
    uniforme
    O Atlético-GO jogou com o nome Dr. Rômulo Peixoto às costas no uniforme. Foi uma homenagem ao médico do clube que morreu na segunda-feira.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Fluminense foi a campo invicto. E seguiu assim. O Atlético-GO foi a campo sem ter vencido no Brasileiro. E seguiu assim. O duelo da noite deste domingo, no Serra Dourada, manteve o panorama de cariocas e goianos no Campeonato Brasileiro. Os tricolores consolidaram seu bom momento com vitória de 4 a 1 na casa do oponente, que já tem bons motivos para se preocupar com o rebaixamento.
Os visitantes ganharam de virada. Ernandes abriu o placar para o Dragão, mas Samuel, Gum, Gilson, contra, e Deco decretaram a segunda goleada consecutiva do Flu no campeonato - antes, havia feito exatamente 4 a 1 na Portuguesa. Já o Atlético-GO lamenta a quarta derrota seguida.
Wellington Nem, que teve boa atuação, festejou o primeiro gol como profissional de Samuel, que substituiu Fred, ainda em recuperação de dores na parte posterior da coxa direita.
- Fico muito feliz de ter ajudado ele a fazer o gol. Quando a gente estava no aquecimento, falei que ele iria desencantar.
A equipe de Abel Braga sobe para 12 pontos, em quinto lugar - fora do G-4 por culpa dos critérios de desempate, já que tem uma vitória a menos do que o Grêmio. O Atlético-GO é o lanterna pela primeira vez, tomando o lugar que era do Corinthians. Tem apenas dois pontos, conquistados com dois empates nas rodadas iniciais.
- Foram dois tempos distintos. Acredito que no primeiro tempo jogamos bem, mas novamente tivemos uma pane. É difícil até falar nesse momento. Temos que trabalhar - disse o zagueiro Gabriel.
O Fluminense volta a campo no sábado. Às 16h20m, visita o Náutico. No dia seguinte, às 18h30m, o Dragão encara o Flamengo no Engenhão.
gum  atlético-go x fluminense (Foto: Cristiano Borges/Photocamera)Gum comemora após marcar o gol da virada tricolor (Foto: Cristiano Borges/Photocamera)
Virada tricolor
O Atlético-GO, virgem de vitórias no Brasileirão, precisava mais do que ninguém de três pontos. E os teve: por sete minutos. Durou pouco, quase nada, a esperança da torcida do Dragão no Serra Dourada. Um primeiro tempo que deu sinais de vitória terminou com derrota.
As duas equipes passaram os primeiros dez minutos se estudando, trocando olhares, buscando o melhor momento para agir. Do nada, como se ouvisse o badalar de um sino dando largada à partida, o time da casa resolveu atacar. Eron apareceu bem pela esquerda e mandou uma bomba para a área. Gum estava na hora e lugar certos para cortar. Mas o gol não demoraria.
Ele nasceu aos 12 minutos. E foi mais fruto da felicidade de Ernandes do que de uma jogada bem trabalhada. O jogador dominou a bola de longe, fora da área, e resolveu arriscar o chute. A pancada passou feito um míssil por Diego Cavalieri até encontrar a rede. O Dragão estava na frente.
E assim ficou por muito pouco tempo. O Fluminense, visivelmente mais qualificado, mesmo com os desfalques de Fred, Thiago Neves, Rafael Moura, Rafael Sobis, Diguinho e Leandro Euzébio, empatou aos 19 minutos. Jean cruzou da direita, Wellington Nem ganhou de cabeça, o goleiro Márcio defendeu, e Samuel, no rebote, completou.
O empate abalou a estrutura goiana. O Flu ganhou volume de jogo e passou a ganhar o próprio jogo. Em nova jogada aérea, desta vez em cruzamento de Deco, Márcio saiu mal, não encontrou a bola e permitiu que Gum, de cabeça, virasse para a equipe de Abel Braga.
O Atlético não soube reagir. Apesar de estar fora de casa, o Fluminense teve mais posse de bola no primeiro tempo (55% a 45%), o que também resultou em mais chances de gol. Faltou pouco para sair o terceiro. Até um balão de Diego Cavalieri resultou em perigo. Eron e Ernandes foram na bola ao mesmo tempo, bateram cabeça e deixaram tudo nos pés de Wellington Nem. Quando ele acionou Deco para o gol, porém, Ernandes se recuperou.

Goleada

Esteve no joelho de Gilson a prova de que não era um bom domingo para o Atlético-GO. Ainda nos primeiros passos do segundo tempo, Deco bateu escanteio, Anderson não alcançou de cabeça, e o jogador do Dragão viu a bola bater em sua perna, bem na altura do joelho, e entrar. Gol contra: 3 a 1 para o Fluminense.
Restou ao time da casa partir para o ataque. Ricardo Bueno, que foi a campo no intervalo, recebeu em profundidade e mandou o chute com a perna direita, enquanto sentia uma lesão na coxa esquerda. A bola saiu. E o jogador também. Elias entrou no lugar dele.

Foi visível a tranquilidade do Fluminense para segurar a vitória. O Atlético-GO escancarou seus limites técnicos - e ainda perdeu Marino, expulso, nos minutos finais. Durante mais de metade do segundo tempo, quase nada aconteceu nos arredores dos dois gols (excetuado um chute de Danilinho no travessão), mostrando que é animador o crescimento tricolor no Brasileirão - e que é preocupante a situação dos goianos.
Antes de acabar o jogo, o Flu teve tempo de ampliar. Depois de Lanzini fazer o que bem entendesse contra a zaga goiana, Gilson fez pênalti em Marcos Junior. Deco bateu e fez.

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