terça-feira, 2 de outubro de 2012

Jorge Henrique e Sheik ‘somem’ após título e alimentam concorrência

Atacantes ficam fora de metade das partidas depois da Libertadors e abrem espaço para Romarinho e Guerrero sonharem com vaga no Mundial

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
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Jorge Henrique Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)Jorge Henrique perdeu espaço após a Libertadores
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
Tite jura que o "merecimento" vai escalar o Corinthians no Mundial de Clubes, marcado para dezembro, no Japão. Se merecer estiver diretamente ligado à frequência nas partidas do segundo semestre, alguns jogadores podem começar a se preocupar. Titulares do ataque no título da Libertadores, Jorge Henrique e Emerson sofrem para engatar uma sequência e abrem espaço para os concorrentes ganharem força na briga pelas vagas.
Fundamental no esquema tático do treinador que levou o Timão à inédita conquista sul-americana, a dupla praticamente desapareceu na metade final de 2012. Das 21 partidas disputadas após a Libertadores, todas pelo Brasileirão, Jorge Henrique foi a campo apenas em dez. Já Sheik teve condições de ser aproveitado em somente oito.
Os problemas físicos se acumularam neste período. Jorge Henrique não consegue se livrar de uma lesão no músculo adutor da coxa direita. Ele chegou a se ausentar de sete partidas consecutivas. Quando já estava sendo aproveitado no segundo tempo dos últimos duelos, voltou a reclamar de dores no local e não sabe quando voltará.
Emerson também tem dificuldade para manter uma frequência de exibições. Primeiro, lesionou o tornozelo esquerdo e, depois, foi suspenso por seis partidas por ofensas ao árbitro Péricles Bassols em duelo frente ao Atlético-MG. Assim, ficou fora das últimas três partidas e ainda se ausentará diante de Náutico, em Recife, e Flamengo, no Pacaembu.
Enquanto isso, Tite aumenta a competitividade no ataque com jogadores em busca de espaço até o Mundial. Romarinho é o maior exemplo disso. O novo xodó corintiano foi escalado em 20 partidas desde a conquista da Libertadores. Além disso, marcou seis gols no Campeonato Brasileiro (dois na última rodada) e se tornou o artilheiro alvinegro na competição.
– Ele vem evoluindo bastante – resumiu o treinador.
Paolo Guerrero luta contra o tempo para conquistar a confiança do treinador e se firmar. O jogador, porém, teve problemas nos tornozelos e ainda foi chamado algumas vezes para a seleção peruana. Por isso, atuou somente em oito partidas, marcando um gol. Correndo por fora está o argentino Martinez, uma grande aposta de sucesso da diretoria, com 11 atuações.
Emerson no treino do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Emerson não deve ser problema para o Mundial
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Quem será titular no Mundial?
O assunto ainda é um mistério nas entrevistas de Tite. O técnico se recusa a dar qualquer pista sobre a escalação que estreará no torneio no dia 12 de dezembro e garante que o rendimento do elenco no Brasileirão será decisivo para isso. No entanto, dá algumas pistas de como pretende montar o Timão até lá.
Apesar de desconversar, o treinador sempre reconheceu que gostaria de contar com um centroavante, função exercida somente por Guerrero no elenco. O peruano vem sendo muito elogiado pelo treinador e tem grandes chances de ficar com uma das vagas no setor ofensivo no Japão.
Herói do título sul-americano, Emerson também carrega certa preferência. O veterano de 33 anos encanta Tite pelo poder de decisão que possui em partidas difíceis, como aconteceu no mata-mata da Libertadores, quando foi fundamental contra Santos, nas semifinais, e Boca, na decisão – fez três gols em quatro partidas.
Jorge Henrique perdeu espaço pelas ausências, mas tem pontos com o técnico pela função tática que cumpre. Para frear Neymar e depois os argentinos, na Bombonera, o atacante foi usado quase como um lateral-direito, impedindo que Alessandro ficasse desprotegido, algo que Sheik dificilmente faria.
Apesar do bom momento que vive, Romarinho ainda é visto como uma grande alternativa para o segundo tempo. O atacante cresce a cada rodada e já se adaptou à maneira mais intensa de atuar. Com Douglas voltando a jogar bem e Danilo com muito crédito, as chances do garoto diminuem.
– É o campo que vai me mostrar quem vai jogar. Eu fomento a competição entre os atletas. Eles vão competir e procurar espaço dentro de campo. Se jogarão dois armadores, dois jogadores de velocidade ou um pivô é só o campo que vai me dizer – afirmou Tite.
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