quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Com o apoio de Abel, joias de Xerém encorpam o elenco e ajudam no tetra

Nem e Samuel assumem papéis de destaque entre a garotada que subiu da base. Ao todo, 11 jogadores formados no Tricolor participaram da campanha

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
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A torcida do Fluminense sempre mostra orgulho ao falar do Centro de Treinamento de Xerém. E o Campeonato Brasileiro deste ano deu motivos para o sentimento aumentar ainda mais. Contando com o incentivo do técnico Abel Braga e a atenção da diretoria, a fábrica de craques voltou a fazer a diferença e teve participação importante na conquista do tetracampeonato. Se jogadores como Fred, Diego Cavalieri, Gum, Deco e Thiago Neves deram experiência e categoria ao time, nomes como Wellington Nem, Samuel, Marcos Junior, Digão, Wallace, Fábio, Higor, Michael e Matheus Carvalho trouxeram caractetísticas como juventude e velocidade. No total, 11 atletas formados pelo clube entraram em campo durante a campanha - além dos já citados, Elivelton e Rafinha também atuaram. Um número elevado diante de um elenco formado por cerca de 30 jogadores.
fluminense xerém montagem (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Nem, Samuel, Digão e Marcos Junior: destaques do CT de Xerém (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
A aposta nos meninos contou com o apoio irrestrito de Abel. Na equipe titular, Welington Nem foi principal o representante de Xerém. No banco, outras peças importantes se destacaram como o atacante Samuel, autor de cinco gols, o zagueiro Digão, que chegou a ser titular na reta final após uma lesão de Leandro Euzébio, o atacante Marcos Junior, o lateral-direito Wallace e o apoiador Higor, sempre muito elogiado pelo treinador. Sempre que necessário, o comandante requisitava um novo jovem para compor o elenco. Para Nem, a garotada pode se orgulhar de ter ajudado em pelo menos 50% da conquista.
- A garotada ajudou bastante nesse ano. Pode colocar aí uns 50% (risos). Eu, Samuel, Marcos Junior, Fábio, Matheus, Wallace... Todos temos que agradecer ao Abel que chegou e botou a molecada para jogar. Quando eu subi para os profissionais, não era assim. Os técnicos não davam oportunidade. Abel, por outro lado, sempre ajuda, conversa, dá conselhos... Ele é muito importante para a gente, como nós também somos para o elenco. Os mais velhos sempre brincam, dão apoio, colocam apelidos, zoam na primeira ida para a concentração... Temos que subir na mesa, fazer discurso. Mas é legal. Deixa a garotada mais solta - explicou Wellington Nem, titular da equipe e vice-artilheiro do Fluminense no Brasileiro com seis gols.
Segundo as palavras do presidente Peter Siemsen, jogar em Xerém hoje voltou a ser o sonho de muitos meninos.
- Abel teve a condição de encontrar na base jogadores já prontos para ajudar e capazes de suportar bem a pressão. A organização do clube contribui com a adaptação dos jovens e melhora o nível do elenco. Isso nos ajuda também na captação de jovens talentos. Hoje todos querem vir para o Fluminense - frisou o mandatário.
reforma xerém fluminense (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)CT de Xerém passou por melhorias a partir de 2011
(Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
Depois de revelar boas promessas no início dos anos 2000, casos de Roger, Carlos Alberto, Diego Souza, Arouca e Marcelo, Xerém passou por uma entressafra. Quando a atual diretoria assumiu, encontrou o CT em péssimo estado. Usando o percentual de alguns jogadores como permuta, o Fluminense deu início às obras ainda em 2011. Os novos alojamentos e dois campos já estão prontos. Outros dois seguem em obras. Cuidados que aos poucos começam a refletir dentro de campo. O investimento em infraestrutura aliado a um projeto de prospecção de talentos levou a equipe de juniores à final de quase todas as principais competições recentemente.
- O trabalho na base é muito importante para o jogador em muitos pontos. Quando chegamos ao profissional, muitas coisas acontecem e precisamos desse aprendizado para que o trabalho seja bem desenvolvido. Aprendi muitas coisas em Xerém que me ajudaram nesse Brasileirão - resumiu o atacante Samuel, autor de cinco gols na competição.
Com os holofotes virados para Xerém diante do bom desempenho dos meninos tricolores, algumas propostas surgiram durante a temporada. Os principais alvos foram os atacante Wellington Nem e Marcos Junior, além do lateral-direito Wallace, que já tinha 40% de seus direitos econômicos ligados ao Chelsea e recentemente foi vendido de forma definitiva. De acordo com Peter, o esforço para manter as revelações foi enorme.
- Foi difícil. O Fluminense não tem uma situação financeira tranquila, e recebemos algumas propostas. Quano assumi, sabia das dificuldades que teria graças a algumas dívidas antigas. Elas atrapalham nos piores momentos. Por isso classifico como um esforço enorme o que fizemos para evitar vender jogadores como Wellington Nem e Marcos Junior - finalizou o mandatário.

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