sábado, 7 de setembro de 2013

Há dois anos sem jogar, Baiano se diz pronto para prova de fogo: 'Vamos lá'

Sem atuar em partida oficial desde a final do sul-americano sub-15 em 2011, volante enfrenta Atlético-PR em primeira chance no profissional

Por Rio de Janeiro
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Baiano e Fillipe Soutto treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Baiano (dir.) será titular pela primeira vez no Vasco;
Soutto (esq.) é opção (Foto: Marcelo Sadio / Vasco)
Baiano não jogou ainda como profissional do Vasco. Aliás, nem pelo Vasco nem por nenhum outro time. A chance do garoto de 21 anos, que assumiu o "gato" - adulteração de nascimento e identidade - de quatro anos e permaneceu no clube, chega quase duas temporadas depois de disputar a última partida oficial da carreira, que foi no Sul-Americano de 2011, no Uruguai, quando o Brasil foi campeão. Hoje, depois de tudo que passou, a suspensão de Abuda o coloca na equipe que enfrenta o Atlético-PR, vice-líder do Campeonato Brasileiro, neste domingo, às18h30m, em São Januário, para confirmar a reabilitação cruz-maltina
O técnico Dorival Júnior cogitava escalar Fillipe Soutto, mais leve e mais ofensivo, porém treinou com Baiano neste sábado, que deve ser a tendência. Antes, foram seis oportunidades de compor o banco, muitos treinos coletivos e alguns jogos-treinos, ora como zagueiro, ora como volante, posição de origem. Até a primeira chance, enfim, bater na porta.
- Estou preparado e à disposição do treinador. Se ele decidir me colocar em campo, vamos lá - disse Baiano, no desembarque do Vasco, antes de saber que o técnico já estava decidido pela sua oportunidade no Vasco.
Com personalidade, o jogador lembrou da dificuldade da estreia, contra um adversário que está invicto há 11 partidas e na ponta, mas não se intimida com o desafio. Também pudera. Estrear como profissional do Vasco já é uma vitória pessoal para Fabrício Baiano. Ele esteve próximo de deixar o clube no ano passado, quando assumiu um "gato" (adulteração de documento de identidade) de quatro anos, após ser campeão sul-americano sub-15 pela seleção brasileira como Heitor Bispo dos Santos.
Perdoado e com a situação regularizada, o jogador treinou entre os juniores, mas logo sofreu uma grave lesão. Depois de seis meses parado e com a idade estourada para ficar na base, ele passou a treinar entre os profissionais com o técnico Paulo Autuori, que jamais o utilizou. Agora, com Dorival, a primeira chance finalmente aparece.
Fabrício Baiano Vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Paulo Autuori abriu espaço para Baiano, mas a chance não surgiu (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
- O Atlético tem um time muito bom, mas não é imbatível. O Vasco venceu a última partida e somos um time de superação. Fizemos um primeiro tempo mais ou menos contra o Náutico, mas depois acordamos - disse o garoto de 21 anos.
Lesões e suspensão ajudam
Baiano é o único primeiro volante de ofício à disposição para o jogo contra o Atlético-PR. Além de Abuda, suspenso, o técnico Dorival Júnior não conta com Guiñazu e Sandro Silva, ambos machucados. O argentino deve retornar apenas no fim da temporada e o segundo atualmente faz trabalho de fisioterapia com bola, se aproximando da volta. Além disso, para o setor, Fellipe Bastos foi emprestado para a Ponte Preta nesta semana.
Os companheiros mais experientes tentam passar força para o garoto. Cris e Juninho, principalmente. O lateral Fagner, jovem, porém mais rodado, disse que o garoto pode sentir a falta de ritmo de jogo, mas que vai se adaptar ao longo da partida.
- Baiano é um garoto que está subindo agora, está tímido ainda, o que é normal. Vai ser um pouco complicado no início pelo ritmo de jogo, que sente mesmo, o tempo de bola, mas tenho certeza que vai ajudar a gente bastante - apostou o lateral vascaíno.

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