Muhammad Ali era espionado nos EUA por críticas à Guerra do Vietnã
Ex-campeão mundial de boxe fez parte de lista de suspeitos, ao lado de Martin Luther King, que tinham suas conversas telefônicas ouvidas pela NSA
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Muhammad Ali com Malcolm X: críticas à Guerra do
Vietnã e espionagem da NSA (Foto: AP)
O ex-boxeador Muhammad Ali
fez parte de uma relação de pessoas que foram espionadas pela Agência
de Segurança Nacional (NSA) por criticas à Guerra do Vietnã, revelam
documentos divulgados na quarta-feira. Então campeão mundial dos pesos
pesados, Ali foi preso após se recusar a servir ao Exército para lutar
no Vietnã. Também perdeu o seu título, além de ter sido banido dos
combates.Vietnã e espionagem da NSA (Foto: AP)
Além de Ali, o líder negro dos direitos civis Martin Luther King, senadores e jornalistas fizeram parte do programa 'Minarete', que durou de 1967 a 1973, monitorando conversas telefônicas de suspeitos. A existência do programa já era conhecida, mas só agora os nomes das 1.650 pessoas investigadas foram revelados.
O programa foi uma determinação do presidente Lyndon Johnson, preocupado com o crescimento da oposição doméstica à guerra. Os serviços de inteligência verificavam se os protestos eram estimulados por países estrangeiros. Dessa forma, a NSA elaborou, junto a outros organismos de inteligência, uma lista de críticos à guerra.
Segundo os pesquisadores Matthew Aid e William Burr, os abusos de espionagem durante a Guerra do Vietnã superaram amplamente os atuais excessos da NSA denunciados pelo ex-consultor da agência, Edward Snowden.
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