terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Muñoz admite dificuldade de 'virar
a chave' e lutar com o amigo Lyoto

Americano foi nocauteado pelo brasileiro em apenas 3m10s em outubro

Por Rio de Janeiro
9 comentários
A luta entre Lyoto Machida e Mark Muñoz foi bastante diferente para os dois lutadores. A começar pela negociação do duelo. Amigos, eles treinaram juntos em meados de setembro e depois ficaram sabendo, no dia 27 do mesmo mês, que iriam se enfrentar na luta principal do evento do Ultimate em Manchester, na Inglaterra.
ufc Mark Munoz; e Lyoto Machida (Foto: Agência Getty Images)Lyoto Machida acerta chute alto em Mark Muñoz (Foto: Agência Getty Images)
Foi um mês de preparação, e então chegou o dia do confronto. A marcação da luta não diminuiu a amizade, e eles até fizeram uma aposta: quem vencesse pagaria um jantar ao derrotado. Deu Lyoto Machida por nocaute no dia de um dos principais momentos de fair play do UFC em 2013. O brasileiro acertou um potente chute que levou o americano a nocaute e depois evitou acertar mais golpes quando viu Muñoz já apagado - a maioria dos lutadores, temendo a recuperação repentina do rival, continuam batendo até a interrupção do árbitro.
- Foi muito difícil. Aprendi muito com o processo. Só tenho de ser capaz de virar a chave. Eu disse a muitos de nossos atletas: "Quando você chegar lá, tem que virar a chave. Se é um amigo ou não, você tem que superar". Outra coisa diferente para mim foi ver meus treinadores no seu córner. Mas o fato é que ele (Lyoto) ganhou. Conseguiu o chute. Três derrotas minhas foram com chutes. Tenho que aprender com isso. Tenho que ser capaz de lidar com isso e seguir em frente - disse Muñoz à "Fight! Magazine".
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Lyoto Machida e Mark Muñoz jantam após luta (Foto: Reprodução/Instagram)Aposta paga: Lyoto Machida e Mark Muñoz jantam após luta (Foto: Reprodução/Instagram)
E caso aconteça uma nova luta com outro amigo, o americano vai saber como agir na ocasião. A história com Lyoto Machida fez com ele anotasse a receita para se sair bem em uma próxima oportunidade parecida.
- Agora que fiz isso, que estive lá, sei o que preciso trabalhar. Não é tanto a parte física, é tudo mental. Foi muito difícil lutar contra alguém que eu estava treinando apenas duas semanas antes. Foi muito difícil apenas imaginar o rosto de outra pessoa nele. Não sou um cara que vai estrangular alguém ou simplesmente finalizar. Eu causo muitos danos nas pessoas, isso é o que faço. Não sou chamado de "Máquina de Demolição" por nada - declarou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário