sábado, 29 de novembro de 2014

De volta à raiz: Vitor Miranda quer mostrar trocação que faltou na estreia

Finalista do TUF Brasil 3 foi dominado na decisão do reality show contra Antônio Carlos Cara de Sapato mesmo em pé, que é a sua especialidade

Por Rio de Janeiro
Quando Vitor Miranda conseguiu a vaga na final do TUF Brasil 3, para enfrentar Antônio Carlos Cara de Sapato, o cenário parecia claro: em pé, o favoritismo era do atleta da Team Nogueira, especialista em muay thai, no chão, a vantagem seria do lutador da Nova União, campeão mundial de jiu-jítsu. Todavia, o que se viu no dia 31 de maio, em São Paulo, quando os dois fizeram suas estreias pelo Ultimate, foi domínio total de Cara de Sapato em todas as áreas. Ciente de que deixou a desejar, Vitor disse ter treinado pouco sua trocação na ocasião, mas corrigiu os problemas para o combate do dia 20 de dezembro, em Barueri, no UFC: Machida x Dollaway, quando enfrentará Jake Collier, campeão do RFA.
- Eu fiquei muito preocupado com essa questão do chão, treinei muito chão, muita defesa e acabou que na luta só me defendi. Negligenciei um pouco a parte em pé, achei que minha parte em pé sairia naturalmente, mas não saiu. Tinha que ter treinado mais e corrigi isso para essa luta. Foi uma questão estratégica, não foi nem psicológica. Eu estava bem tranquilo. Escolhi uma estratégia que não deu certo, tentei mudar um pouco meu estilo de luta, mas não funcionou. Agora estou voltando à raiz, ao que sei fazer de melhor, indo pra frente e tenho certeza que vai ser uma luta bem melhor. Estou treinando muito em pé para impor meu jogo - afirmou, em entrevista ao Combate.com.
Vitor Miranda MMA (Foto: Raphael Marinho)Vitor Miranda enfrenta Jake Collier no dia 20 de dezembro (Foto: Raphael Marinho)
Collier tem 26 anos, nove a menos que Vitor Miranda, e possui um cartel de oito vitórias e uma derrota. São quatro nocautes e três finalizações. O brasileiro sabe que o rival é completo, mas acredita que a sua experiência pode ser um fator importante para conseguir impor seu jogo em pé e sair com o triunfo.
- Ele é um lutador novo, que acabou de ganhar o cinturão de um evento internacional e está fazendo a estreia dele no UFC agora. Está no mesmo barco que eu, já que nós dois faremos a luta de estreia do contrato no UFC. O Collier é um cara que faz tudo bem, luta em pé, tem nocaute, finalização, então tenho que estar preparado para todas as áreas. Pode ser que ele tente evitar a trocação, mas como é um cara alto, acho que ele vai querer trocar um pouco em pé. Se ele considerar minha última luta, talvez queira me anular no chão, mas ele não tem o nível que o Sapato teve para me anular. Além disso, evoluí muito, então ele não vai ter jogo para me anular no chão e vai ter que brigar em pé comigo. Acho que o fato de ele fazer a primeira luta no UFC pode me ajudar. Apesar de eu ser estreante sob contrato, já entrei no octógono, já senti o público, e ele vai estar no meu país, com a torcida contra, então tenho tudo a meu favor para essa luta - analisou.
Confiante na preparação para a luta em Barueri, Vitor Miranda descartou que a pressão de ter que vencer possa lhe atrapalhar e acredita que o medo de perder foi um problema quando enfrentou Cara de Sapato.
- A preparação está sendo show. Estou treinando bastante, melhorando muito, me sentindo em evolução a cada treino e, nessa luta, meu desempenho será muito melhor do que na final do TUF. Eu não estou com essa pressão de ter que ganhar, porque na final eu fui com medo de perder e é aí que a gente perde e não se solta. Desta vez não tenho medo de perder. Estou preocupado em fazer meu jogo, soltar o que treinei, mostrar minha qualidade e a vitória será consequência - finalizou.

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