segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Frank Mir revela dica dada pelo pai para reencontrar vitória no UFC

Após nocautear Antônio Pezão em Porto Alegre, peso-pesado americano afirma ter buscado inspiração em ícones do boxe que têm no jab uma de suas principais armas

Por Porto Alegre
Frank Mir abre possibilidade de combate com Minotauro (Foto: Marcelo Barone)Frank Mir revela conselho do pai para vencer Pezão 
no UFC Porto Alegre (Foto: Marcelo Barone)
Se o jab é um golpe tão eficiente no boxe, qual a razão de não funcionar no MMA? Então, que o seja utilizado. Este foi o conselho recebido de Frank Mir por seu pai. E foi assim que saiu com a vitória por nocaute no primeiro round sobre Antônio Pezão no UFC Porto Alegre, na última madrugada.
O americano entrou no octógono pressionado. Afinal, vinha de quatro derrotas consecutivas. Só que, mesmo com a torcida a favor do brasileiro, não tomou conhecimento do oponente. Desferiu um jab e um cruzado em Pezão que o derrubaram. Depois, completou com golpes no chão até o árbitro Mário Yamasaki interromper o combate
O longo hiato de quase três anos e meio sem ter o braço erguido - a última vez ocorrera em 2011, quando finalizou Minotauro no UFC 140 - fez o lutador se reinventar. Muito pelas conversas que teve com seu pai, que é cubano de origem - o país caribenho é conhecido por ser uma das mecas do boxe. A conversa serviu como um momento de reflexão e estudos. Mir buscou lutas nas quais o jab fez diferença e se inspirou em grandes boxers para se recuperar.
Antônio Pezão x Frank Mir, UFC (Foto: Wander Roberto / Inovafoto)Mir nocauteou Pezão ainda no primeiro round em Porto Alegre (Foto: Wander Roberto / Inovafoto)
- É um Frank Mir reinventado. Meu pai é cubano e mandava eu usar o jab.  Ele disse que eu não estava fazendo. Olhamos então muitas fitas. Um cara com um jab muito como de (Oscar) De La Hoya. Joe Louis acha que é o melhor nisso. (Muhammad) Ali era muito bom também. Acho que o jab no MMA é subestimado. Cigano é um dos melhores e tem um jab muito bom.
A lista de conselhos não se restringiu ao golpe. Mir permaneceu mais de um ano sem lutar. Sua última vez no octógono havia ocorrido em fevereiro de 2014, quando acabou superado por Alistair Overeem. O período negativo o fez ouvir que precisava pensar em outras coisas, e não apenas em subir em um ringue:
- Mandaram eu tirar um tempo de descanso.  Eu segui os conselhos, trabalhei meu psicológico e o físico. Em poucos meses, me sentia muito bem, voltei a treinar com meus parceiros, voltei ao boxe.
A estratégia surtiu efeito. Empolgado com o desempenho, Mir declarou que o céu é o limite e pode enfrentar qualquer nome da categoria, embora tenha dito que uma nova luta com Minotauro é vista com bons olhos (ele venceu as duas vezes anteriores).

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