segunda-feira, 25 de maio de 2015

Treinador celebra mata-leão que deu o cinturão dos meio-pesados a Cormier

Responsável pelo jiu-jítsu da AKA, Leandro Vieira fala do trabalho diário com "DC", que é faixa-marrom: "Foi a segunda vitória dele por finalização no UFC", diz

Por Direto de Las Vegas
Daniel Cormier e Leandro Vieira (Foto: Reprodução / Facebook)Daniel Cormier e Leandro Vieira (Foto: Reprodução / Facebook)
Treinador de jiu-jítsu da AKA (American Kickboxing Academy), o brasileiro Leandro Vieira era só sorrisos depois que Daniel Cormierconquistou o cinturão peso-meio-pesado do Ultimate com um mata-leão sobre Anthony JohnsonA finalização veio aos 2m39s do terceiro round da luta principal do UFC 187 e foi a segunda da carreira de "DC":
- Para mim é uma sensação muito bacana. Estou há três anos na AKA e é um trabalho diário que eu faço com todos os atletas. Foram três anos para começar a sair um trabalho bacana na luta, mas eu devo isso ao time, à minha equipe, ao Marcus Buchecha, que é um cara que sempre vem ajudar a gente e é uma peça muito importante no treinamento no jiu-jítsu da AKA. Também tenho que agradecer o meu irmão, Leo Vieira, e o Lucas Leite. Aos poucos a gente via o resultado aparecendo durante o treino e, graças a Deus, aconteceu mais uma vez de o "DC" finalizar um adversário dentro do octógono. Foi a segunda vitória dele por finalização no Ultimate. A primeira vez foi contra o Dan Henderson, no UFC 173, e agora foi contra o Anthony Johnson - declarou em entrevista ao Combate.com após o duelo.
Antes da comemoração, no entanto, Cormier chegou a pregar um susto em seu córner. Aos 30 segundos do primeiro round, Anthony Johnson acertou um overhand de direita que conectou em cheio no rosto de "DC". O atleta da AKA cambaleou, mas absorveu bem o golpe, conseguindo levar a luta para o chão, sua especialidade.
- A gente esperava uma luta dura. O Anthony Johnson é um cara que luta para frente e a gente sabia que a pegada ia ser forte, que ele ia vir muito agressivo e ele conseguiu, já no começo da luta, conectar alguns bons golpes e isso nos deixou um pouco preocupados. Porém, o DC falou depois que ele sentiu os golpes, mas que em nenhum momento ele sentiu o knockdown.  Ele estava bem na luta e estava acompanhando tudo ainda e isso mostrou que ele está preparado, que ele aguenta esse tranco dos golpes pesados. O decorrer da luta continuou dentro dos nossos planos, que era grudar, encurtar a distância procurando a queda e, com a queda, ir minando o adversário no solo até que uma hora o Johnson ia entregar e foi o que aconteceu.
Leandrinho foi bastante criticado no passado, quando deu a faixa marrom ao agora campeão peso-meio-pesado do Ultimate, sem que o lutador passasse pela faixa branca. As críticas, no entanto, não abalaram o seu trabalho com o pupilo, que tem se esforçado bastante para aprender mais sobre a arte suave:
- Acho que tudo tem o seu tempo. A minha graduação sempre foi baseada em competição, nunca foi por tempo de faixa. Eu não seguro ninguém em faixa nenhuma. O Cormier é um atleta olímpico, foi seis ou sete vezes campeão nacional de wrestling, participou de duas Olimpíadas. O wrestling e o jiu-jítsu fazem parte da mesma modalidade, que é a luta agarrada, assim como o judô. Quando você já pratica uma dessas modalidades e tem experiência no tatame, é mais fácil evoluir. Não é certo ele acompanhar o tempo de um atleta normal para trocar de faixa, porque ele tem experiência e noção de chão. Ele tem nível de faixa marrom, isso foi avaliado antes dele se graduar. Agora, para ganhar a preta, claro que ele vai ter que trabalhar duro, aprender mais sobre o jiu-jítsu e evoluir bastante - finalizou.

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