domingo, 19 de julho de 2015

Fernando Prass e Ricardo Oliveira trocam acusações após o clássico

Goleiro do Palmeiras e atacante do Santos se envolvem em confusão na segunda etapa e também no fim da partida. Verdão vence o Peixe por 1 a 0

Por São Paulo

O Santos pressionava o Palmeiras no fim do clássico deste domingo quando dois dos atletas mais experientes que estavam em campo na arena se envolveram em confusão. Depois de uma disputa de bola, Fernando Prass e Ricardo Oliveira discutiram de forma ríspida por alguns minutos antes de uma cobrança de escanteio. O Verdão acabou vencendo por 1 a 0, pulando para a sexta colocação, enquanto o Peixe sofre na 17ª, na zona do rebaixamento.
Um soco sem bola não faz parte (do jogo), isso não é de um jogador profissional
Fernando Prass
O primeiro a dar sua versão do caso foi Prass, que disse ter sido agredido pelo santista. O atacante do Peixe negou o fato.
– Eu sou um cara muito tranquilo, para me tirar do sério é difícil. Catimba, jogo de corpo, uma chegada mais forte, faz parte do jogo. Um soco sem bola não faz parte, isso não é de um jogador profissional. Num lance em que eu me antecipei e tirei a bola, ele passou por mim e me deu um soco nas costas. As imagens com certeza estão aí. Espero que analisem essas imagens – afirmou o palmeirense.

 Ele faz uma acusação, mas não procede, porque ele deu em mim sem bola primeiro
Ricardo Oliveira
– Depois vai dar para ver nas imagens. Eu disputo uma bola com ele e nem toco nele. E ele solta o braço em mim por trás. Estava sem bola. Na sequência eu trombei mesmo. São disputas do jogo que precisamos fazer uma avaliação. Ele faz uma acusação, mas não procede, porque ele deu em mim sem bola primeiro. Falei que se ele quisesse disputar um jogo normal íamos disputar um jogo normal. Só que dentro do campo temos de nos respeitar. Ele não me respeitou. Devolvi sem soco, ele reclamou – disse o santista.
frame Fernando Prass e Ricardo Oliveira (Foto: Reprodução)Fernando Prass e Ricardo Oliveira se desentendem durante o segundo tempo (Foto: Reprodução)
Depois do apito final, os dois se estranharam na saída de campo novamente. Quando Ricardo Oliveira conversava com jornalistas, Prass teria pisado no santista. Na zona mista, separados por poucos metros, os dois trocaram mais acusações.
Se eu visse que era ele ali, eu não teria esbarrado, teria feito coisa pior. Graças a Deus, não vi que era ele
Fernando Prass
– Se eu visse que era ele ali, eu não teria esbarrado, teria feito coisa pior. Graças a Deus, não vi que era ele. Ainda bem que ficamos no meio de campo, cumprimentando a torcida, deu para esfriar um pouco a cabeça – afirmou Prass.
– Eu tive um livramento, então (risos). Senão poderia ir para o hospital. Ainda bem. Graças a Deus vou poder chegar em casa (risos). Foi um pisão, ele não viu, acho que não está enxergando direito. Faz parte – ironizou Ricardo Oliveira.

Ao ser questionado sobre o clima do clássico contra o Palmeiras, o atacante do Peixe provocou e disse que tal manifestação do rival pode ter sido motivado por algum ressentimento. Na final do Paulistão, o Santos levou a melhor nas cobranças de pênaltis e foi campeão.
Ele foi desleal e dei um chega pra lá para falar que na bola a gente joga, mas, se em alguns momentos quiser provocar, saiba que também vai ter provocação
Ricardo Oliveira
– Acho que foi a rivalidade. É normal. Pode ser um ressentimento da final. Da cavadinha. Pode ser, sim. Até o lance não tinha nada. Situação um pouco diferente do que estamos acostumados a ver no futebol – disse o santista.
– Acho que ele quis ser mais homem, quis demonstrar isso. Mas ele não vai ser. Meu jogo é 100%. Vou brigar com o zagueiro, vou empurrar, eles vão me empurrar, vou brigar, pedir falta. A minha camisa eu vou defender com muita hombridade, com respeito e sempre visando bola. Ele foi desleal e dei um chega pra lá para falar que na bola a gente joga, mas, se em alguns momentos quiser provocar, saiba que também vai ter provocação – completou Oliveira.
No bate-papo com jornalistas, Prass foi incentivado a cumprimentar Ricardo Oliveira, que também falava com a imprensa ao seu lado. O goleiro recusou.
– Eu não tenho motivo nenhum para cumprimentar. Não tem essa de nervoso. Foi uma agressão sem bola, isso é desleal.

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