quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Dunga vê mais acertos do que erros
e destaca peso de Hulk na Seleção

Treinador diz que trabalho de observação para convocações tem sido importante
e ressalta a necessidade de ter atacante do Zenit para suportar trancos dos rivais

Por Boston, EUA


Dunga entrevista seleção brasileira Estados Unidos (Foto: João Ramalho)Dunga no hotel da seleção brasileira nos EUA: satisfeito com resultados (Foto: João Ramalho)
Foram 49 jogadores convocados de agosto de 2014 para cá. Desses, 39 entraram em campo e tiveram a oportunidade de vestir a camisa da seleção brasileira. Agora, no próximo dia 17, o técnico Dunga vai definir os 23 que vão disputar os dois primeiros jogos das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2018, contra o Chile, no dia 8 de outubro, em Santiago, e diante da Venezuela, no dia 13, em Fortaleza. Na opinião do comandante da equipe nacional, a comissão técnica foi bem nas escolhas feitas até aqui.
- O que mais nos dá prazer e alegria é saber que nós temos acertado mais do que errado na escolha dos jogadores. Trouxemos esses jogadores em cima do trabalho que eles fizeram nos clubes e na observação dos nossos scouts (olheiros). Precisamos de jogadores com essa atitude, com essa forma de jogar, valorizando a criatividade, o drible e a velocidade. O futebol moderno precisa disso.
Nomes como Douglas Costa, Marquinhos, Fabinho e Rafinha mereceram elogios do comandante. Os três últimos, inclusive, têm idade olímpica.
- Estamos contentes com os jogadores que estamos trazendo. O Marquinhos, o Rafael, são jogadores com idade olímpica que entraram e deram uma boa resposta – analisou o treinador da Seleção.
Dunga durante o jogo da Costa Rica (Foto: Leo Correa / MoWA Press)Dunga com Rafinha: elogios à boa resposta dos jogadores com idade para Olimpíadas (Foto: Leo Correa / MoWA Press)
Dunga afirmou ainda que tem uma base da Seleção que será chamada para os dois compromissos de outubro. Porém, o treinador quer esperar a sequência dos atletas nos clubes para saber se poderá contar com todos os atletas.
- Temos que esperar a questão dos clubes. Pode ter uma lesão. Temos uma base montada na cabeça. Alguns vieram para criar dúvidas na cabeça. Problema bom que todo treinador gosta de ter em suas equipes. Jogadores que entram em campo e dão a resposta. Isso faz com que o treinador pense que tem mais opções.
Certo mesmo é que, por enquanto, Dunga não poderá contar com Neymar nos dois primeiros jogos da Seleção nas eliminatórias. O jogador ainda terá que cumprir dois jogos de suspensão impostos pela Conmebol por expulsão na Copa América. A CBF recorreu ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) e agora aguarda um posicionamento oficial do órgão, na Suíça.
Se Neymar é desfalque quase certo, Dunga ganhou uma nova arma. Trata-se de Hulk, do Zenit. Atuando de centroavante, o jogador foi bem nos amistosos, marcando em duas oportunidades. Para as eliminatórias, pelo discurso do comandante, o jogador deverá ser titular diante do Chile e da Venezuela.
- Ele jogava no Porto nessa função e agora na Rússia. Tínhamos atacantes rápidos, mais ligeiros, e precisávamos de um jogador de mais peso. Nas eliminatórias, o contato físico será importante. Precisávamos de um jogador com porte físico que suportasse mais a carga dos adversários. Por isso, nós colocamos o Hulk nessa função – explicou Dunga (assista aos gols de Hulk nos dois amistosos nos vídeos abaixo).


No domingo, a partir de 11h (de Brasília), o Esporte Espetacular vai apresentar o restante da entrevista com o treinador da seleção brasileira.

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