quinta-feira, 28 de abril de 2016

Técnico defende Jon Jones de críticas e diz: "Ele também não ficou satisfeito"

Escalado para afiar o jiu-jítsu do americano, Roberto Tussa aposta em desempenho melhor do pupilo contra Daniel Cormier: "Pela questão pessoal, quer liquidar a luta"

Por Rio de Janeiro
Roberto Tussa e Jon Jones (Foto: Arquivo Pessoal)Roberto Tussa e Jon Jones: técnico aposta em finalização 
do americano contra Daniel Cormier (Foto: Arquivo Pessoal)
A performance de Jon Jones em sua volta ao octógono após um ano e três meses foi aquém das expectativas. O lutador, quevenceu a disputa de cinturão interino contra Ovince St-Preux, no UFC 197, no último sábado, construiu o resultado com um desempenho seguro, contudo, sem o habitual brilhantismo.

Responsável por apurar o jiu-jítsu de "Bones", Roberto Tussa defende o americano, em entrevista ao Combate.com. O brasileiro não acredita que o período de inatividade e a mudança repentina de adversário tenham influenciado tanto na performance, e sim, as características do haitiano.

- Ele estava há um bom tempo sem lutar, mas não acho que o problema tenha sido esse, nem a troca de oponente, uma coisa que pouco acontece com ele. A questão é que o adversário dele trabalhou 80% da luta com a base trocada, foi de canhoto para destro. Isso complicou na hora, mudou um pouco a cabeça do Jones. O Jon Jones ficou conservador com os diretos e cruzados, porque o St-Preux tem muitos nocautes no contra-golpe, foi assim que pegou o Shogun e o Cummins. O Jon Jones queria só passar dessa luta. Ficou confortável trocando e ganhou round a round. Foi uma luta de domínio total. A expectativa é sempre grande quando ele luta e, com certeza, ele não a alcançou. Ele não ficou satisfeito, falou isso quando saiu da luta.
Tussa também joga uma parcela da luta para St-Preux, que, segundo ele, não contribuiu para tornar o confronto mais agitado.
- O St-Preux não estava puxando a luta para ganhar, estava querendo fazer uma boa apresentação apenas. Foi o que pareceu. Quando um não quer lutar, fica difícil. O Jon Jones tinha muito a perder se decidisse se arriscar tanto. Se fosse contra o Cormier, ele iria puxar o ritmo. Mesmo assim, no final do quarto round, quase finalizou. Não foi excelente, mas foi uma boa performance.
Na manhã de quarta-feira, o UFC anunciou que Jon Jones, campeão interino do peso-meio-pesado, enfrentará Daniel Cormier, dono do cinturão linear, no UFC 200, dia 9 de julho, em Las Vegas. E, na opinião de Tussa, o lutador da academia Jackson-Wink não deixará o resultado nas mãos dos jurados.

- Ele vai dar um gás a mais contra o Cormier. Pela questão pessoal, quer liquidar a luta. Ele está pronto em todas as áreas e essa é a ideia dele. Por isso ele me procurou para treinar mais jiu-jítsu. Hoje em dia está mais confortável. Trabalhamos o chão até quatro vezes por semana e temos mais dez para melhorar o que está bom. Temos o plano traçado, pois a luta ia acontecer no UFC 197. Não tem novidade, não tem o que mudar. É intensificar e não adicionar, tomando cuidado para não sofrer nenhuma lesão. Como todo lutador, o Jon Jones não quer deixar para os jurados, então, aposto em uma vitória dele por finalização no terceiro round.
UFC 200
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Jon Jones
Peso-pena: José Aldo x Frankie Edgar
Peso-galo: Miesha Tate x Amanda Nunes
Peso-pesado: Cain Velásquez x Travis Browne
Peso-meio-médio: Nate Diaz x adversário indefinido
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Kelvin Gastelum
Peso-galo: Cat Zingano x Julianna Peña
Peso-leve: Joe Lauzon x Diego Sanchez
Peso-leve: Takanori Gomi x Jim Miller
Peso-médio: Gegard Mousasi x Derek Brunson
Peso-leve: Sage Northcutt x Enrique Marin

Nenhum comentário:

Postar um comentário