domingo, 14 de agosto de 2016

Ministro do esporte minimiza assalto a Lochte: "Fora do local de competição"

Presenta à solenidade em homenagem aos israelenses assassinados nos Jogos de 1972, Leonardo Picciani diz que segurança dos Jogos é "absolutamente eficiente"

Por Rio de Janeiro
Ministro do Esporte Leonardo Picciani (Foto: Roberto Castro / ME)Ministro do Esporte, Leonardo Picciani (Foto: Roberto Castro / ME)
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, afirmou neste domingo, durante solenidade para homenagear as vítimas do atentado terrorista nos Jogos de Munique, em 1972, que não pode medir a eficiência da segurança na Rio 2016 por um fato "fora dos locais de competição, fora do momento apropriado". Ele se referia ao assalto aos quatro atletas americanos, entre eles o nadador Ryan Lochte, que foram abordados por criminosos armados enquanto estavam em um táxi, na madrugada deste domingo. Segundo Picciani, a segurança da Olimpíada no Rio de Janeiro é "absolutamente eficiente", apesar das falhas iniciais na revista pessoal e de bolsas, das fotografias postadas pela delegação chinesa presenciando pessoas se escondendo de tiroteio em via expressa e do ataque ao ônibus de jornalistas que chegava ao centro de mídia ao lado do Parque Olímpico, vindo das instalações em Deodoro.

- A segurança nos Jogos tem ocorrido de forma absolutamente eficiente. As delegações, os atletas participaram de competições sem nenhum tipo de problema, quem comprou ingresso está indo sem nenhum tipo de problema. Nós não podemos medir por um ou outro fato que tenha ocorrido fora dos locais de competição, fora do momento apropriado. Certamente nenhum atleta teve problema nos seus locais de competição, na sua rotina de treino, no seu convívio na Vila Olímpico.

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Picciani analisou o desempenho brasileiro na Olimpíada. A meta do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é de colocar o país entre os 10 primeiros no quadro de medalhas. O ministro foi comedido ao comentar se será possível atingir esse objetivo. No momento da entrevista, o Brasil ocupava a 23ª posição no quadro, com seis medalhas.

- Essa era uma meta estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro, acho que ainda é possível, mas vamos aguardar os resultados da Olimpíada. Esporte não é matemática, não tem como ter uma conta exata. Mas acho que o Brasil ainda terá muito sucesso nas provas que estão por vir. 

Ele também afirmou que muitos dos resultados representam uma evolução do esporte no país, e disse que em diversos casos, apesar de os atletas não terem conquistado medalhas, o Brasil fez sua melhor participação até então:

- O Brasil faz uma grande participação. As medalhas estão vindo. Já temos mais uma no boxe, só precisamos saber a cor. Até o fim da Olimpíada, teremos outras. Mas independentemente das medalhas, o Brasil fez sua melhor participação em várias modalidades que não são tradição. Foi a melhor participação na história na esgrima, no ciclismo de estrada, mesmo na natação onde não obtivemos medalhas, mas participamos do maior número de finais. Então creio que o esporte brasileiro demonstra uma evolução muito grande.

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Sobre a tragédia em Munique, em 1972, ele afirmou:

- As Olimpíadas são carregadas de simbolismo, essa foi uma página triste, e essa cerimônia cumpre o papel de lembrar esse fato trágico e dar uma mensagem ao mundo para que isso não se repita. Importante homenagear esses atletas que tiveram suas vidas tiradas pela intolerância e cultivar o oposto, a paz - concluiu.

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