terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da cara fechada à música eletrônica, os contrastes entre as equipes da F-1

Times grandes aceleram o trabalho de montagem dos boxes em Interlagos, enquanto os rivais pequenos avançam em ritmo mais lento e descontraído

Por Rafael Lopes e João Gabriel Rodrigues São Paulo
Para quem acha que o circo milionário da Fórmula 1 é de luxo para todos, os autódromos se encarregam de mostrar que a categoria também tem seus contrastres. Com 12 no paddock, sendo três novatas, é fácil notar as diferenças de estrutura. Em Interlagos, times grandes como Ferrari, McLaren, RBR e Mercedes usam dois boxes - e ainda assim, dirigentes e funcionários reclamam de espaço. Enquanto isso, os pequenos têm de se espremer em um box e meio.
gp Brasil box FerrariNos boxes da Ferrari em Interlagos, nada de sorrisos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Nesta segunda-feira, era fácil notar em Interlagos as diferenças no modo de trabalho das equipes. Enquanto Ferrari, RBR, McLaren e Mercedes já tinham começado a montar seus boxes - e alguns deles já estavam próximos do estado final -, times como Hispania e Sauber sequer tinham retirado seus equipamentos dos contêineres. Além disso, poucos funcionários das equipes menores deram as caras no autódromo. Apesar do atraso, tudo precisa estar pronto até quinta-feira.
Conteiners F1 InterlagosOs contêineres da Hispania ainda fechados
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Outra diferença facilmente notada é o clima do trabalho. Nas grandes escuderias, os mecânicos mantinham suas expressões sisudas e não tanto simpáticas. Nas pequenas, imperava o bom humor. A Lotus montava seus boxes ao som de música eletrônica, para alegria dos funcionários da vizinha VRT. Alguns mecânicos chegavam a arriscar passos de dança, para diversão dos seguranças de Interlagos.
O GP do Brasil deste ano é um desafio especial para a logística. A corrida em São Paulo será realizada neste domingo, duas semanas após a prova da Coreia do Sul, que montou seu circuito na afastada Yeongam. Após o transporte terrestre, os equipamentos foram embarcados em aviões, que chegaram a São Paulo no fim da semana passada. Mas o pior ainda está por vir: haverá apenas uma semana de intervalo para a corrida em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio a última do ano. Os times terão de correr contra o tempo.
 

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